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Primeira Geração Modernista ou Primeira Fase do Modernismo I

Lista de 15 exercícios de Literatura com gabarito sobre o tema Primeira Geração Modernista ou Primeira Fase do Modernismo I com questões de Vestibulares.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Primeira Geração Modernista ou Primeira Fase do Modernismo I.




01. (ESPM)

O herói deu um espirro e botou corpo. Foi desempenando crescendo fortificando e ficou do tamanho dum home taludo. Porém a cabeça não molhada ficou pra sempre rombuda e com carinha enjoativa de piá.

(Mário de Andrade, Macunaíma, capítulo II)

As lágrimas escorregando pelas faces infantis, do herói iam lhe batizar a peitaria cabeluda. Então ele suspirava sacudindo a cabecinha:

— Qual, manos! Amor primeiro não tem companheiro, não!...

(Mário de Andrade, Macunaíma, capítulo IV)

A partir da imagem e dos excertos, verifique as afirmações abaixo:

I. O quadro de Tarsila do Amaral usa uma figura nua que pode ser interpretada como mal desenvolvida intelectualmente (cabeça pequena), com destaque para o trabalho braçal (mãos grandes) e para ligação à terra (pés enormes).

II. Os textos de Macunaíma estabelecem um paralelo com a tela de Tarsila do Amaral, uma vez que o herói é apresentado com corpo adulto e com cabeça de criança.

III. Tanto o quadro de Tarsila do Amaral quanto os fragmentos de Mário de Andrade confirmam a proposta da 1.a geração modernista brasileira de resgatar certos fundamentos do Movimento Antropofágico, como a idealização do índio.

É correto o que se afirma em:

  1. I.
  2. II.
  3. III.
  4. I e II.
  5. II e III.

02. (UECE) TEXTO

O Bicho

Manuel Bandeira


Vi ontem um bicho

Na imundície do pátio

Catando comida entre os detritos.


Quando achava alguma coisa,

[05] Não examinava nem cheirava:

Engolia com voracidade.


O bicho não era um cão,

Não era um gato,

Não era um rato.


[10] O bicho, meu Deus, era um homem.

BANDEIRA, M. Poesias completas. 4. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1986.

A característica da temática e do estilo próprios da escrita literária de Manuel Bandeira que NÃO está presente no poema O Bicho é

  1. a obediência à métrica rígida empregada nas formas clássicas da poesia.
  2. a abordagem crítica de problemas sociais.
  3. o privilégio de temas ligados ao cotidiano, como a solidão, a morte e a miséria.
  4. o uso da linguagem coloquial e acessível, recorrendo, muitas vezes, à simplicidade da língua popular.

03. (UNEMAT) Erro de português

Quando o português chegou

Debaixo de uma bruta chuva

Vestiu o índio

Que pena!

Fosse uma manhã de sol

O índio tinha despido

O português.

Andrade, Osw ald. In: Faraco & Moura. Língua e literatura. V. 3, São Paulo: Ática, 1995. p. 146-147.

Em relação ao poema de Oswald de Andrade, é correto afirmar que:

  1. O quarto verso do poema "Que pena!" se refere à situação enfrentada pelos portugueses durante a colonização do Brasil, que foi o mau tempo.
  2. O título faz referência à ideia de que o português cometeu o erro de vir ao Brasil no período mais chuvoso, ao invés de vir no período de estiagem.
  3. O poema se apresenta numa linguagem coloquial e cômica, muito típica aos modernistas brasileiros, no qual a situação inventada remete ao início da colonização do Brasil pelos portugueses.
  4. O ato de "vestir o índio" deixa subentendido que os portugueses se preocuparam com a situação precária dos indígenas por não terem roupas para se vestir.
  5. O poema revela que no dia do descobrimento do Brasil estava chovendo muito e os portugueses ofereceram roupas para os índios se aquecerem.

04. (UERR) TEXTO

O bicho


Vi ontem um bicho

Na imundície do pátio

Catando comida entre os detritos.


Quando achava alguma coisa,

Não examinava nem cheirava:

Engolia com voracidade.


O bicho não era um cão,

Não era um gato,

Não era um rato.


O bicho, meu Deus, era um homem


Manuel Bandeira

A Semana de Arte Moderna, segundo Bosi (2006, p. 340), “...foi ao mesmo tempo, o ponto de encontro das várias tendências que desde a I Guerra se vinham firmando em São Paulo e no Rio, e a plataforma que permitiu a consolidação de grupos, a publicação de livros, revistas e manifestos, numa palavra, o seu desdobrar-se em viva realidade cultural”.

