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1984, George Orwell

Lista de 12 exercícios de Literatura com gabarito sobre o tema 1984, George Orwell com questões de Vestibulares.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema 1984, George Orwell.




01. (UFCG) George Orwell descreveu, no livro 1984, uma sociedade totalitária onde o Big Brother (O Grande Irmão) estabelecia, com a colaboração das tecnologias da informação, um rígido controle social. No que diz respeito ao controle do Estado sobre os cidadãos e as cidadãs, pode-se considerar que Orwell fez uma previsão razoável. Com as tecnologias informadas pela ciência contemporânea as possibilidades desse controle estão disponíveis. O modelo de ondas está presente na maioria delas. Dessa forma um Big Brother atual poderia realizar os seguintes controles, EXCETO

  1. rastrear uma pessoa, utilizando-se de um sonar instalado num satélite em órbita da Terra.
  2. gravar a conversa de duas pessoas a partir de sons refletidos em certo obstáculo.
  3. transmitir imagens de uma câmera escondida no quarto de uma pessoa, através de fibra ótica, dispositivo baseado no fenômeno da reflexão total de ondas de luz.
  4. registrar as atividades de pessoas, utilizando uma câmara digital considerando suas restrições, pois o registro das imagens depende de um sistema de lentes.
  5. rastrear uma conversação telefônica por celular com equipamento que leve em conta a frequência da onda do emissor.

De 1984 a 2010

No romance "1984", de George Orwell, o personagem principal trabalha alterando os arquivos históricos para moldar as consciências para o bom convívio social. Chegamos à época em que essa distopia (contrário de utopia) virou realidade. Só que, desta vez, pelas mãos dos herdeiros dos projetos utópicos "mais bem-intencionados".

Porém, antes, um reparo. A política é um mal necessário, mas existem formas e formas de política. A minha pode ser entendi- da como uma política herdada de autores como Isaiah Berlin, filósofo e historiador das ideias do século 20, judeu nascido em Riga, Letônia, radicado na Inglaterra. Em matéria de política, prefiro sempre os britânicos aos franceses ou alemães. Tal como ele diz em seu recém-publicado no Brasil "Idéias Políticas na Era Romântica" (Cia. das Letras), prefiro a liberdade à felicidade.

A felicidade se declina no plural, porque os valores são conflitantes e não acredito em nenhuma forma de resolver essas diferenças. A melhor sociedade é a sociedade na qual ninguém tem razão (ninguém sabe a verdade definitiva sobre o bem e o mal), mas um número significativo de pessoas consegue conviver razoavelmente, mesmo sem saber a verdade sobre o bem e o mal.

O furor coletivo de "verdades do bem" deve ser mantido sob controle rígido assim como delírios de um serial killer numa noite de calor insuportável. A sociedade é o lugar do apenas tolerável.

E a profecia de Orwell? Todo mundo já tinha ouvido falar que na China o governo estaria alterando os livros de história das escolas para que a Revolução Cultural Chinesa (uma das maiores monstruosidades cometidas na história da humanidade) desaparecesse da memória das gerações mais jovens. Valelembrar que muitas das pessoas que entre nós se preparam para assumir o governo concordavam com aquelas atrocidades: matar, saquear, sequestrar gente inocente.

Mas o que dizer de países democráticos como o Canadá? Recentemente, estudantes e professores "amantes da liberdade" quase lincharam uma intelectual americana, Ann Coulter, e impediram que ela falasse numa universidade. Não ouvi nenhum dos intelectuais de plantão defendê-la. Era de esperar que muitas mulheres do mundo das letras não o fizessem, uma vez que ela é loira e gostosa, pecados imperdoáveis para intelectuais feias e azedas. A causa da fúria da "comunidade intelectual" da universidade no Canadá era porque essa loira conservadora é conhecida por não rezar na cartilha dos opressores "do bem". O Canadá é um dos países mais totalitários no que se refere à repressão ao uso livre da linguagem e à crítica aos costumes da nova casta fascista que empesteia o mundo.

Lá, de repente, você pode ser preso porque usou uma palavra que esta casta julga inapropriada. Toda vez que estamos diante do controle oficial da língua, estamos diante de um regime opressor.

Mas fiquemos em nossa cozinha e deixemos os canadenses afogados em seu fascismo do de Outro dia vi na mão de uma colega uma foto do "novo Saci". Tiraram o cachimbo da boca do Saci. Eu, que sou um amante de cachimbos e charutos cubanos (e viva la Revolución!!), me senti diretamente afetado. Meu irmão de fé, o Saci, está sendo reprimido. A ideia é que, com cachimbo, ele é um mau exemplo para as crianças. Imagino que esses caras acham que bom exemplo é mulher vestida de homem coçando o saco.

