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Amar, Verbo Intransitivo, Mário De Andrade

Lista de 10 exercícios de Literatura com gabarito sobre o tema Amar, Verbo Intransitivo, Mário De Andrade com questões de Vestibulares.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Amar, Verbo Intransitivo, Mário De Andrade.




01. (PUCCAMP) Leia com atenção o seguinte excerto de Amar, Verbo Intransitivo, de Mário de Andrade:

"Vejam por exemplo a Alemanha, que-dê raça mais forte? Nenhuma. E justamente porque mais forte e indestrutível neles o conceito de família. Os filhos nascem robustos. As mulheres são grandes e claras. São fecundas. O nobre destino do homem é se conservar sadio e procurar esposa prodigiosamente sadia. De raça superior, como ela, Fräulein. Os negros são de raça inferior. Os índios também. Os portugueses também."

No trecho acima,

  1. encontram-se as convicções autênticas do escritor Mário de Andrade quanto à superioridade racial dos alemães, que ele ardilosamente atribui a Fräulein, tornando-a seu porta-voz.
  2. o narrador utiliza uma técnica narrativa que gera o máximo distanciamento entre ele e a personagem, qual uma câmara que só capta a exterioridade de um objeto.
  3. o nacionalismo de Mário de Andrade faz com que ele caracterize o germanismo de Fräulein, já que o objetivo da narrativa é demonstrar a superioridade da cultura brasileira sobre as demais.
  4. surge, provocadoramente, a tese da "superioridade racial" do alemão, encarnada em Fräulein, que esta deverá testar no confronto com a suposta "inferioridade dos latinos", encarnada no adolescente Carlos.
  5. quem de fato está narrando é o chefe da família Sousa Costa, que admira a disciplina germânica e por esta razão contratou Fräulein como preceptora na iniciação sexual de seu filho Carlos.

02. (UDESC) Assinale a alternativa incorreta em relação à linguagem na obra Amar, verbo intransitivo, Mário de Andrade.

  1. Romance moderno, linguagem erudita e elaborada, apresenta uma estrutura que foge ao padrão convencional.
  2. A obra é marcada pela presença de neologismos.
  3. Há liberdade quanto à pontuação das frases bem como a sobreposição de frases, ocorrendo a polifonia.
  4. Há um afastamento da escrita clássica, convencional, aproximando-se mais da fala popular.
  5. O emprego das digressões, sejam metalinguísticas ou sociológicas, leva o leitor a inferir o estilo machadiano.

03. (UEL) A linguagem empregada por Mário de Andrade em Amar, Verbo Intransitivo prevê:

  1. uma sistemática paródia da linguagem clássica;
  2. uma paródia da fraseologia parnasiana;
  3. uma sistemática imitação dos falares regionais;
  4. uma coloquialidade controlada pelo rigor gramatical;
  5. uma tentativa de reproduzir a fala do ambiente urbano-industrial.

04. (UEL) O narrador de Amar, Verbo Intransitivo

  1. É o próprio Mário de Andrade, que utiliza exclusivamente o foco de terceira pessoa, não-onisciente.
  2. Não se dá a conhecer, dado que seu foco é onisciente.
  3. Alterna a narração subjetiva, em primeira pessoa, com a narração em terceira pessoa, de caráter onisciente.
  4. É exclusivamente de primeira pessoa, e, portanto, não é onisciente.
  5. É o de uma primeira pessoa, que se limita ao foco de observação.

05. (ACAFE) Sobre o romance Amar, Verbo Intransitivo é correto afirmar, exceto:

  1. A intenção do rico industrial e fazendeiro paulistano é livrar seu filho Carlos das prostitutas e dos perigos das drogas e doenças.
  2. O adolescente Carlos refere-se à Fräulein como uma figura de mulher “de olhos matinais sem nuvens” e de “cabelos fogareu”, por quem - diz o narrador - “meu coração estrala”, essa amada “parecida com a neve”.
  3. A professora alemã, de 35 anos, mostra-se disposta a transmitir ao filho de Sousa Costa a crença “civilizada” de que se deve amar, simplesmente, sem prender-se à maneira “bárbara” do objeto do amor.
  4. O ponto de vista do autor/narrador, apesar de não ser personagem do enredo, é uma das principais atrações do livro: suas dúvidas e suas opiniões de ordem técnica e literária destacam-se a cada instante, como pontos decisivos da história.

06. (UFAC) Em Amar verbo intransitivo, Mário de Andrade traça um rico painel da sociedade brasileira da época a que se refere o romance. Na obra, podemos perceber o estilo rebuscado e extremamente erudito do autor, aliado a uma postura ideológica clara. Assinale a alternativa que corresponde corretamente à obra citada.

