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Morte e Vida Severina: João Cabral de Melo Neto

Lista de 10 exercícios de Literatura com gabarito sobre o tema Morte e Vida Severina: João Cabral de Melo Neto com questões de Vestibulares.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Morte e Vida Severina: João Cabral de Melo Neto.




01. (UFU) Morte e vida severina e O santo e a porca foram concebidas como peças de teatro, ou seja, foram projetadas para interpretação no palco.

Considerando-se tal especificidade e seus enredos, assinale a alternativa que apresenta características comuns às obras.

  1. Estrutura do texto dramático; humor como recurso prevalente; crítica social.
  2. Retrato do sertão nordestino; divisão em três atos; presença de rubricas.
  3. Estrutura do texto dramático; retrato do sertão nordestino; presença de rubricas.
  4. Humor como recurso prevalente; escrita em versos; crítica social.

02. (UCS) Em Morte e Vida Severina, João Cabral de Melo Neto produz uma poesia voltada para a crítica social, caracterizando a tendência neorrealista do Modernismo. Em relação a essa obra, considere as seguintes afirmações.

I. No início, o retirante se apresenta, explicando seu nome e sobrenome a partir da origem de sua família de imigrantes.

II. O retirante Severino, protagonista do poema, depara-se várias vezes com a morte. Esses encontros sugerem a fragilidade da vida no Nordeste.

III. Essa obra, classificada como auto de Natal Pernambucano, apresenta uma linguagem substantiva, sintética e objetiva.

Das afirmativas acima, pode-se dizer que

  1. apenas I está correta.
  2. apenas II está correta.
  3. apenas I e III estão corretas.
  4. apenas II e III estão corretas.
  5. I, II e III estão corretas.

03. (FAMERP) É fato sabido que a trajetória de João Cabral começa num surrealismo despojado da escrita automática, passa pelo ardor da construção e da lucidez, discute a pureza e a decantação da poesia antilírica e, descartando a desconfiança (então em moda) quanto à possibilidade de dizer o mundo e os seus conflitos, assume, de Morte e vida severina em diante, o lado sujo da miséria do Nordeste.

(Modesto Carone. “Severinos e comendadores”. In: Roberto Schwarz (org). Os pobres na literatura brasileira, 1983.)

Conforme o comentário de Modesto Carone, João Cabral

  1. afastou-se da poesia antilírica, por considerá-la impura e decantada.
  2. praticou o que a crítica literária chama, hoje, de “poesia suja”.
  3. explorou, ao longo da fase inicial de sua poesia, a escrita automática.
  4. duvidou da poesia engajada, notadamente depois de Morte e vida severina.
  5. ignorou a desconfiança que foi moda em relação à poesia de crítica social.

04. (UFPR) Em Morte e vida severina, Severino é um retirante que sai do interior com a intenção de chegar ao litoral, à cidade do Recife. Quando atinge a Zona da Mata, última região antes da chegada ao Recife, diz ele:

– Nunca esperei muita coisa,

digo a Vossas Senhorias.

O que me fez retirar

não foi a grande cobiça;

o que apenas busquei

foi defender minha vida

da tal velhice que chega

antes de se inteirar trinta;

se na serra vivi vinte,

se alcancei lá tal medida,

o que pensei, retirando,

foi estendê-la um pouco ainda.

Mas não senti diferença

entre o Agreste e a Caatinga,

e entre a Caatinga e aqui a Mata

a diferença é a mais mínima.

Está apenas em que a terra

é por aqui mais macia;

está apenas no pavio,

ou melhor, na lamparina:

pois é igual o querosene

que em toda parte ilumina,

e quer nesta terra gorda

quer na serra, de caliça,

a vida arde sempre

com a mesma chama mortiça.

[…]

Sim, o melhor é apressar

o fim dessa ladainha,

fim do rosário de nomes

que a linha do rio enfia;

é chegar logo ao Recife,

derradeira ave-maria

do rosário, derradeira

invocação da ladainha,

Recife, onde o rio some

e esta minha viagem se finda.

(MELLO NETO, João Cabral de. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994, p. 186-187.)

Considerando o trecho acima e a leitura integral do auto de João Cabral de Melo Neto, assinale a alternativa correta.

  1. O auto de João Cabral foi concluído em 1955, tempo em que ainda se iluminavam as casas com lamparinas, e, nessa situação, a percepção que Severino tem dos lugares que conhece é prejudicada pelas limitações da época e por sua própria ignorância.
  2. A comparação de Recife com a “derradeira ave-maria/ do rosário”, assim como as várias rezas que Severino testemunha ao longo da viagem, mostra a presença constante da religiosidade como um fator de atraso na vida dos nordestinos.
  3. Ao final, fica claro para o leitor que a vida no Recife também seria semelhante à das regiões menos desenvolvidas da Caatinga, do Agreste e da Zona da Mata, porque a pobreza não é causada pelas condições naturais, mas por uma estrutura social excludente.
  4. O empenho social de João Cabral de Melo Neto é o de sugerir aos retirantes que não saiam de sua terra, visto que, sem preparo, eles enfrentam dificuldades enormes no Recife, valendo mais a pena procurar desenvolver sua própria região.
  5. Ao chegar ao Recife, Severino ouve uma longa conversa entre dois coveiros e, percebendo que sua viagem havia sido inútil, entende a conversa como uma sugestão e se suicida, atirando-se no rio Capibaribe.

05. (FAMERP) É fato sabido que a trajetória de João Cabral começa num surrealismo despojado da escrita automática, passa pelo ardor da construção e da lucidez, discute a pureza e a decantação da poesia antilírica e, descartando a desconfiança (então em moda) quanto à possibilidade de dizer o mundo e os seus conflitos, assume, de Morte e vida severina em diante, o lado sujo da miséria do Nordeste.

