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A Vida De Galileu, Bertolt Brecht

Lista de 05 exercícios de Literatura com gabarito sobre o tema A Vida De Galileu, Bertolt Brecht com questões de Vestibulares.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema A Vida De Galileu, Bertolt Brecht.




01. (Unimontes) No texto da peça de Bertold Brecht sobre Galileu Galilei e a Santa Inquisição, lemos: “E surgiu um gosto pela pesquisa da causa das coisas: por que cai a pedra que arremessamos? (...) As verdades mais consagradas são tratadas sem cerimônia; o que era indubitável, agora é posto em dúvida. Em consequência, formou um vento que levanta as batinas brocadas dos príncipes e prelados e põe à mostra as pernas gordas e pernas de palito, pernas como as nossas pernas.”

(Bertold Brecht. Galileu Galilei. Coleção Peças Teatrais. São Paulo: Abril Cultural, 1988, p. 172, Vol. 1)

O texto de Brecht nos revela que

  1. todos os setores sociais estavam confiantes e otimistas quanto aos projetos das ciências a partir do Renascimento.
  2. as mudanças trazidas pelo Renascimento foram abrangentes, revelando, entre outras coisas, as similitudes entre povo, clero e aristocracia.
  3. o Renascimento fez surgir dúvidas religiosas e políticas, acarretando, no curto prazo, fortes turbulências políticas e a crise do Antigo Regime.
  4. os três estados em que se dividia a sociedade se colocaram contra as mudanças ocasionadas com o Renascimento cultural a partir do século XV.

02. (ENADE) Na estética teatral proposta por Bertolt Brecht, é muito difícil separar dramaturgia de encenação, já que o artista alemão exercia usualmente as funções de autor e encenador, por vezes de maneira simultânea. Um exemplo de procedimento de construção de personagem no qual as técnicas de representação épica repercutem na dramaturgia é a cena da paramentação do Cardeal Barberini, que se transforma em Papa, na peça Galileu Galilei.

A partir das informações acima, assinale a opção que apresenta apenas recursos característicos de construção de personagem no teatro de Brecht.

  1. composição psicológica (memória emotiva), partitura corporal (mimésis corpórea), gestos codificados (gestus)
  2. ações físicas improvisadas (análise ativa), composição psicológica (memória emotiva), exagero das características do personagem (hipérbole)
  3. gestos codificados (gestus), material gráfico (tabuletas, projeções etc.), uso de canções (songs)
  4. material gráfico (tabuletas, projeções etc.), composição psicológica (memória emotiva), partitura corporal (mimésis corpórea)
  5. ações físicas improvisadas (análise ativa), uso de canções (songs), exagero das características do personagem (hipérbole)

03. (Faculdade de Medicina em São José do Rio Preto) Leia com atenção o texto que segue:

“Galileu – O homem que pela primeira vez olhou com espanto uma lâmpada balançando numa corda, e em vez de achar isso muito natural, achou muito significativo que ela se balançasse daquela e não de outra maneira, aproximou-se muito da compreensão do fenômeno e da maneira de como dominá-lo. Não, eu não estou falando de esperteza. Eu sei que na hora de comprar o homem chama o cavalo de burro e o burro de cavalo na hora de vender. Agora, o navegador que provê seu barco pensando na tempestade e na calmaria. A velha que dá mais capim à sua mula porque sabe que no dia seguinte vão viajar. O menino que bota o boné porque lhe provaram que pode chover. Esses são a minha esperança. Sim. Eles usam a cabeça. Pensar é um dos maiores prazeres da raça humana.”

(BRECHT, Bertold. A vida de Galileu. Disponível em: www.scielo.br/pdf/hcsm/v12s0/20.pdf. Acesso em 19/03/2014)

O trecho acima, de Bertold Brecht, compõe a peça teatral “A vida de Galileu”, na qual se pode vislumbrar todo contexto que a circunda. Considerando o que o texto sugere e o processo de transição do período medieval para o moderno, analise as assertivas abaixo:

I. O processo que marca a transição da mentalidade medieval para a moderna conta com uma série de eventos importantes como o Humanismo, renascimento cultural e desenvolvimento das ciências naturais.

II. A presença do antropocentrismo, notada pelo enaltecimento da racionalidade humana, pode ser considerado uma forte característica que marca a aurora da modernidade, semelhante à forma como marcou o período clássico.

