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Filosofia

Simulado de 20 questões de Filosofia Com Gabarito para a UFGD e UFMS com questões de Vestibulares.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Filosofia.




01. (UFMS) Leia atentamente o texto a seguir:

“Neste ponto, o filósofo compreendeu que havia uma crença da qual ele não podia duvidar: a crença na própria existência. Cada um de nós pensa ou diz: ‘Sou, existo’ – e, enquanto pensamos ou dizemos isso, não podemos estar errados. Quando o filósofo tentou aplicar o teste do gênio maligno a sua crença, percebeu que o gênio só podia levá-lo a acreditar que ele existe se ele, o próprio filósofo, de fato existir – como ele poderia duvidar da própria existência, se é preciso existir para ter dúvida?

O axioma ‘Eu sou, eu existo’ constitui a primeira certeza desse filósofo. Em sua obra anterior, Discurso sobre o método, ele a apresentou como ‘Penso, logo existo’, mas abandonou a frase ao escrever suas Meditações, pois o uso de ‘logo’ leva a afirmação a ser lida como premissa e conclusão. O filósofo queria que o leitor – o ‘eu’ que medita – percebesse que, assim que considero o fato de que existo, sei que isso é verdadeiro. Tal verdade é instantaneamente apreendida. A percepção de que existo é uma intuição direta, não a conclusão de um argumento.”

(Vários colaboradores. O livro da Filosofia. Tradução Douglas Kim. São Paulo: Globo, 2011. p. 120. Adaptado).

O texto desse enunciado exprime uma vertente do pensamento racionalista de um importante filósofo ocidental. Assinale a alternativa correta que apresenta o filósofo racionalista autor das reflexões apresentadas.

  1. Nicolau Maquiavel.
  2. São Tomás de Aquino.
  3. René Descartes.
  4. Voltaire.
  5. Immanuel Kant.

02. (UFGD) Ao afirmarmos que o homem se escolhe a si mesmo, queremos dizer que cada um de nós se escolhe, mas queremos dizer também que, escolhendo-se, ele escolhe todos os homens. De fato, não há um único de nossos atos que, criando o homem que queremos ser, não esteja criando, simultaneamente, uma imagem do homem tal como julgamos que ele deva ser.

SARTRE, J. P. O Existencialismo é um Humanismo. Edition Nagel, Paris, 1970.

Esse trecho se constitui como uma importante reflexão da ética existencialista, porque

  1. traz a questão da escolha para o centro do agir ético, mostrando como nossas escolhas nos constituem e de como nossa responsabilidade sobre elas é maior do que comumente julgamos.
  2. mostra como é importante saber o que desejamos e seguir nossos interesses de acordo com nossa individualidade, sem compromissos ou interferências externas.
  3. aponta a importância da liberdade, pois o homem é condenado a ser livre, e, enquanto tal, nada pode restringir seu poder de escolha.
  4. ao escolhermos a nós mesmos, não temos nenhuma responsabilidade para com as possíveis consequências de nossos atos em relação aos outros.
  5. o filósofo avalia que o homem, ao enfatizar a escolha individual, torna-se individualista e incapaz de agir eticamente.

03. (UFMS) "Leibniz afirma: “Costumo chamar os escritos de ___________ de vestíbulo da verdadeira filosofia, já que, embora ele não tenha alcançado seu núcleo íntimo, foi quem dele se aproximou mais do que qualquer outro antes dele, com a única exceção de Galileu, do qual oxalá tivéssemos todas as meditações sobre os diversos temas, que o destino adverso reduziu ao silêncio. Quem ler Galileu e ___________ se encontrará em melhores condições de descobrir a verdade do que se houvesse explorado todo o gênero dos autores comuns”. O juízo ponderado de um grande filósofo sobre outro grande filósofo, que dá a medida exata da personalidade de ___________, com toda razão chamado precisamente de pai da filosofia moderna. Com efeito, ele assinalou uma reviravolta radical no campo do pensamento pela crítica a que se submeteu a herança cultural, filosófica e científica da tradição e pelos novos princípios sobre os quais edificou um novo tipo de saber, não mais centrado no ser ou em Deus, mas no homem e na racionalidade humana."

REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da Filosofia: do Humanismo a Descartes. São Paulo: Ed. Paulus, 2004. p. 283.

No texto apresentado, os autores recorrem aos escritos de Leibniz para mostrar o pensamento de uma expressivo filósofo cujo nome foi suprimido do trecho transcrito. Assinale a alternativa correta que contém o nome do pensador descrito no texto:

  1. Nicolau Maquiavel.
  2. Johannes Kepler.
  3. René Descartes.
  4. Tomás Morus.
  5. Giordano Bruno.

04. (UFGD) A sociedade moderna burguesa, surgida das ruínas da sociedade feudal, não aboliu os antagonismos de classe, apenas estabeleceu novas classes, novas formas de opressão, novas formas de luta, em lugar das velhas. No entanto, a nossa época, a da burguesia, possui uma característica: simplificou os antagonismos de classes. A sociedade global divide-se cada vez mais em dois campos hostis, em duas grandes classes que se defrontam: a burguesia e o proletariado.

MARX, K.; ENGELS, F. O Manifesto do Partido Comunista – Jorge Zahar, 2006.

A passagem clássica do pensamento sociológico aponta o surgimento das classes sociais: burguesia e operariado. A partir da análise desse trecho, é possível considerar que

  1. houve um avanço histórico em relação às épocas passadas, pois a simplificação dos antagonismos de classe reduziu os conflitos entre diferentes classes sociais na época moderna.
  2. os antagonismos de classe seguem sendo os mesmos das épocas antigas, porém na época moderna há uma afinidade maior de interesses entre as classes sociais.
  3. o trecho enfatiza a importância da luta de classes na análise das dinâmicas sociais da sociedade moderna.
  4. a passagem mostra que a luta de classes se tornaria um aspecto residual nas análises das dinâmicas sociais.
  5. a existência do antagonismo de classes indica que se deve adotar uma perspectiva funcionalista e compreensiva para se interpretar os posicionamentos das diferentes classes sociais.

05. (UFMS) Filósofo conhecido por suas teses de separação dos poderes, medidas que revolucionaram o pensamento político e a forma de organização do poder nas nações, foi contestador da monarquia absolutista e das práticas do clero católico. São creditadas a ele questões acerca da preservação das liberdade civis e do fortalecimento de um sistema de governo constitucional, sendo que a virtude deve ser a tônica de um governo republicano.

Essas características se referem a que importante pensador político?

  1. John Locke.
  2. Karl Marx.
  3. Maquiavel.
  4. Montesquieu.
  5. Thomas Hobbes.

06. (UFGD) “Diz-se que um Estado foi instituído quando uma multidão de homens concordam e pactuam, cada um com cada um dos outros, que a qualquer homem ou assembleia de homens aquém seja atribuído pela maioria o direito de representar apessoa de todos eles (ou seja, de ser seu representante), todos sem exceção, tanto os que votaram a favor dele como os que votaram contra ele, deverão autorizar todos os atos e decisões desse homem ou assembleia de homens, tal como se fossem seus próprios atos e decisões, a fim de viverem em paz uns com os outros e serem protegidos dos restantes homens”.

(HOBBES, Thomas. Leviatã ou matéria, Forma e Poder de um Estado Eclesiástico e Civil. São Paulo: Nova Cultural, 1988. p. 107).

O fragmento citado é parte do texto “Leviatã ou matéria, Forma e Poder de um Estado Eclesiástico e Civil” de Thomas Hobbes, considerado o primeiro filósofo moderno a articular uma teoria detalhada do contrato social. Nesse sentido, argumenta-se que Hobbes:

  1. Defendia a concepção da Monarquia Parlamentar.
  2. Defendia a concepção da Monarquia Absoluta.
  3. Defendia a concepção da Monarquia Constitucional.
  4. Defendia a concepção da República Presidencial.
  5. Defendia a concepção da República Federativa.