  1. A contratação de Fraülein denota veladamente uma crítica aos costumes da elite da época, ao distinguir a educação dada aos filhos.
  2. A posição assumida pelo narrador obscurece o enredo.
  3. As constantes intromissões do narrador demonstram uma limitação dos sentidos que se pode atribuir ao relato.
  4. O trabalho principal para o qual Fraülein foi contratada revela a preocupação da elite para com a educação de todos os filhos.
  5. As reflexões do narrador, por vezes, distanciam-se dos fatos narrados, revelando apenas a sua erudição.

07. (IFsul) Após a sua leitura da obra de Mário de Andrade, “Amar, verbo intransitivo”, assinale a alternativa que está de acordo com o seu enredo:

  1. No desenvolvimento da narrativa, percebe-se que as ações desenvolvidas pelas personagens revelam que a paixão se sobrepõe à razão.
  2. Frustrando os sonhos do pai, que contratara para o filho uma “professora de amor”, Carlos acaba se envolvendo com prostitutas, algo muito comum aos rapazes da São Paulo do início do século XX.
  3. Contratada para iniciar sexualmente um jovem paulistano burguês do início do século XX, a jovem Elza (no livro tratada como Fräulein) acaba se envolvendo afetivamente com o rapaz, o que lhe causa um certo sofrimento.
  4. Desiludida com o fracasso de sua missão: iniciar sexualmente o jovem Carlos, a protagonista decide retornar à Alemanha e realizar o seu sonho de se casar com o “alemão alvo e alto”, esquecendo-se do amor que deixara em terras brasileiras.

08. (UFU) Em relação à técnica narrativa, empregada por Mário de Andrade em “Amar, verbo intransitivo”, assinale a alternativa INCORRETA.

  1. O início da narrativa surpreende o leitor, apresentando o desfecho do acordo entre Souza Costa e Fraülein. O final é também bastante inusitado: a palavra FIM é colocada após um pequeno parágrafo em que o narrador anuncia seu encerramento, porém várias páginas se pospõem àquele FIM para revelar ao leitor o prosseguimento da vida dos protagonistas.
  2. Em carta a Bandeira, Mário afirma que o livro é fruto de uma “mistura incrível”: “Tem tudo lá dentro. Crítica, teoria, psicologia e até romance.” Esta liberdade de criação é que justifica sua inclusão, pelo autor, no gênero ‘idílio’ – forma narrativa moderna em que não há limite entre os diferentes tipos de discurso: literário, jornalístico, científico etc.
  3. Nos bastidores da ação romanesca, a postura metalinguística é fundamental. O narrador chega a dialogar com as personagens no decorrer de uma cena. Ocasionalmente, faz autocrítica, dialogando consigo próprio. Há um instante em que se surpreende com uma frase muito longa, interrompe-a, denuncia o fato sintático, e a abandona.
  4. A intertextualidade, nem sempre explícita, é um exercício constante. Há citações de Heine, referências a Goethe e Schiller, menções a Nietzsche e Schopenhauer. A erudição do autor, contudo, não é gratuita: as referências a Wagner e Bismarck, por exemplo, são fundamentais para delinear o perfil moral da alemã Fraülein.

09. (UFSC) TEXTO

Elza é filho chegado do sítio ou mãe que volta de Caxambu. Membro que faltava e de novo cresce. Começara como quem recomeça, e a tranqüilidade aplainou logo a existência dos Sousa Costas, extraindo as últimas lascas da desordem, polindo os engruvinhamentos do imprevisto.

Mesmo para as meninas, três: Maria Luísa com doze anos, Laurita com sete, Aldinha com cinco, Elza já dera completo conhecimento de si, estrangulando a curiosidade delas. Já determinara as horas de lição de Maria Luísa e Carlos. Já dispusera os vestidos, os chapéus e os sapatos no guarda-roupa. No jardim, fizera as meninas pronunciar muitas vezes: Fräulein. Assim deviam lhe chamar. “Fräulein” era pras pequenas a definição daquela moça… antipática?… Não. Nem antipática nem simpática: elemento. Mecanismo novo da casa. Mal imaginam por enquanto que será ponteiro do relógio familiar.

Fräulein… nome esquisito! nunca vi! Que bonitas assombrações havia de gerar na imaginação das crianças! Era só deixar ele descansar um pouco na ramaria baralhada, mesmo inda com poucas folhas, das associações infantis, que nem semente que dorme os primeiros tempos e espera. Então espigaria em brotos fantásticos, floradas maravilhosas como nunca ninguém viu. Porém as crianças nada mais enxergariam entre as asas daquela mosca azul… Metodicamente a dissecara. “Fräulein” significava só isto e não outra coisa. E elas perderam todo gosto com a repetição. A mosca sucumbira, rota, nojenta, vil. E baça. ANDRADE, Mário de. Amar, verbo intransitivo: idílio. Rio de Janeiro: Agir, 2008. p. 24-25

Com base no texto, na leitura do romance Amar, verbo intransitivo, lançado em 1927, e no contexto de sua publicação, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).

