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Parnasianismo

Lista de 15 exercícios de Literatura com gabarito sobre o tema Parnasianismo com questões de Vestibulares.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Parnasianismo.




01. (PUC-RS) INSTRUÇÃO: Responder à questão com base no texto.

TEXTO

A um Poeta

Longe do estéril turbilhão da rua,

Beneditino, escreve! No aconchego

Do claustro, na paciência e no sossego,

Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!


[5] Mas que na forma se disfarce o emprego

Do esforço; e a trama viva se construa

De tal modo, que a imagem fique nua,

Rica mas sóbria, como um templo grego.


Não se mostre na fábrica o suplício

[10] Do mestre. E, natural, o efeito agrade,

Sem lembrar os andaimes do edifício:


Porque a Beleza, gêmea da Verdade,

Arte pura, inimiga do artifício,

É a força e a graça na simplicidade.

Olavo Bilac, in “Poesias”.


O poema de Bilac evidencia o cuidado com a palavra, próprio do estilo parnasiano, que se associa

  1. a poetas como Gonçalves Dias e Álvares de Azevedo.
  2. à rejeição à cultura clássica.
  3. ao rigor estético e culto à forma.
  4. ao sentimentalismo exacerbado.

02. (Mackenzie) Texto para a questão

XXIX

Por tanto tempo, desvairado e aflito,

Fitei naquela noite o firmamento,

Que inda hoje mesmo, quando acaso o fito,

Tudo aquilo me vem ao pensamento.


[v.05] Saí, no peito o derradeiro grito

Calcando a custo, sem chorar, violento...

E o céu fulgia plácido e infinito,

E havia um choro no rumor do vento...


Piedoso céu, que a minha dor sentiste!

[v.10] A áurea esfera da lua o ocaso entrava,

Rompendo as leves nuvens transparentes;


E sobre mim, silenciosa e triste,

A via-láctea se desenrolava

Como um jorro de lágrimas ardentes.


Olavo Bilac, Via Láctea

Observe as afirmações sobre o texto.

I. A forma fixa soneto, utilizada por Olavo Bilac, é um dos motivos da sua poesia ter se tornado um importante modelo para as gerações modernistas.

II. Olavo Bilac, Alberto Oliveira e Raimundo Correia são considerados os três mais representativos poetas do Parnasianismo brasileiro.

III. Ao longo da sua carreira poética, Bilac recebeu reconhecimento público apenas devido ao fato da sua produção poética lírica ter se alinhado à estética parnasiana.

Assinale a alternativa correta.

  1. A afirmação I está correta.
  2. A afirmação II está correta.
  3. A afirmação III está correta.
  4. Todas as afirmações estão corretas.
  5. Nenhuma das afirmações está correta.

03. (ACAFE) “Diferentemente do Realismo e do Naturalismo, que se voltavam para o exame e para a crítica da realidade, o Parnasianismo representou na poesia um retorno ao clássico, com todos os seus ingredientes: o princípio do belo na arte, a busca do equilí- brio e da perfeição formal. Os parnasianos acreditavam que o sentido maior da arte reside nela mesma, em sua perfeição, e não na sua relação com o mundo exterior.”

(CEREJA; MAGALHÃES, 1999, p. 334).

Sobre o Parnasianismo, assinale a alternativa correta.

  1. Um exemplo de poesia parnasiana é a obra Suspiros poéticos e saudade, de Gonçalves de Magalhães, na qual o poeta anuncia a revolução literária, libertando-se dos modelos românticos, considerados ultrapassados.
  2. Os parnasianos consideravam que certos princípios românticos, como a simplicidade da linguagem, valorização da paisagem nacional, emprego de sintaxe e vocabulário mais brasileiros, sentimentalismo, tudo isso ocultava as verdadeiras qualidades da poesia.
  3. Os maiores expoentes do Parnasianismo, na poesia e na prosa, ocuparam-se da literatura indianista, na qual exaltavam a dignidade do nativo e a beleza superior da paisagem tropical.
  4. Tomás Antônio Gonzaga e Cláudio Manoel da Costa exemplificam a tendência de uma poesia pura, indiferente às contingências históricas, com sátira à mestiçagem e elogio à nobreza local.