Assinale o item que evidencia a contribuição de Manuel Bandeira para a Semana de Arte Moderna.

  1. Escreveu Paulicéia Desvairada entre 1920 e 1921, que só veio a público na Semana de Arte Moderna.
  2. O poema “Os Sapos”, de autoria de Manuel Bandeira, ridiculariza, por meio do texto poético, o Parnasianismo. E, na Semana de Arte Moderna foi declamado por Ronald de Carvalho.
  3. Proferiu a conferência “A emoção estética da arte moderna” como evento de abertura da Semana de Arte Moderna.
  4. Escreveu e leu trechos da obra “A Escrava que não era Isaura”.
  5. Como músico e folclorista, Manuel Bandeira realiza concerto de música.

05. (UEMA) Leia o texto que segue para responder à questão.

Manuel Bandeira, autor de Libertinagem (1930), insere-se na primeira Geração do Modernismo no Brasil. Sua obra, também influenciada por sua história de vida, rompeu com os padrões rígidos ditados pela produção anterior ao Modernismo. Ocupa lugar de relevância na produção poética brasileira no séc. XX, sendo um dos poetas conhecidos e estudados na contemporaneidade. Especificamente, Libertinagem acompanha o ideário do grupo modernista da Semana de 22.

Lenda brasileira

A moita buliu. Bentinho Jararaca levou a arma à cara: o que saiu do mato foi o Veado Branco! Bentinho ficou pregado no chão. Quis puxar o gatilho e não pôde.

- Deus me perdoe!

Mas o Cussaruim veio vindo, veio vindo, parou junto do caçador e começou a comer devagarinho o cano da espingarda.

BANDEIRA, M. Libertinagem. 2 ed. São Paulo: Global, 2013.

Do conjunto de propostas defendidas pelo grupo modernista de 22, o poema Lenda brasileira ilustra o recurso do/a

  1. fragmentação poética, assinalada pela presença do elemento religioso.
  2. nacionalismo crítico, marcado pela incorporação da oralidade. c
  3. revisionismo do passado histórico, tematizando a cultura popular.
  4. poema-piada, com versos irônicos, livres e satíricos.
  5. poema em prosa, com recuperação de elementos do folclore brasileiro.

06. (UEMA) O Último Poema encerra o livro Libertinagem, de Manuel Bandeira.

O Último Poema

Assim eu quereria o meu último poema

Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais

Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas

Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume

A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos

A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.

BANDEIRA, M. Libertinagem. 2 ed. São Paulo: Global, 2013.

O poema estabelece pelo título e pela posição que ocupa um valor metapoético, uma vez que o eu lírico

  1. transporta para a poesia a beleza da simplicidade.
  2. explicita seu dilema existencial.
  3. revela dramaticamente seus medos mais íntimos e secretos.
  4. incorpora na poesia o academicismo parnasiano.
  5. expressa em versos seu desejo poético.

07. (UEMA) O trecho a seguir foi extraído do poema Evocação do Recife, de Manuel Bandeira.

[...]

A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros

Vinha da boca do povo na língua errada do povo

Língua certa do povo

Porque ele fala gostoso o português do Brasil

Ao passo que nós

O que fazemos

É macaquear

A sintaxe lusíada

A vida com uma porção de coisas que eu não entendia bem

Terras que não sabia onde ficavam

Recife...

[...]

BANDEIRA, M. Libertinagem. 2 ed. São Paulo: Global, 2013.

Nos dois versos: “A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros” [...] / “A vida com uma porção de coisas que eu não entendia bem”, o eu-lírico retoma

  1. a sua memória afetiva com delicadeza.
  2. as histórias lidas em livros à época da infância.
  3. a ideologia do passado com autocrítica.
  4. as vivências infantis de modo indiferente.
  5. as frustrações vividas na infância.

08. (UECE) TEXTO

O Bicho

Manuel Bandeira


Vi ontem um bicho

Na imundície do pátio

Catando comida entre os detritos.


Quando achava alguma coisa,

[05] Não examinava nem cheirava:

Engolia com voracidade.


O bicho não era um cão,

Não era um gato,

Não era um rato.


[10] O bicho, meu Deus, era um homem.

BANDEIRA, M. Poesias completas. 4. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1986.

