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Romantismo

Lista de 10 exercícios de Literatura com gabarito sobre o tema Romantismo com questões de Vestibulares.

O romantismo foi um movimento artístico, político e filosófico surgido nas últimas décadas do século XVIII na Europa que durou por grande parte do século XIX.

Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Romantismo.




1. (UFRS) Considere as afirmações abaixo sobre o Romantismo no Brasil.

I. A primeira geração de poetas românticos no Brasil caracterizou-se pela ênfase no sentimento nacionalista, tematizando o índio, a natureza e o amor à pátria.

II. Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu e Fagundes Varela, representantes da segunda geração da poesia romântica, expressam, sobretudo, um forte intimismo.

III. A poesia de Castro Alves, cronologicamente inserida na terceira geração romântica, apresenta importantes ligações com a estética barroca, pela religiosidade e o tom místico da maioria dos poemas.

Quais estão corretas?

  1. Apenas I.
  2. Apenas II.
  3. Apenas I e II.
  4. Apenas II e III.
  5. I, II e III.

2. (Fuvest) Poderíamos sintetizar uma das características do Romantismo pela seguinte aproximação de opostos:

  1. Aparentemente idealista, foi, na realidade, o primeiro momento do Naturalismo Literário.
  2. Cultivando o passado, procurou formas de compreender e explicar o presente.
  3. Pregando a liberdade formal, manteve-se preso aos modelos legados pelos clássicos.
  4. Embora marcado por tendências liberais, opôs-se ao nacionalismo político.
  5. Voltado para temas nacionalistas, desinteressou-se do elemento exótico, incompatível com a exaltação da pátria.

3. (Fuvest) “Teu romantismo bebo, ó minha lua,

A teus raios divinos me abandono,

Torno-me vaporoso… e só de ver-te

Eu sinto os lábios meus se abrir de sono.”

(Álvares de Azevedo, “Luar de verão”, Lira dos vinte anos)

Neste excerto, o eu-lírico parece aderir com intensidade aos temas de que fala, mas revela, de imediato, desinteresse e tédio. Essa atitude do eu-lírico manifesta a:

  1. ironia romântica.
  2. tendência romântica ao misticismo.
  3. melancolia romântica.
  4. aversão dos românticos à natureza.
  5. fuga romântica para o sonho.

04. (UNIFESP) A veia humorística do poeta romântico Álvares de Azevedo (1831-1852) está exemplificada nos versos:

  1. Feliz daquele que no livro d’alma
    Não tem folhas escritas
    E nem saudade amarga, arrependida,
    Nem lágrimas malditas!
  2. Coração, por que tremes? Vejo a morte,
    Ali vem lazarenta e desdentada...
    Que noiva!... E devo então dormir com ela?...
    Se ela ao menos dormisse mascarada!
  3. E eu amo as flores e o doce ar mimoso Do amanhecer da serra
    E o céu azul e o manto nebuloso
    Do céu da minha terra!
  4. Quando falo contigo, no meu peito Esquece-me esta dor que me consome:
    Talvez corre o prazer nas fibras d’alma:
    E eu ouso ainda murmurar teu nome!
  5. Quando, à noite, no leito perfumado Lânguida fronte no sonhar reclinas,
    No vapor da ilusão por que te orvalha
    Pranto de amor as pálpebras divinas?

05. (UNESP) Ultrapassando o nível modesto dos predecessores e demonstrando capacidade narrativa bem mais definida, a obra romanesca deste autor é bastante ambiciosa. A partir de certa altura, este autor pretendeu abranger com ela, sistematicamente, os diversos aspectos do país no tempo e no espaço, por meio de narrativas sobre os costumes urbanos, sobre as regiões, sobre o índio. Para pôr em prática esse projeto, quis forjar um estilo novo, adequado aos temas e baseado numa linguagem que, sem perder a correção gramatical, se aproximasse da maneira brasileira de falar. Ao fazer isso, estava tocando o nó do problema (caro aos românticos) da independência estética em relação a Portugal. Com efeito, caberia aos escritores não apenas focalizar a realidade brasileira, privilegiando as diferenças patentes na natureza e na população, mas elaborar a expressão que correspondesse à diferenciação linguística que nos ia distinguindo cada vez mais dos portugueses, numa grande aventura dentro da mesma língua.

(Antonio Candido. O romantismo no Brasil, 2002. Adaptado.)

O comentário do crítico Antonio Candido refere-se ao escritor

  1. Raul Pompeia.
  2. Manuel Antônio de Almeida.
  3. José de Alencar.
  4. Machado de Assis.
  5. Aluísio Azevedo.

06. (UNIFESP) Caracterizou-o sempre um sincero amor pelas coisas de sua terra, pela sua gente, e se existe obra que possa ser chamada de brasileira, é a dele. Se seus assuntos eram o homem e a terra do Brasil, apanhados no Norte, no Sul, no Centro, a forma por que os explorava era também brasileira, pela sintaxe que empregava e pelos modismos que introduzia. O Brasil do campo e o das cidades está presente em sua obra, assim como o homem da sociedade, o homem da rua e o trabalhador rural. Abarcou os aspectos mais variados da nossa sensibilidade e da nossa formação, constituindo sua obra um painel a que nada falta, inclusive o índio, que nela tem participação considerável.

