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Macunaíma: Mário de Andrade

Lista de 10 exercícios de Literatura com gabarito sobre o tema Macunaíma: Mário de Andrade com questões de Vestibulares.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Macunaíma: Mário de Andrade.




01. (PUC-Campinas) Retrato do Brasil: ensaio sobre a tristeza brasileira, de Paulo Prado (escritor a quem Mário de Andrade dedicou Macunaíma), é hoje um livro quase esquecido. Quando saiu, porém, alcançou êxito excepcional: quatro edições entre 1928 e 1931. O momento era propício para tentar explicações do Brasil, país que se via a si mesmo como um ponto de interrogação. Terra tropical e mestiça condenada ao atraso ou promessa de um eldorado sul-americano?

BOSI, Alfredo. Céu, Inferno. São Paulo: Ática, 1988, p. 137)

A razão pela qual o escritor Mário de Andrade dedicou a Paulo Prado seu romance Macunaíma é sugerida no próprio texto, uma vez que nesse romance o autor pretende

  1. romper com as amarras desse gênero da ficção, apostando numa narração caótica e puramente experimental.
  2. historiar a saga da família Prado, identificando-a com a história dos chamados barões do café da Pauliceia.
  3. criar um protagonista cuja história espelhe e transfigure a diversidade e a busca de identidade cultural do povo brasileiro.
  4. denunciar o nacionalismo das tendências artísticas que retratam o Brasil como se fosse o centro do universo.
  5. lamentar o atraso de nosso país, enquanto sugere que nosso futuro está na modernização e na tecnologia.

02. (PUC-RS) INSTRUÇÃO: Para responder à questão, considere o excerto a seguir, no contexto da obra Macunaíma.

“Os manos bem sonsos gritaram:

– Uai! está doendo, mano! Pois quando bola bate na gente nem não dói!

Macunaíma teve raiva e atirando a bola com o pé bem pra longe falou:

– Sai, peste!

Veio onde estavam os manos:

– Não faço mais papiri, pronto!

E virou tijolos pedras telhas ferragens numa nuvem de içás que tomou São Paulo por três dias. O bichinho caiu em Campinas. A tatorana caiu por aí. A bola caiu no campo. E foi assim que Maanape inventou o bicho-do-café, Jiguê a largarta-rosada e Macunaíma o futebol, três pragas.”

INSTRUÇÃO: Para responder à questão, considere as afirmativas abaixo.

I. Macunaíma é uma obra que pertence à escola modernista.

II. No excerto, o narrador refere-se ao futebol de forma positiva.

III. Na linguagem presente no fragmento, percebe-se a valorização da oralidade e do coloquialismo.

Está/Estão correta(s) a(s) afirmativa(s)

  1. I, apenas.
  2. II, apenas.
  3. I e III, apenas.
  4. II e III, apenas.
  5. I, II e III.

03. (UEL) Leia o texto a seguir.

No fundo do mato virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro: passou mais de seis anos não falando. Se o incitavam a falar, exclamava: – Ai que preguiça!... e não dizia mais nada. Quando era pra dormir trepava no macuru pequeninho sempre se esquecendo de mijar. Como a rede da mãe estava por debaixo do berço, o herói mijava quente na velha, espantando os mosquitos bem. Então adormecia sonhando palavras feias, imoralidades estrambólicas e dava patadas no ar.

(Adaptado de: ANDRADE, M. Macunaíma. Rio de Janeiro: Agir, 2008. p.7.)

Enquanto produção cultural, o Modernismo procurava reconhecer as identidades que formavam o povo brasileiro. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a presença da temática indígena no movimento, tendo por modelo o romance de Mário de Andrade.

  1. A utilização da temática indígena configurava um projeto nacional de busca dos valores nativos para a formação da identidade brasileira, na época.
  2. Como herói indígena, Macunaíma difere das representações românticas, já que ele figura como um anti-herói, um personagem de ações valorosas, mas também vis.
  3. Macunaíma se insere no racismo corrente no início do século XX, que via uma animalidade no indígena, considerado coisa, e não gente.
  4. O indígena foi considerado pelos modernistas como único representante da identidade brasileira, pois sua cultura era vista como pura e sem interferência de outros povos.
  5. O trecho reafirma a característica histórico-antropológica do patriarcado brasileiro, que compreendia o indígena como um incivilizado puro e ingênuo.

04. (UDESC) Macunaíma o herói sem nenhum caráter (1928), a obra prima de Mário de Andrade e talvez a mais importante do movimento modernista, foi classificada também como rapsódia.

Em relação à obra de Mário de Andrade, é incorreto.