04. (FAMEMA) Ao coração que sofre, separado

Do teu, no exílio em que a chorar me vejo,

Não basta o afeto simples e sagrado

Com que das desventuras me protejo.


Não me basta saber que sou amado,

Nem só desejo o teu amor: desejo

Ter nos braços teu corpo delicado,

Ter na boca a doçura de teu beijo.


E as justas ambições que me consomem

Não me envergonham: pois maior baixeza

Não há que a terra pelo céu trocar;


E mais eleva o coração de um homem

Ser de homem sempre e, na maior pureza,

Ficar na terra e humanamente amar.

(Melhores poemas, 2000.)

No poema, o eu lírico defende um amor

  1. recatado, que não revele as ambições secretamente cultivadas pelos amantes.
  2. idealizado, que valorize sua pureza sem se macular na comunhão física.
  3. sagrado, em que as aspirações espirituais superem as aspirações corpóreas.
  4. terreno, que se realize não só em sentimento, mas também fisicamente.
  5. contemplativo, que se alimente da imaginação e da distância entre os amantes.

05. (Unioeste) Tendo em vista os tercetos abaixo e os poemas de onde foram extraídos, O Incêndio de Roma e Sinfonias do Ocaso, bem como seus respectivos autores, Olavo Bilac e Cruz e Sousa, assinale a alternativa INCORRETA.

“Nero, com o manto grego ondeado ao ombro, assoma

Entre os libertos, e ébrio, engrinaldada a fronte,

Lira em punho, celebra a destruição de Roma”.


“Ah! por estes sinfônicos ocasos

A terra exala aromas de áureos vasos,

Incensos de turíbulos divinos”.

  1. A impassibilidade de Nero (1º terceto) perante o incêndio devastador pode ser interpretada como a representação ideal do artista na estética parnasiana.
  2. A destruição de Roma (1º terceto) alude a um fato histórico e faz do Imperador Nero a representação de um louco.
  3. Ao contrário de Olavo Bilac, Cruz e Sousa conseguiu vencer os preconceitos e sobrepor-se ao jugo de uma sociedade hostil e escravocrata.
  4. A exploração da musicalidade, de assonâncias e de aliterações e a presença de vocabulário litúrgico são comuns na poesia de Cruz e Sousa.
  5. A percepção do objeto (pôr do sol) não pela visão, mas pela audição – sinestesia – caracteriza o poema aludido no 2º terceto

06. (UPF) Considere as afirmações a seguir em relação ao Parnasianismo.

I. Os autores realistas, diferentemente dos parnasianos, buscam a impessoalidade no tratamento dos temas.

II. A poesia de Olavo Bilac, embora cronologicamente esteja vinculada ao Parnasianismo, destaca-se pela defesa dos ideais românticos.

III. O culto da forma é uma característica marcante desse estilo de época, que surge no Brasil na segunda metade do século XIX.

Está correto apenas o que se afirma em:

  1. II.
  2. I .
  3. I e III.
  4. II e III.
  5. III.

07. (UFAM PSC) A partir da leitura do trecho do poema “Profissão de Fé”, de Olavo Bilac, assinale a alternativa CORRETA.

Torce, aprimora, alteia, lima

A frase, e enfim,

No verso de ouro engasta a rima,

Como um rubim.

Quero que a estrofe cristalina,

Dobrada ao jeito

Do ourives, saia da oficina

Sem um defeito

  1. O poema é um louvor à arte da ourivesaria
  2. Os versos são metalinguísticos acerca do fazer poético.
  3. Esses versos de Aluísio de Azevedo trazem um canto juvenil parnasiano.
  4. Os versos explicam o fazer poético enquanto atividade mecânica.
  5. O trabalho do ourives é árduo e cuidadoso na construção do poema.