O texto que você acabou de ler é um poema de Manuel Bandeira, cuja ideia fundamental é

  1. apresentar o desenho de uma cidade com toda a sua sujeira de lixos e detritos.
  2. denunciar uma cena de animalização do homem.
  3. denunciar uma cena de animalização do homem.
  4. fazer um apelo a Deus para que ajude as pessoas mais pobres e famintas.
  5. mostrar que o homem, assim como os bichos, se caracteriza pelo instinto da fome.

09. (UNESP) Indo às consequências finais da posição de José de Alencar no Romantismo, esse autor adotou como base da sua obra o esforço de escrever numa língua inspirada pela fala corrente e os modismos populares, não hesitando em usar formas consideradas incorretas, desde que legitimadas pelo uso brasileiro. Com isso, foi o maior demolidor da “pureza vernácula” e do “culto da forma”.

(Antonio Candido. Iniciação à literatura brasileira, 2010. Adaptado.)

O texto refere-se a

  1. Olavo Bilac.
  2. Machado de Assis.
  3. Mário de Andrade.
  4. Aluísio Azevedo.
  5. Euclides da Cunha.

10. (UNESP) Leia o poema “Pobre alimária”, de Oswald de Andrade, publicado originalmente em 1925.

O cavalo e a carroça

Estavam atravancados no trilho

E como o motorneiro se impacientasse

Porque levava os advogados para os escritórios

Desatravancaram o veículo

E o animal disparou

Mas o lesto carroceiro

Trepou na boleia

E castigou o fugitivo atrelado

Com um grandioso chicote

(Pau-Brasil, 1990.)

Considerando o momento de sua produção, o poema

  1. celebra a persistência das tradições rurais brasileiras, que inviabilizaram o avanço do processo de industrialização de São Paulo.
  2. valoriza a variedade e a eficácia dos meios de transporte, que contribuíam para impulsionar a economia brasileira.
  3. critica a recorrência das práticas de exploração e maus tratos aos animais nos principais centros urbanos brasileiros.
  4. registra uma rápida cena urbana, que expõe tensões e ambiguidades no processo de modernização da cidade de São Paulo.
  5. exemplifica o choque social constante entre as elites enriquecidas e a população pobre da cidade de São Paulo.

11. (UPF) Em Libertinagem, de Manuel Bandeira, verifica-se

  1. a presença de elementos do cotidiano e a fidelidade à tradição parnasiano-simbolista.
  2. a presença de elementos do cotidiano e a ruptura com a tradição parnasiano-simbolista.
  3. a presença da linguagem coloquial e a fidelidade à tradição parnasiano-simbolista.
  4. a ausência da linguagem coloquial e a ruptura com a tradição parnasiano-simbolista.
  5. a ausência da linguagem coloquial e a abordagem da temática existencial.

12. (UEA) Naco de prosa cearense – Sujeito pequeninho, mal colocado na terceira classe. E assim dizia: – Vou mais pro diante do Guajará, são ainda três dias de lancha até chegar no meu barracão. Antes, fiquei em Guajará numa casa alemã, empregado. Depois comprei um seringal da casa mesmo, os patrões me ajudaram, comprei vinte contos de mercadoria e meti com os meus homens pelo mato. Nesse ano os índios mataram o meu mateiro. Fiquei no mato com a colheita, não sabendo o que fazer. Passava as noites num susto, os índios querendo queimar o meu caucho e até chorei. Também é só mais um ano: quatro anos de caucheiro basta!... Depois vendo o meu seringal e vou-me embora para o Rio de Janeiro.

(Mário de Andrade. O turista aprendiz, 2002. Adaptado.)

O interlocutor de Mário de Andrade descreve a

  1. ausência de mão de obra especializada na indústria de extração do látex.
  2. inexistência de propriedade privada nas atividades extrativistas da Amazônia.
  3. dificuldade inicial de estabelecimento do trabalho extrativo na Amazônia.
  4. floresta como uma espécie de paraíso concedido aos homens de talento.
  5. uniformidade étnica e cultural da sociedade amazônica do século passado.