Outro caso recente é a perseguição a velhas cantigas de roda e histórias infantis. Por exemplo, o "atirei o pau no gato" deve virar "não atire o pau no gato" para que as crianças não cresçam espancando gatos por aí. O fascismo "verde" chega ao ponto de tirar das crianças uma música divertida para torná-las defensoras dos gatos.

Lembro-me de meninas na minha infância que cantavam essas músicas e ainda assim choravam quando os meninos ensaiavam torturar pequenos animais só para vê-las chorar e assim chegar perto delas. Como era bom jogar baratas mortas no lanche das meninas só para ver elas pularem deliciosamente das suas cadeiras em lágrimas.

O Lobo Mau não pode mais ser mau e comer a vovozinha da Chapeuzinho Vermelho. Muito menos o Caçador pode salvá-la, porque estaria estimulando às meninas sonharem com príncipes encantados. O novo fascismo quer que os lobos sejam bonzinhos (pobres lobos) e que as meninas não sonhem com caçadores que as protejam (coitadas). Sim, 1984 é agora.

PONDÉ, Luiz Felipe. De 1984 a 2010. In: Folha de S. Paulo. 5 abr. 2010.

Considere a frase conclusiva “Sim, 1984 é agora" do texto de Pondé para responder à questão.

02. (UGD SEDUC-GO) Considerando que o romance 1984 de Orwell foi publicado em 1949, a constatação final, “Sim, 1984 é agora", produz uma ironia por meio de

  1. um subentendido que coloca o presente como uma negação do futuro construído por Orwell em sua obra.
  2. um pressuposto de que a atualidade tem mais problemas do que Orwell, no passado, previu para o futuro
  3. uma ambiguidade que tanto atualiza uma trama ficcional do passado no presente quanto compara a atualidade com o passado.
  4. uma atenuação da crítica feita tanto às práticas bem intencionadas do presente quanto às previsões do passado.

03. (UGD SEDUC-GO) No livro 1984, George Orwell mostra como uma sociedade oligárquica coletivista é capaz de reprimir qualquer um que se opuser a ela. Tal sociedade controla não só a economia, mas a mente e o coração das pessoas. A frase conclusiva “Sim, 1984 é agora" pode ser assim explicada:

  1. Os discursos atuais que pregam ações politicamente corretas alteram a história natural das sociedades, assim como os arquivos históricos no romance de Orwell foram alterados.
  2. As tentativas de mudança no comportamento das pessoas e na língua por elas usada são inúteis, visto que a força maior está na naturalidade das coisas, tal como postula a profecia de Orwell.
  3. Os meios de controle social da sociedade moderna pautam-se exclusivamente nos registros escritos e falados, já que eles manifestam as impropriedades vocabulares já denunciadas pelo romance 1984
  4. As organizações do bem existentes no mundo hoje trabalham para combater as organizações do mal, que são inconsequentes ao divulgarem palavras e imagens imorais, conflito já descrito no livro 1984

04. (ITA) A questão refere-se ao texto destacado a seguir.

If there is any doubt about the persistent power of literature in the face of digital culture, it should be banished by the recent climb of George Orwell’s 1984 up the Amazon “Movers and Shakers” list. There is much that’s resonant for us in Orwell’s dystopia in the face of Edward Snowden’s revelations about the NSA […]. We look to 1984 as a clear cautionary tale, even a prophecy, of systematic abuse of power taken to the end of the line. […]

However, after “THE END” of his dystopian novel 1984, George Orwell includes another chapter, an appendix, called “The Principles of Newspeak.” Since it has the trappings of a tedious scholarly treatise, readers often skip the appendix. But it changes our whole understanding of the novel. Written from some unspecified point in the future, it suggests that Big Brother was eventually defeated. The victory is attributed not to individual rebels or to The Brotherhood, an anonymous resistance group, but rather to language itself. The appendix details Oceania’s attempt to replace Oldspeak, or English, with Newspeak, a linguistic shorthand that reduces the world of ideas to a set of simple, stark words. “The whole aim of Newspeak is to narrow the range of thought.” It will render dissent “literally impossible, because there will be no words in which to express it.”

Fonte: Frost, Laura. http://qz.com/95696. Adaptado. Acesso em agosto de 2019.

