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Nove Noites: Bernardo Carvalho

Lista de 05 exercícios de Literatura com gabarito sobre o tema Nove Noites: Bernardo Carvalho com questões de Vestibulares.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Nove Noites: Bernardo Carvalho.




01. (UFPR) Escritores de uma nova geração, Milton Hatoum (nascido em 1952) e Bernardo Carvalho (nascido em 1960) já garantiram seu lugar no panorama multifacetado da literatura brasileira contemporânea. Relato de um certo oriente, publicado em 1989, marcou a estreia de Milton Hatoum na literatura. Nove noites, publicado em 2002, é o sétimo livro lançado por Bernardo Carvalho, que estreou na literatura em 1993 com o livro de contos Aberração.

A respeito das comparações entre Relato de um certo oriente e Nove noites, considere as seguintes afirmativas:

1. Milton Hatoum consegue trazer para a sua ficção o espaço amazonense sem cair no exagero do exotismo; Bernardo Carvalho, por sua vez, tensiona o realismo pela inclusão, na ficção, de fatos e personagens históricos, autobiografia e experiências pessoais.

2. Através de estratégias diferentes, os dois romances buscam compreender o passado, conscientes da obrigação histórica de recuperá-lo tal como aconteceu: Relato de um certo oriente resgata a memória trágica de uma família que viveu em Manaus; Nove noites investiga a morte de um antropólogo no sul do Maranhão, para entregar ao leitor a solução de um mistério até então não resolvido.

3. A epígrafe de W.H. Auden – “Que a memória refaça/A praia e os passos/O rosto e o ponto do encontro” (em tradução de Sandra Stroparo e Caetano Galindo) – anuncia o elemento central da narrativa de Milton Hatoum. O título do romance de Bernardo Carvalho se refere às nove noites que o antropólogo Buell Quain passou na companhia de Manoel Perna, durante a sua estada entre os índios Krahô.

4. O tratamento dado aos nativos em Relato de um certo oriente pode ser verificado na humilhação e nos abusos sofridos pelas caboclas e índias que trabalhavam na casa de Emilie, principalmente por parte dos dois “inomináveis”. Em Nove noites, a narração do jornalista volta a momentos centrais da história do Brasil no século XX – Estado Novo, Ditadura Militar e Período Democrático –, marcando a situação de vulnerabilidade permanente dos índios num mundo de brancos.

5. Na Manaus multicultural da primeira metade do século XX, Emilie e seus filhos, com a curiosidade natural do imigrante, atravessam constantemente o rio que separa a cidade da floresta. Da mesma forma, o narrador-jornalista de Nove noites visita inúmeras vezes os índios Krahô, em busca de informações sobre o suicídio de Buell Quain.

Assinale a alternativa correta.

  1. Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras
  2. Somente as afirmativas 2 e 5 são verdadeiras
  3. Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras
  4. Somente as afirmativas 2, 3 e 5 são verdadeiras
  5. As afirmativas 1, 2, 3, 4 e 5 são verdadeiras.

02. (UFSM) Buell Quain, personagem do romance Nove noites (2002), de Bernardo Carvalho, foi um antropólogo norte-americano que realmente viveu entre os índios Krahô em 1939. Sobre o antropólogo, tornado personagem, o narrador revela:

Tinha um fascínio quase adolescente pela ciência e pela tecnologia. Não podia ter pensado que quanto mais o homem tenta escapar da morte mais se aproxima da autodestruição, não podia lhe passar pela cabeça que talvez fosse esse o desígnio oculto e traiçoeiro da ciência.

A partir do excerto, assinale verdadeira (V) ou falsa (F) em cada afirmativa a seguir.

( ) Quain é visto como um personagem fascinado e, por isso mesmo, ingênuo em relação aos avanços científicos e tecnológicos.

( ) O personagem é caracterizado como um pesquisador limitado intelectualmente, já que enxerga apenas o lado bom da ciência.

( ) A ciência é vista pelo narrador como enigmática, indecifrável e potencialmente perigosa.