  1. Mário de Andrade acrescentou livremente várias histórias na obra, resultado de suas pesquisas sobre o folclore brasileiro, em razão disso o personagem principal da obra, Macunaíma, assume no desenrolar da trama romanesca diversas identidades.
  2. A obra reúne lendas, ditos, provérbios, máximas, mitos indígenas e sertanejos, fragmentos da cultura sul-americana.
  3. Mário de Andrade teve como base para a criação da sua rapsódia, embora com algumas modificações, a leitura da obra Vom Roraima zum Orinoco do etnógrafo alemão Koch-Grünberg.
  4. A obra escrita em 1922, e publicada dois anos depois, é a obra que sintetiza as propostas difundidas pelo Manifesto Verde-Amarelo do próprio autor da rapsódia, muito embora a obra seja anterior a este manifesto.
  5. Mário de Andrade buscou criar em Macunaíma o herói sem nenhum caráter uma linguagem brasileira, sintetizando a língua portuguesa falada no Brasil: as variações´regionais, as influências estrangeiras e as criações populares.

05. (UFRGS) Considere as afirmações abaixo sobre o livro Macunaíma o herói sem nenhum caráter, de Mario de Andrade.

I - Macunaíma deixa a mata onde nasceu para trabalhar com Venceslau Pietro Pietra, de quem ganha como prêmio a pedra muiraquitã, um amuleto mágico.

II - A “Carta pras icamiabas”, capítulo IX do livro, é escrita durante a permanência de Macunaíma na cidade grande e tem por objetivo pedir dinheiro (cacau), daí o tom formal e os artifícios retóricos, que se diferenciam do restante da narrativa.

III - “Por cá tudo são delícias e venturas, porém nenhum gozo teremos e nenhum descanso, enquanto não rehouvermos o perdido talismã.” Neste trecho da Carta, o autor remete ao poema Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, num diálogo às avessas, em que exalta a cidade, o cá.

Quais estão corretas?

  1. Apenas I.
  2. Apenas II.
  3. Apenas I e III.
  4. Apenas II e III.
  5. I, II e III.

06. (FGV-SP) Em relação a Macunaíma, de Mário de Andrade – obra central do Modernismo e da literatura brasileira – só NÃO é correto afirmar que

  1. se trata de livro bastante autoral, ao mesmo tempo que constituído pelo agenciamento de materiais heteróclitos.
  2. sua personagem principal deriva de um mito indígena, colhido pelo autor na obra de um pesquisador estrangeiro.
  3. comporta a narrativa da busca de um objeto mágico, no que se assemelha, entre outras, a certas narrativas medievais de mesmo teor.
  4. a crítica à preguiça do herói é proporcional ao apreço do autor pelo trabalho firme e produtivo.
  5. conjuga, em sua composição, um tom solene, de lenda, o registro satírico e procedimentos paródicos.

07. (UNITINS) O Modernismo brasileiro propôs uma ruptura com modelos artísticos consagrados e uma releitura do Brasil pelos intelectuais da época. Assim, os fatos que, antes, provocavam vergonha nos brasileiros porque marcavam a distância em relação à Europa, como, por exemplo, a presença do negro, do índio e, especialmente, a miscigenação, agora eram expostos com orgulho e transformados em sinônimo de superioridade. No início desse movimento literário, o poeta, prosador, músico e folclorista Mário de Andrade escreveu o que foi considerada pelos críticos literários sua obra-prima: “Macunaíma”.

Assinale a(s) afirmativa(s) que apresenta(m) informações corretas sobre o romance.

I. O personagem principal é um “herói sem nenhum caráter”, confronta a estética parnasiana e simbolista e não apresenta a realidade do Realismo, mas desconstrói e deforma essa realidade. Mário de Andrade apresenta um personagem que tem todas as características de um anti-herói e lhe confere a condição de herói, porém “sem nenhum caráter”, uma espécie de paradoxo.

II. Ao longo de todo texto ocorrem manifestações fantásticas de mitos criados para explicar as lendas indígenas, o folclore brasileiro e, especialmente, a representação do mito da formação do povo brasileiro por três raças: branco, negro e índio. O personagem principal do romance é apresentado como muito feio, preguiçoso, mal educado e sem princípio moral algum, porém, sedutor.

III. O romance é considerado uma lenda cearense pelo autor. É dividido em 33 (trinta e três) capítulos curtos que narram o início da civilização brasileira com o encontro da raça branca com a indígena. A paisagem natural e o índio são descritos como exuberantes, símbolos ideais para a construção da identidade nacional e da instituição da nação.

IV. A linguagem utilizada por Mário de Andrade no decorrer do texto é construída por vocábulos indígenas; expressões e provérbios populares; africanismos; frases feitas e gírias. Isso tudo com muita ironia e dinamismo. Uma mistura dos falares do povo brasileiro em um texto único que foi denominado pelo autor uma rapsódia, composição que envolve vários temas populares.

Agora, marque a assertiva correta sobre a obra literária “Macunaíma”.

  1. Apenas II, III e IV são verdadeiras.
  2. Apenas I, II e IV são verdadeiras.
  3. Apenas I, II e III são verdadeiras.
  4. Apenas III e IV são verdadeiras.
  5. I, II, III e IV são verdadeiras.

08. (UFAM PSC) Sobre Cobra Norato e Macunaíma é INCORRETO afirmar que:

  1. ambos podem ser considerados rapsódia.
  2. ambos pertencem à primeira geração modernista.
  3. recorrem a elementos do folclore brasileiro.
  4. são textos distantes ideologicamente: um é prosa; outro, verso.
  5. ilustram ideias veiculadas pelo manifesto antropófago.