08. (EsPCEx) Os parnasianos acreditavam que, apoiando-se nos modelos clássicos, estariam combatendo os exageros de emoção e fantasia do Romantismo e, ao mesmo tempo, garantindo o equilíbrio que almejavam. Propunham uma poesia objetiva, de elevado nível vocabular, racionalista, bem-acabada do ponto de vista formal e voltada para temas universais. Esse racionalismo, que enfrentava os “exageros de emoção” e fixava-se no formalismo, fica bem claro na seguinte estrofe parnasiana de Olavo Bilac:

  1. E eu vos direi: “Amai para entendê-las!/Pois só quem ama pode ter ouvido/Capaz de ouvir e de entender estrelas.”
  2. Não me basta saber que sou amado,/Nem só desejo o teu amor: desejo/Ter nos braços teu corpo delicado,/Ter na boca a doçura de teu beijo.
  3. Pois sabei que é por isso que assim ando:/Que é dos loucos somente e dos amantes/Na maior alegria andar chorando.
  4. Mas que na forma se disfarce o emprego/Do esforço; e a trama viva se construa/De tal modo, que a imagem fique nua,/Rica, mas sóbria, como um templo grego.
  5. Esta melancolia sem remédio,/Saudade sem razão, louca esperança/Ardendo em choros e findando em tédio.

09. (UNESP) Os parnasianos brasileiros se distinguem dos românticos pela atenuação da subjetividade e do sentimentalismo, pela ausência quase completa de interesse político no contexto da obra e pelo cuidado da escrita, aspirando a uma expressão de tipo plástico.

(Antonio Candido. Iniciação à literatura brasileira, 2010. Adaptado.)

A referida “atenuação da subjetividade e do sentimentalismo” está bem exemplificada na seguinte estrofe do poeta parnasiano Alberto de Oliveira (1859-1937):

  1. Quando em meu peito rebentar-se a fibra,
    Que o espírito enlaça à dor vivente,
    Não derramem por mim nem uma lágrima
    Em pálpebra demente.
  2. Erguido em negro mármor luzidio,
    Portas fechadas, num mistério enorme,
    Numa terra de reis, mudo e sombrio,
    Sono de lendas um palácio dorme.
  3. Eu vi-a e minha alma antes de vê-la
    Sonhara-a linda como agora a vi;
    Nos puros olhos e na face bela,
    Dos meus sonhos a virgem conheci.
  4. Longe da pátria, sob um céu diverso
    Onde o sol como aqui tanto não arde,
    Chorei saudades do meu lar querido
    – Ave sem ninho que suspira à tarde. –
  5. Eu morro qual nas mãos da cozinheira
    O marreco piando na agonia…
    Como o cisne de outrora… que gemendo
    Entre os hinos de amor se enternecia.

10. (FATEC) Incontentado

Paixão sem grita, amor sem agonia,

Que não oprime nem magoa o peito,

Que nada mais do que possui queria,

E com tão pouco vive satisfeito...


Amor, que os exageros repudia,

Misturado de estima e de respeito,

E, tirando das mágoas alegria,

Fica farto, ficando sem proveito...


Viva sempre a paixão que me consome,

Sem uma queixa, sem um só lamento!

Arda sempre este amor que desanimas!


Eu, eu tenha sempre, ao murmurar teu nome,

O coração, malgrado o sofrimento,

Como um rosal desabrochado em rimas.


https://tinyurl.com/nxwg9mp Acesso em: 17.02.2017.

Olavo Bilac foi poeta brasileiro, identificado com o movimento literário intitulado Parnasianismo. Uma das características literárias desse movimento é o uso de rimas ricas, ou seja, rimas entre palavras de classes gramaticais diferentes.

Assinale a alternativa que apresenta uma rima rica entre um verbo e um substantivo.

  1. “Que não oprime nem magoa o peito,/ Misturado de estima e de respeito.”
  2. “Que nada mais do que possui queria,/ Amor, que os exageros repudia.”
  3. “Viva sempre a paixão que me consome,/ Eu, eu tenha sempre, ao murmurar teu nome.”
  4. “E com tão pouco vive satisfeito.../ Misturado de estima e respeito.”
  5. “Sem uma queixa, sem um lamento!/ O coração, malgrado o sofrimento.”