A sequência correta é

  1. V – F – V.
  2. V – V – F.
  3. F – F – V.
  4. F – V – F.
  5. F – V – V.

03. (UFSM) O romance Nove Noites (2002), de Bernardo Carvalho, apresenta um narrador em primeira pessoa que é uma espécie de investigador – o seu objetivo inicial é o de desvendar o mistério em torno da morte do antropólogo Buell Quain. Em determinado momento, em relação à leitura, o narrador revela: “Cada um lê os poemas como pode e neles entende o que quer, aplica o sentido dos versos a sua própria experiência acumulada até o momento em que os lê”. A visão do narrador-personagem relativa ao ato de ler assemelha-se à própria investigação por ele empreendida. No romance, essa busca

  1. é conduzida de forma precisa e obstinada, o que é decisivo para a resolução do caso.
  2. realiza-se de modo obsessivo e os resultados finais do caso se mostram, portanto, tendenciosos.
  3. revela-se um capricho, já que o personagem, inclusive, abandona a investigação no meio da narrativa.
  4. está ligada às experiências particulares e a jornada do personagem acaba por ser mais gratificante do que o caso em si.
  5. é realizada de forma intuitiva e os seus resultados finais são, portanto, questionáveis.

04. (UFU) Considerando a obra Nove noites e a introdução abaixo, assinale a alternativa correta.

“Isto é para quando você vier. É preciso estar preparado. Alguém terá que preveni-lo. Vai entrar numa terra em que a verdade e a mentira não têm mais os sentidos que o trouxeram até aqui. Pergunte aos índios. Qualquer coisa. O que primeiro lhe passar pela cabeça. E amanhã, ao acordar, faça de novo a mesma pergunta.”

Bernardo Carvalho. Nove noites.

  1. O fragmento acima refere-se a carta que Buell Quain escrevera antes de cometer o suicídio e que fora deixada para Manoel Perna, seu grande amigo, como forma de atestar a inocência dos índios.
  2. A narrativa é constituída por relatos verídicos, incluindo cientistas verdadeiros como Lévi-Strauss (antropólogo) e as respostas às indagações sobre a morte de Buell Quain encontravam-se em poder dos índios Krahô.
  3. Na busca de dados sobre Buell Quain, o narrador volta ao Xingu para ouvir o que os índios lembravam de Quain, conseguindo, durante o tempo que lá permaneceu,o testemunho dos índios envolvidos no mistério do suicídio.
  4. O autor Bernardo Carvalho constrói uma obra diferente e complexa, em que mistura realidade e ficção, apresentando um enigma em torno de um suicídio cujas causas serão investigadas. Porém, a verdade permanecerá ambígua.

05. (Fuvest) Ninguém nunca me perguntou, e por isso nunca precisei responder que a representação do inferno, tal como a imagino, também fica, ou ficava, no Xingu da minha infância. E uma casa pré-fabricada, de madeira pintada de verde-vômito, suspensa sobre palafitas para a proteção dos moradores contra os eventuais animais e ataques noturnos de que seriam presa fácil no rés do chão. É uma casa solitária no meio do nada, erguida numa área desmaiada e plana da floresta, cercada de capim-colonião e de morte. Tudo o que não é verde é cinzento. Ou então é terra e lama. Há uma estrada de terra que chega até a escada à entrada da casa mas que dali não parece levar a nenhum lugar conhecido. A maneira mais fácil de chegar é de avião, que não deve ser grande, no máximo um bimotor, para poder pousar na pista de terra aberta ao lado da casa. Do alto, quando nos aproximamos em voo rasante, é só o que vemos: a casa solitária com a pista de pouso ao lado, numa grande clareira de capim alto, cercada por todos os lados de uma floresta a perder de vista. A estrada de terra leva da casa ao campo de pouso e depois segue direto para a mata, onde desaparece, como tudo ali, à procura de um caminho — ou talvez num impulso suicida.

(Nove Noites, 2019, p. 60, 61)

A partir do fragmento extraído do romance Nove Noites, de Bernardo Carvalho, e considerando o enredo da referida obra, assinale a afirmação que não corresponde a uma adequada interpretação dela:

  1. Na recuperação do passado, percebem-se um desvelamento arqueológico das realidades perdidas na lembrança e, a partir daí, o surgimento de novas realidades.
  2. A infância é apresentada como lembrança do narrador-investigador e não é o objetivo final de seu romance.
  3. As lembranças do narrador-investigador estão inseridas em uma história na qual ele não tem participação.
  4. A experiência do narrador-investigador, desencadeada pelo convívio com os índios na infância, é o ponto de partida para a recuperação da memória de seu avô, Marechal Cândido Rondon.
  5. A narração envolvendo fatos da vida do narrador-investigador aparece entremeada à carta-testamento de Manoel Perna.

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