(José Paulo Paes e Massaud Moisés (orgs). Pequeno dicionário de literatura brasileira, 1980. Adaptado.)

Tal comentário refere-se ao escritor

  1. Machado de Assis.
  2. Manuel Antônio de Almeida.
  3. José de Alencar.
  4. Aluísio Azevedo.
  5. Guimarães Rosa.

07. (UNESP) Outro traço importante da poesia de Álvares de Azevedo é o gosto pelo prosaísmo e o humor, que formam a vertente para nós mais moderna do Romantismo. A sua obra é a mais variada e complexa no quadro da nossa poesia romântica; mas a imagem tradicional de poeta sofredor e desesperado atrapalhou a reconhecer a importância de sua veia humorística.

(Antonio Candido. “Prefácio”. In: Álvares de Azevedo. Melhores poemas, 2003. Adaptado.)

A veia humorística ressaltada pelo crítico Antonio Candido na poesia de Álvares de Azevedo está bem exemplificada em:

  1. Cavaleiro das armas escuras, Onde vais pelas trevas impuras
    Com a espada sanguenta na mão?
    Por que brilham teus olhos ardentes
    E gemidos nos lábios frementes
    Vertem fogo do teu coração?
  2. Ontem tinha chovido... Que desgraça!
    Eu ia a trote inglês ardendo em chama,
    Mas lá vai senão quando uma carroça
    Minhas roupas tafuis encheu de lama...
  3. Pálida, à luz da lâmpada sombria, Sobre o leito de flores reclinada,
    Como a lua por noite embalsamada,
    Entre as nuvens do amor ela dormia!
  4. Se eu morresse amanhã, viria ao menos Fechar meus olhos minha triste irmã;
    Minha mãe de saudades morreria
    Se eu morresse amanhã!
  5. Quando em meu peito rebentar-se a fibra,
    Que o espírito enlaça à dor vivente,
    Não derramem por mim nem uma lágrima
    Em pálpebra demente.

08. (UNIFAE)

Por mais que o mundo aclame os vãos triunfadores,

Os que passam cantando e os que passam ovantes1,

Os que entre a multidão vão como uns hierofantes2,

E os que repartem d’alto, augustos julgadores,

Às turbas3 o favor e os desdéns cruciantes,

Não há glória ou poder, cousa que o mundo aclame,

Igual à morte obscura, erma, vil, impotente,

D’um homem justo e bom, que expira injustamente

Na miséria, no exílio, ou em cárcere infame,

Mas que aplaude a consciência – e que morre contente!

(Antero de Quental. Antologia, 1991.)

1 ovante: triunfante, vitorioso.

2 hierofante: guia, guru.

3 turba: multidão.

No poema, o eu lírico coloca-se a favor do homem que

  1. comparativo, sendo que o eu lírico ora dá voz a um pensamento racional e ora ao metafísico e desconhecido, cindindo-se.
  2. reflexivo, formalizando uma poesia que traduz as inquietações do eu lírico diante das injustiças existentes no mundo.
  3. idealizador, pois o eu lírico reconhece a impossibilidade própria de lutar e transformar a sociedade em que vive.
  4. ambíguo, buscando formalizar uma poesia em que o eu lírico assume um papel apostolar e ensimesmado.
  5. subjetivo, uma vez que cultiva uma poesia transcendental como forma de entender-se e de aceitar o mundo onde vive.

09. (CESMAC) José de Alencar é um dos patriarcas da literatura brasileira. Sua obra vai do ensaio ao drama, da crônica ao romance urbano, do romance indigenista, passando pelo romance histórico aos tratados sobre política. Sobre os seus romances indigenistas — Iracema, O Guarani e Ubirajara —, é correto afirmar que:

  1. se passam no século XIX.
  2. em O Guarani, os protagonistas são Ceci e Peri.
  3. Iracema tem como subtítulo “uma lenda alagoana”.
  4. em todos os romances indigenistas é forte a presença do negro.
  5. têm como cenários terras do Xingu.

10. (CESMAC) O Romantismo brasileiro se distinguiu, em relação a outros períodos da literatura nacional, pois:

  1. fugia, em seus folhetins, comuns na época, ao interesse pelo romance urbano e às críticas à sociedade da época.
  2. defendia o nacionalismo, inclusivamente na valorização da natureza, da cultura e da língua portuguesa em uso no Brasil.
  3. desvalorizou a opção pelo romance regionalista, o qual preferia tramas, cenários e personagens próprios de diferentes regiões.
  4. afirmava a superioridade da observação de aspectos objetivos da realidade, descartando, então, as impressões subjetivas.
  5. foi influenciado pelo determinismo social, segundo o qual o ser humano – em ações, personalidade e condições de vida – seria produto do meio social.

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