(Modesto Carone. “Severinos e comendadores”. In: Roberto Schwarz (org). Os pobres na literatura brasileira, 1983.)

Segundo Modesto Carone, o trecho que melhor ilustra a última fase da poesia de João Cabral é:

  1. O mar, que só preza a pedra,
    que faz de coral suas árvores,
    luta por curar os ossos
    da doença de possuir carne,
  2. Sobre o lado ímpar da memória
    o anjo da guarda esqueceu
    perguntas que não se respondem.
  3. Com peixes e cavalos sonâmbulos
    pintas a obscura metafísica
    do limbo.
  4. Ó face sonhada
    de um silêncio de lua,
    na noite da lâmpada
    pressinto a tua.
  5. As nuvens são cabelos
    crescendo como rios;
    são os gestos brancos
    da cantora muda;

06. (UFAC) “– O meu nome é Severino,

como não tenho outro de pia.

Como há muitos Severinos,

que é santo de romaria,

deram então de me chamar

Severino de Maria

como há muitos Severinos

com mães chamadas Maria,

fiquei sendo o da Maria

do finado Zacarias [...]

[...]

Somos muitos Severinos

iguais em tudo na vida:

na mesma cabeça grande

que a custo é que se equilibra,

no mesmo ventre crescido

sobre as mesmas pernas finas

e iguais também porque o sangue,

que usamos tem pouca tinta [...]”

Disponível em: http://www.culturabrasil.pro.br/joaocabral demelonetoo.html.

Tomando a leitura e a interpretação dos fragmentos anteriores, e também as características da poesia modernista da Geração de 45, da qual João Cabral de Melo Neto é um dos expoentes, podemos dizer que:

I. A poesia de 45 caracteriza-se pela renovação estética.

II. O poema Morte e vida severina desenvolve temas relacionados ao social, à moral e ao político.

III. Embora o poema Morte e vida severina seja um auto de Natal de tradição ibérica, a métrica de seus versos não segue o modelo da tradição.

Das afirmações acima:

  1. Somente a afirmação I está correta.
  2. Somente a afirmação II está correta.
  3. Estão corretas as afirmações II e III.
  4. As afirmações I e II estão corretas.
  5. Somente a afirmação III está correta.

07. (UFT) Considere as assertivas sobre o poema Morte e vida severina, de João Cabral de Melo Neto:

I. A elaboração estética aponta para um diálogo com a literatura de cordel.

II. O poema apresenta, na sua conclusão, um olhar otimista sobre a vida.

III. Não há presença, no poema, de elementos da cultura popular nem de rigor formal.

IV. A temática do poema de Morte e vida severina faz referência a um único Severino.

Com base nas assertivas apresentadas, marque a alternativa CORRETA:

  1. Apenas I está correta.
  2. Apenas IV está correta.
  3. Apenas I e II estão corretas.
  4. Apenas I e IV estão corretas.
  5. Todas as alternativas estão corretas.

08. (UCS) Leia o fragmento de Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto.

– Essa cova em que estás,

com palmos medida,

é a conta menor

que tiraste em vida.

– É de bom tamanho,

nem largo, nem fundo,

é a parte que te cabe

deste latifúndio.

(MELO NETO, João Cabral de. Morte e vida severina e outros poemas para vozes. 4. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000. p. 108.)

Em relação ao poema, é correto afirmar que

  1. o autor, por meio dele, denuncia os profundos problemas sociais que assolam o sudeste brasileiro.
  2. a imagem antitética que se estabelece entre cova e latifúndio sugere a exploração sofrida pelos nordestinos.
  3. Severino simboliza todos os latifundiários que, ciclicamente, abandonam suas terras por causa da seca.
  4. a companheira fiel e constante dos retirantes é a vida, capaz de lhes dar a terra que lhes pertence.
  5. há uma nota de inconformismo no fragmento acima, sintetizada no verso “é de bom tamanho”.

09. (UFTM) Leia o trecho abaixo da obra Morte e vida Severina, publicado em 1956, do poeta João Cabral de Melo Neto (1920-1999).

(...)

– Essa cova em que estás,

com palmos medida,

é a cota menor

que tiraste em vida.


– é de bom tamanho,

nem largo nem fundo,

é a parte que te cabe

neste latifúndio.


– Não é cova grande.

é cova medida,

é a terra que querias

ver dividida.

(...)


– Viverás, e para sempre

na terra que aqui aforas:

e terás enfim tua roça.

(...)

(www.culturabrasil.pro.br)

O poeta faz referência

  1. à morte, que a todos atinge de forma indistinta.
  2. aos problemas que envolvem a distribuição de terras no Brasil.
  3. à política que visa diminuir as distâncias entre ricos e pobres.
  4. ao direito de propriedade, consagrado na Constituição.
  5. aos resultados positivos do programa de reforma agrária.

10. (UCS) Leia as afirmações em relação à obra Morte e vida severina, escrita por João Cabral de Melo Neto.

I A peça teatral pode ser classificada como um auto de natal pernambucano.

II A peça, ao contar a saga do nordestino, elege a forma popular com versos curtos, comuns nos autos medievais.

III As únicas profissões possíveis de trabalhar, conforme o enredo, são aquelas ligadas à morte.

Das proposições acima,

  1. apenas I está correta.
  2. apenas II está correta.
  3. apenas I e III estão corretas.
  4. apenas II e III estão corretas.
  5. I, II e III estão corretas.

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