13. (FUVEST) Mas o pecado maior contra a Civilização e o Progresso, contra o Bom Senso e o Bom Gosto e até os Bons Costumes, que estaria sendo cometido pelo grupo de regionalistas a quem se deve a ideia ou a organização deste Congresso, estaria em procurar reanimar não só a arte arcaica dos quitutes finos e caros em que se esmeraram, nas velhas casas patriarcais, algumas senhoras das mais ilustres famílias da região, e que está sendo esquecida pelos doces dos confeiteiros franceses e italianos, como a arte - popular como a do barro, a do cesto, a da palha de Ouricuri, a de piaçava, a dos cachimbos e dos santos de pau, a das esteiras, a dos ex-votos, a das redes, a das rendas e bicos, a dos brinquedos de meninos feitos de sabugo de milho, de canudo de mamão, de lata de doce de goiaba, de quenga de coco, de cabaça - que é, no Nordeste, o preparado do doce, do bolo, do quitute de tabuleiro, feito por mãos negras e pardas com uma perícia que iguala, e às vezes excede, a das sinhás brancas.

Gilberto Freyre. Manifesto regionalista (7ª ed.).

Recife: FUNDAJ, Ed. Massangana, 1996.

De acordo com o texto de Gilberto Freyre, o Manifesto regionalista, publicado em 1926,

  1. opunha-se ao cosmopolitismo dos modernistas, especialmente por refutar a alteração nos hábitos alimentares nordestinos.
  2. traduzia um projeto político centralizador e antidemocrático associado ao retorno de instituições monárquicas.
  3. exaltava os valores utilitaristas do moderno capitalismo industrial, pois reconhecia a importância da tradição agrária brasileira.
  4. preconizava a defesa do mandonismo político e da integração de brancos e negros sob a forma da democracia racial.
  5. promovia o desenvolvimento de uma cultura brasileira autêntica pelo retorno a seu passado e a suas tradições e riquezas locais.

14. (UEA) Naco de prosa cearense – Sujeito pequeninho, mal colocado na terceira classe. E assim dizia: – Vou mais pro diante do Guajará, são ainda três dias de lancha até chegar no meu barracão. Antes, fiquei em Guajará numa casa alemã, empregado. Depois comprei um seringal da casa mesmo, os patrões me ajudaram, comprei vinte contos de mercadoria e meti com os meus homens pelo mato. Nesse ano os índios mataram o meu mateiro. Fiquei no mato com a colheita, não sabendo o que fazer. Passava as noites num susto, os índios querendo queimar o meu caucho e até chorei. Também é só mais um ano: quatro anos de caucheiro basta!... Depois vendo o meu seringal e vou-me embora para o Rio de Janeiro.

(Mário de Andrade. O turista aprendiz, 2002. Adaptado.)

Mário de Andrade fez uma viagem pelos rios Amazonas e Madeira em 1927, que foi registrada em um diário, publicado como livro em 1943. Lendo-se o excerto, é possível descrever a experiência de vida do interlocutor do escritor como

  1. modelo de um deslocamento social bem sucedido para a Amazônia do ponto de vista da fixação do trabalhador na região e de sua ascensão social.
  2. comprovação da presença do Estado brasileiro na orientação e proteção de grupos de trabalhadores em trânsito pelo país.
  3. fato isolado nas correntes migratórias brasileiras, habitualmente dirigidas para as regiões industrializadas do Sudeste.
  4. exemplo dos processos migratórios para a região amazônica do ponto de vista da origem do migrante e de suas atividades de trabalho.
  5. acontecimento essencial para a organização racional da economia extrativista amazônica em unidades industriais.

15. (PUC-Campinas) Regimes que se dizem cristãos e que derivam sua autoridade de um determinado corpo de textos já variaram do reino feudal de Jerusalém aos shakers, do império dos tsares russos à República Holandesa, da Genebra de Calvino à Inglaterra georgiana. Em épocas distintas, a teologia cristã absorveu Aristóteles e Marx. Todos afirmavam provir dos ensinamentos de Cristo – embora em geral desagradando a outros cristãos igualmente convencidos de sua cristandade.

(HOBSBAWM, Eric. Como mudar o mundo. Marx e o marxismo (1840-2011). São Paulo: Companhia das Letras, 2011. p. 312)

A diversidade de teses e posições do modernismo de 22 abrigou vocações que eram ao mesmo tempo libertárias e religiosas, provocando, por vezes, disposições contrárias como a de Carlos Drummond de Andrade nestes versos de Alguma poesia:

  1. Se meu verso não deu certo foi seu ouvido que entortou.
    Eu não disse ao senhor que não sou senão poeta?
  2. Gastei uma hora pensando um verso
    Que a pena não quer escrever.
  3. Jesus já cansado de tanto pedido
    dorme sonhando com outra humanidade.
  4. O jornal governista ridiculariza seus versos,
    os versos que ele sabia bons.
  5. A noite caiu na minh’alma,
    fiquei triste sem querer.

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