09. (UFPA) Em 19/05/1928, Mário de Andrade (1893-1945) escreveu uma carta a Alceu Amoroso Lima acerca de Macunaíma:

“Macunaíma já é uma tentativa tão audaciosa e tão única (não pretendo voltar ao gênero absolutamente), os problemas dele são tão complexos apesar dele [sic] ser um puro divertimento (foi escrito em férias e como férias) que complicá-lo ainda com a tal de antropofagia me prejudica bem o livro. [...] Pois diante de Macunaíma estou absolutamente incapaz de julgar qualquer coisa. Às vezes tenho a impressão de que é a única obra de arte, deveras artística, isto é, desinteressada que fiz na minha vida. No geral meus atos e trabalhos são muito conscientes por demais pra serem artísticos. Macunaíma não. Resolvi escrever porque fiquei desesperado de comoção lírica quando lendo o Koch Grünberg percebi que Macunaíma era um heróisem nenhum caráter nem moral nem psicológico, achei isso enormemente comovente nem sei porque, de certo pelo ineditismo do fato, ou por ele concordar um bocado bastante com a época nossa, não sei... [...] Mas se principio matutando um pouco mais sobre o livro que escrevi sem nenhuma intenção, me rindo apenas das alusões à psicologia do brasileiro que botava nele, principia surgindo tanto problema tratado, tanta crítica feita dentro dele que, tanto simbolismo até, que nem sei parece uma sátira tremenda. E não é não. Nem a caçoada [zombaria] vasta que faço da sensualidade e pornografia brasileira, tive intenção de fazer sátira.”

(FERNANDES, Lygia (Org.). 71 cartas de Mário de Andrade. Rio de Janeiro: São José, [19--]. p. 31-2).

Da leitura dos excertos transcritos, é correto inferir que Mário de Andrade

  1. não tinha plena consciência do caráter inovador do texto que havia escrito por “puro divertimento”.
  2. considera que o ponto mais importante de Macunaíma gira em torno da discussão da psicologia do brasileiro.
  3. nega que seu livro tenha um caráter crítico em relação às convenções literárias da época.
  4. caracteriza Macunaíma como “um herói sem nenhum caráter nem moral nem psicológico”.
  5. pondera que realizar um trabalho de modo muito consciente potencializa o caráter artístico deste.

10. (UFRR) TEXTO

“No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói da nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a índia tapanhumas pariu uma criança feia. Essa criança é que chamaram de Macunaíma.” (p.1)

“Lá fora a vista era uma tristura de entardecer dentro da cerração. Macunaíma sentiu-se desinfeliz e teve saudades de Ci a inesquecível. Chamou os manos pra se consolarem todos juntos. Maanape e Jiguê sentaram junto dele na cama e os três falaram longamente da Mãe do Mato. E espalhando a saudade falaram dos matos e cobertos cerrações deuses e barrancas traiçoeiras do Uraricoera. Lá que eles tinham nascido e se rido pela primeira vez nos macurus...” (p. 64)

“Na escureza o calor se amaciava como saindo das águas; pra trabalhar se cantava; nossa mãe ficara virada numa coxilha mansa no lugar chamado Pai da Tocandeira... Ai, que preguiça... E os três manos perceberam pertinho o murmurejo do Uraricoera! Oh! como era bom por lá... O herói se atirou pra trás chorando largado na cama.” (p. 64)

“– Ara... que preguiça... No outro dia atingiram as cabeceiras dum rio e escutaram perto o ruidejar do Uraricoera. Era ali. Um passarinho serigaita trepado na munguba, enxergando o farrancho gritou logo.” (106)

“Não havia mais ninguém lá. Dera tangolomângolo na tribo Tapanhumas e os filhos dela se acabaram de um em um. Não havia mais ninguém lá. Aqueles lugares aqueles campos furos puxadouros arrastadouros meios-barrancos, aqueles matos misteriosos, tudo era a solidão do deserto. Um silêncio imenso dormia à beira-rio do Uraricoera. [...] Ninguém jamais não podia saber tanta história bonita e a fala da tribo acabada. Um silêncio imenso dormia à beirario do Uraricoera.” (p. 123)

(ANDRADE, Mário. Macunaíma. São Paulo: Projeto Livro Livre, 2016.

Assinale a alternativa CORRETA, a partir do texto.

  1. O Uraricoera presente em Macunaíma não se refere ao rio roraimense.
  2. O Uraricoera, rio Roraimense, a partir de sua inserção na obra Macunaíma, de Mario de Andrade, se torna um marco localizador de onde nasceu a personagem Macunaíma.
  3. Levando em conta que no Brasil foram dizimadas centenas de tribos indígenas, o final de Macunaíma, último parágrafo, não se aproxima da realidade histórica ocorrida no país.
  4. Em “Dera tangolomângolo”, quinto parágrafo, pelo contexto em que está inserida a expressão, pode ser interpretada como uma coisa boa.
  5. Em “Na escureza o calor se amaciava como saindo das águas”, a colocação pronominal não pode ser mudada para uma ênclise.

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