III. O renascimento cultural contribuiu de forma decisiva para o retorno de um “olhar antropocêntrico” ao retomar, nas obras artísticas, valores greco-romanos que estavam imbuídos desse sentido.

Assinale a alternativa que contém as assertivas corretas:

  1. I e II
  2. Somente a II
  3. I e III
  4. Todas estão corretas
  5. Somente a III

04. (UECE) Leia com atenção o seguinte diálogo entre Galileu e o garoto Andrea, personagens da peça Vida de Galileu (1938-39), do dramaturgo alemão Bertolt Brecht (1898-1956):

“GALILEU – Você entendeu o que eu lhe expliquei ontem?

ANDREA – O quê? Aquela história de Copérnico e da rotação da Terra?

GALILEU – É.

ANDREA – Por que o senhor quer que eu entenda? É muito difícil, e eu ainda não fiz onze anos, vou fazer em outubro.

GALILEU – Mas eu quero que você entenda. É para que se entendam essas coisas que eu trabalho e compro livros caros em vez de pagar o leiteiro.

ANDREA – Mas eu vejo que o Sol de noite não está onde estava de manhã. Quer dizer que ele não pode ficar parado! Nunca, jamais...

GALILEU – Você vê?! O que você vê? Você não vê nada! Você arregala os olhos, mas arregalar os olhos não é ver.

Galileu põe a bacia de ferro no centro do quarto e diz:

GALILEU – Bem, isto é o Sol (aponta para a bacia).

Sente-se aí (aponta para a cadeira).

Andrea se senta na única cadeira, tendo a bacia à sua esquerda; Galileu fica de pé, atrás dele, e pergunta:

GALILEU – Onde está o Sol, à direita ou à esquerda?

ANDREA – À esquerda.

GALILEU – Como fazer para ele passar para a direita?

ANDREA – O senhor carrega a bacia para a direita, claro.

GALILEU – E não tem outro jeito?

Galileu levanta Andrea e a cadeira do chão, coloca-os do outro lado da bacia e pergunta:

GALILEU – Agora, onde está o Sol?

ANDREA – À direita.

GALILEU – E ele se moveu?

ANDREA – Ele, não.

GALILEU – O que é que se moveu?

ANDREA – Eu.

GALILEU (gritando) – Errado, seu desatencioso! A cadeira! A cadeira se moveu!

ANDREA – Mas eu com ela!

GALILEU – Claro, a cadeira é a Terra. Você está em cima dela.”

BRECHT, B. A vida de Galileu. Trad. Roberto Schwartz. In: Bertolt Brecht. Teatro completo, vol. 6.– 3ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1991. Adaptado.

Com base no diálogo acima, é correto afirmar que, para o personagem Galileu, para compreender os fenômenos astronômicos acima discutidos,

  1. não é necessário observá-los, pois é suficiente raciocinar sobre eles.
  2. não é necessário raciocinar sobre eles, basta melhor observá-los.
  3. é necessário observá-los, com base em raciocínios e cálculos corretos.
  4. é necessário ler criticamente o que sobre eles diz a tradição filosófica.

05. (IFSul) “O meu propósito não é provar que era eu que tinha razão, mas de verificar se tinha. (…) E o que nós provamos hoje, amanhã apagaremos do quadro, e só voltaremos a escrevê-lo quando estiver comprovado outra vez. E quando estiver provado o que desejamos provar, toda desconfiança será pouca. (...) A prática da ciência me parece exigir notável coragem, desse ponto de vista. Ela negocia com o saber obtido através da dúvida. Arranjando saber, a respeito de tudo e para todos, ela procura fazer com que todos duvidem.” BRECHT, Bertold. A vida de Galileu. In: Brecht, Bertold. Teatro completo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1991. Vol. 06. pp. 51 – 170.

O Renascimento científico marcou profundamente o pensamento ocidental, e Galileu foi um dos grandes expoentes desse movimento. Algumas de suas premissas são válidas até os dias de hoje, como por exemplo:

  1. A importância da experimentação e da dúvida constante na produção do conhecimento.
  2. A necessidade de se obter, por meio de experimentos criteriosos, provas irrefutáveis.
  3. A ciência deve buscar a verdade e os resultados a partir das opiniões pessoais da maioria dos pesquisadores.
  4. O caráter imprescindível da dúvida, sem grande preocupação com métodos, na produção do conhecimento científico.

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