11. (UPF) Sobre a poética do Parnasianismo, apenas é incorreto afirmar que

  1. expressa o desejo de impessoalidade, que compartilha com os realistas.
  2. introduz a liberdade formal, mais tarde assumida pelos modernistas.
  3. caracteriza-se pela defesa de ideais antirromânticos.
  4. distingue-se pela busca da objetividade no tratamento dos temas.
  5. elege o culto da forma como um de seus princípios basilares.

12. (ESPM) Longe do estéril turbilhão da rua,

Beneditino escreve! No aconchego

Do claustro, na paciência e no sossego,

Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!

(Olavo Bilac)

Sobre a estrofe, só não se pode afirmar que:

  1. Os vocábulos “rua” e “claustro” estão em posições antitéticas no poema.
  2. “Beneditino” é metáfora para o poeta que se entrega à árdua e laboriosa produção poética.
  3. O termo “claustro” é uma metonímia dos lugares isolados em que os poetas parnasianos se confinavam para escrever.
  4. No quarto verso, ao trabalhar intencionalmente as sílabas tônicas, na sequência, com as vogais “a”, “e”, “i”, “o” e “u”, tem-se a assonância.
  5. A repetição da conjunção “e” configura o polissíndeto e reitera o esforço do poeta para buscar a perfeição do verso.

13. (IFRN) Observe os versos do poema “Profissão de Fé”, para responder à questão.

Torce, aprimora, alteia, lima,

A frase, e enfim,

No verso de ouro engasta a rima,

Como um rubim.

Nos versos, descrevem-se as atitudes a que se deve dedicar um poeta

  1. alinhado ao sentimentalismo e ao sonho do Romantismo.
  2. esteticamente libertário, defensor do verso livre e branco.
  3. representativo da estética simbolista, cultivador da evasão.
  4. identificado com o culto à forma preconizado pelo Parnasianismo.

14. (FATEC) Incontentado

Paixão sem grita, amor sem agonia,

Que não oprime nem magoa o peito,

Que nada mais do que possui queria,

E com tão pouco vive satisfeito...


Amor, que os exageros repudia,

Misturado de estima e de respeito,

E, tirando das mágoas alegria,

Fica farto, ficando sem proveito...


Viva sempre a paixão que me consome,

Sem uma queixa, sem um só lamento!

Arda sempre este amor que desanimas!


Eu, eu tenha sempre, ao murmurar teu nome,

O coração, malgrado o sofrimento,

Como um rosal desabrochado em rimas.

https://tinyurl.com/nxwg9mp Acesso em: 17.02.2017.

Dentre as características do texto Incontentado, de Olavo Bilac, temos

  1. todas as estrofes com o mesmo número de versos, apresentando temática eminentemente religiosa.
  2. o mesmo número de sílabas poéticas em cada verso, descrevendo um suicídio.
  3. versos livres com vocabulário popular, contemplando a vida campestre.
  4. o uso do soneto, evidenciando uma temática amorosa.
  5. vocabulário culto, expressando uma crítica social.

15. (UEA - SIS) Leia o soneto “A ronda noturna”, de Olavo Bilac, para responder à questão.

Noite cerrada, tormentosa, escura,

Lá fora. Dorme em trevas o convento.

Queda1 imoto2 o arvoredo. Não fulgura

Uma estrela no torvo firmamento.


Dentro é tudo mudez. Flebil3 murmura,

De espaço a espaço, entanto, a voz do vento

E há um rasgar de sudários4 pela altura,

Passo de espectros pelo pavimento...


Mas, de súbito, os gonzos5 das pesadas

Portas rangem... Ecoa surdamente

Leve rumor de vozes abafadas.


E, ao clarão de uma lâmpada tremente,

Do claustro sob as tácitas arcadas

Passa a ronda noturna, lentamente...


(Melhores poemas, 2003.)

1 quedar: estar quedo, quieto.

2 imoto: sem movimento; imóvel.

3 flebil: sem força ou vigor; débil, enfraquecido.

4 sudário: pano com que antigamente se limpava o suor.

5 gonzo: dobradiça.

Uma característica do Parnasianismo bastante evidente nesse soneto é

  1. o nacionalismo.
  2. o sentimentalismo.
  3. a religiosidade.
  4. o bucolismo.
  5. o formalismo.

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