  1. 01. A história é narrada pelo próprio protagonista, Carlos, que, após adulto, relembra a difícil experiência de iniciação sexual que tivera com a governanta Elza. Ainda traumatizado pelo término da relação, faz uso de um tom amargurado, repleto de introspecções e análises pessoais permeadas por lembranças da São Paulo da década de 1920.
  2. 02. No trecho “Elza é filho chegado do sítio ou mãe que volta de Caxambu” (linha 1), fica evidente o distanciamento, a insensibilidade e a dificuldade de adaptação que marcaram a chegada de Elza na família Sousa Costa. A governanta repelia a curiosidade alheia mantendo certo afastamento e frieza, além de ditar ordens incansavelmente. Não por acaso, o narrador destaca o fato de ela vir a tornar-se “ponteiro do relógio familiar” (linha 12).
  3. 04. O vocábulo “Fräulein” é comparado a uma mosca azul, por permitir “bonitas assombrações” na imaginação das crianças, que desconheciam o significado do termo e o papel da governanta. Todavia, tais associações nunca ocorreriam, tendo em vista os métodos de Elza, que dissecava não apenas palavras, mas sentimentos, posturas e gestos, a fim de ensinar metodicamente o que compreendia ser a forma saudável do amor.
  4. 08. No trecho “A mosca sucumbira, rota, nojenta, vil. E baça.” (linha 19), temos uma gradação de adjetivos destinados à caracterização da mosca. Se por um instante o inseto sugeriu um mundo de fantasias, foi rapidamente devolvido a sua animalidade asquerosa, com a familiarização do som que agora remetia apenas à mulher diante deles.
  5. 16. Em “era pras pequenas” (linha 10) e “que nem semente que dorme” (linha 15), as palavras destacadas são exemplos do projeto encampado por Mário de Andrade e outros modernistas de romper formalmente com a escrita do português de Portugal, em prol de um brasileirismo vocabular e gramatical que melhor representasse a gente e a fala do nosso país

10. (UDESC) TEXTO 4

[1] É certo que Fräulein tinha esclarecido muito o que viera fazer na casa deles,

porém dona Laura que tinha percebido tudo com a explicação de Felisberto, agora não

compreendia mais nada. Afinal: o que era mesmo que Fräulein estava fazendo na casa

dela!

[5] Fräulein esperou um segundo. Nada tinham para lhe falar aqueles dois.

Cumprimentou e saiu. Subiu pro quarto. Fechou-se. Tirou o casaco. O pensamento forte

imobilizou-a. Comprimiu o seio com a mão, ao mesmo tempo que amarfanhava-lhe a

cara uma dor vigorosa, incompreendida assim! Mas foi um minuto apenas, dominou-se.

Tinha que despir-se. Continuou se despindo. E Carlos?... Minuto apenas. Varreu o

[10] carinho. Prendeu com atenção os cabelos. Lavou o rosto. Se deitou. Um momento no

escuro, os olhos inda pestanejaram pensativos. Não tinha nada com isso: haviam de lhe

pagar os oito contos. Mas agora tinha que dormir, dormiu.

In: ANDRADE, Mario de. Amar, verbo intransitivo. Agir: Rio de Janeiro, 2008. p. 57.

Analise as proposições tendo como base a obra Amar, verbo intransitivo, Mário de Andrade, e o Texto 4.

I. O romance Amar, verbo intransitivo tem como ambiente predominante a cidade de São Paulo e aborda hábitos e costumes de uma família burguesa tradicional.

II. A família retratada, no romance, mantém hábitos católicos, a exemplo, batizar os filhos e assistir à missa aos domingos.

III. Em “haviam de lhe pagar os oito contos” (linhas 11 e 12), a quantia citada refere-se ao pagamento mensal recebido por Fräulein para que ela desempenhasse unicamente o papel de governanta na residência dos Sousa Costa.

IV. Carlos, Maria Luísa e Laurita eram os únicos filhos do casal Sousa Costa.

V. Elza, por ser muito culta, ajuda na educação dos filhos do casal Sousa Costa, ensinandolhes alemão e pintura.

Assinale a alternativa correta.

  1. Somente as afirmativas II e V são verdadeiras.
  2. Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
  3. Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.
  4. Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
  5. Somente as afirmativas I e V são verdadeiras.

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