De acordo com o texto, é incorreto afirmar que

  1. na obra 1984, Orwell retrata um mundo distópico que ainda possui relevância nos tempos atuais.
  2. a obra 1984 é considerada como um alerta para o uso abusivo do poder levado às últimas consequências.
  3. no apêndice, há o relato da tentativa de substituição da Oldspeak por uma língua mais abreviada (simplificada).
  4. o vocabulário da Newspeak é tão complexo que se torna difícil usá-lo para expressar discordância.
  5. Newspeak é uma língua que impossibilita externalizar um pensamento mais complexo.

05. (UCS) Com base no texto, analise as proposições a seguir, quanto à sua veracidade (V) ou falsidade (F), em relação ao emprego de elementos linguísticos.

( ) O adjetivo curioso (linha 05) pode ser substituído, sem comprometimento de sentido, por intrigante.

( ) O advérbio coincidentemente (linha 06) pode ser substituído, sem comprometimento de sentido, por justamente.

( ) O verbo inspirado (linha 10) pode ser substituído, sem comprometimento de sentido, por originado.

Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente os parênteses, de cima para baixo.

  1. F – V – F
  2. V – V – V
  3. F – V – V
  4. V – V – F
  5. V – F – V

06. (UCS) Conforme o texto, é correto afirmar que

  1. o reality show de televisão Big Brother se baseia no livro 1984.
  2. gera curiosidade para Grinberg a relação entre o caso Snowden e as vendas do livro 1984.
  3. é preciso denunciar a vigilância eletrônica exercida sobre os cidadãos.
  4. Snowden denunciou a vigilância de grandes empresas sobre os cidadãos por meio do site da Amazon.
  5. é preferível abrir mão da privacidade para usar os serviços eletrônicos.

07. (UCS) Segundo o texto, é correto afirmar que

  1. Orwell viveu uma realidade similar à retratada por ele em sua obra.
  2. 1984 é um livro de qualidade inferior às demais obras do autor.
  3. Chaplin foi um dos denunciados por Orwell em sua lista de simpatizantes do comunismo.
  4. as convicções de Orwell o isentam de ter denunciado cidadãos comunistas ao governo.
  5. a diferença entre a realidade atual e a obra 1984 é que as pessoas já são vigiadas, mesmo sem denúncia.

08. (UCS) A citação do lema da empresa Google, “don’t be evil” (tradução livre: não seja malvado), na linha 17, entre parênteses, permite inferir que

  1. o serviço Gmail foi o mais visado pela vigilância eletrônica do governo norte-americano.
  2. a predileção da autora se dá por essa empresa em especial.
  3. a autora explora a ironia, já que a menção às denúncias de Snowden evidencia o contrário.
  4. a informação é importante para a argumentação usada pela autora.
  5. reforça-se, via recurso explicativo, a discordância da empresa com a violação de privacidade dos cidadãos.

09. (UCS) De acordo com o texto, é correto afirmar que

I Orwell conviveu com a vigilância iminente do governo em sua vida privada.

II os criptocomunistas, para Orwell, eram mais perigosos que os cidadãos abertamente comunistas.

III Orwell tinha a convicção de que o Ocidente perderia a batalha de ideologias contra a União Soviética.

Das proposições acima,

  1. apenas I está correta.
  2. apenas II está correta.
  3. apenas III está correta.
  4. apenas I e II estão corretas.
  5. apenas II e III estão corretas.

10. (UCS) Com base no texto, é correto afirmar que

I a autora considera estranho o fato de Orwell ter imaginado uma sociedade em que não viveu.

II 1984 foi inspirado nos governos totalitários da primeira metade do século XX.

III 1984 é uma crítica contundente ao comunismo.

Das proposições acima,

  1. apenas I está correta.
  2. apenas II está correta.
  3. apenas III está correta.
  4. apenas I e II estão corretas.
  5. I, II e III estão corretas.

11. (UCS) Com base no texto, é correto afirmar que

I o leitor, hoje, de 1984 busca uma reflexão acerca de uma sociedade altamente controlada.

II Orwell tinha consciência de que seu texto seria um símbolo de defesa da liberdade de expressão nos dias de hoje.

III Orwell cometera o erro grave de incluir Chaplin como um judeu comunista.

Das proposições acima,

  1. apenas I está correta.
  2. apenas II está correta.
  3. apenas III está correta.
  4. apenas I e II estão corretas.
  5. apenas I e III estão corretas.

12. (UCS) Conforme o texto, é correto afirmar que

  1. Orwell tornou-se, em vida, um símbolo da independência política
  2. o papel da vigilância externa eletrônica ainda é importante na atualidade.
  3. as pessoas são vítimas das empresas ao abrir mão da privacidade.
  4. os leitores da atualidade consideram 1984 um livro muito ruim.
  5. cadernos de denúncias como o de Orwell são desnecessários hoje em dia.

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