07. (UFMS)

Leia a letra da canção Pais e Filhos do grupo de rock brasileiro Legião Urbana.

Pais e Filhos

Estátuas e cofres e paredes pintadas

Ninguém sabe o que aconteceu

Ela se jogou da janela do quinto andar

Nada é fácil de entender

Dorme agora

É só o vento lá fora

Quero colo! Vou fugir de casa

Posso dormir aqui com vocês?

Estou com medo, tive um pesadelo

Só vou voltar depois das três

Meu filho vai ter nome de santo

Quero o nome mais bonito

É preciso amar as pessoas

Como se não houvesse amanhã

Porque se você parar pra pensar

Na verdade não há

Me diz, por que que o céu é azul?

Explica a grande fúria do mundo

São meus filhos

Que tomam conta de mim

Eu moro com a minha mãe

Mas meu pai vem me visitar

Eu moro na rua, não tenho ninguém

Eu moro em qualquer lugar

Já morei em tanta casa

Que nem me lembro mais

Eu moro com os meus pais

Sou uma gota d'água

Sou um grão de areia

Você me diz que seus pais não te entendem

Mas você não entende seus pais

Você culpa seus pais por tudo, isso é absurdo

São crianças como você

O que você vai ser

Quando você crescer

Disponível em: https://www.letras.mus.br/legiao-urbana/22488/.

A canção transcrita neste enunciado remete a uma crítica tecida a uma importante instituição social.

Assinale a alternativa correta que apresenta essa instituição.

  1. A escola.
  2. A igreja.
  3. A família.
  4. O estado.
  5. O exército.

08. (UFGD) Karl Marx e Friedrich Engels são importantes e destacados autores das teses do socialismo científico, cuja proposição se baseou

  1. em apontar e discutir as contradições do capitalismo, a partir da ideia de que seria necessária a ação revolucionária dos trabalhadores.
  2. na perspectiva de que seria urgente a redução do papel do Estado na economia.
  3. em redefinir o movimento sindical, por considerar que ele estaria ultrapassado após a Revolução Russa.
  4. no desenvolvimento e execução de sucessivas reformas em diferentes modelos econômicos, visando ao aperfeiçoamento do Liberalismo.
  5. na difusão da ideia de que a liberdade é um direito natural, portanto, os direitos individuais e de propriedade privada deveriam ser sempre defendidos.

09. (UFMS) A série de televisão americana The good place (O lugar bom), que estreou em 2016, mostrou que poderia ensinar importantes conceitos filosóficos utilizando a comédia. O enredo da série segue as aventuras de Eleanor Shellstrop, que em um dia qualquer morre e acorda no “lugar bom”. Como o nome indica, é o lugar onde as pessoas boas vão após a morte. Eleanor percebe que está no lugar errado, pois não era uma pessoa boa na Terra. Com medo de ser descoberta, ela passa a ter aulas com o professor de Filosofia moral Chidi Anagonye, seguidor de Immanuel Kant.

Assinale a alternativa correta em relação ao conceito de “imperativo categórico”, desenvolvido por Kant.

  1. O imperativo categórico consiste em propiciar felicidade aos homens.
  2. Ensina que o homem deve desprezar os prazeres e a riqueza material.
  3. Os mandamentos supremos religiosos devem atuar como reguladores do comportamento humano.
  4. O imperativo categórico consiste em seguir uma ideia como forma de alcançar determinada finalidade.
  5. Defende que todos se comportem a partir de uma consciência ética e moral e não pelo receio de punição caso alguém aja de forma contrária àquilo que é considerado correto.

10. (UFGD) [...] Se concordamos em considerar a proposição como um nome, é evidente que todo nome que designa um objeto pode se tornar objeto de um novo nome que designa seu sentido: n1 sendo dado remete a n2 que designa o sentido de n1, n2 a n3 etc. para cada um de seus nomes, a linguagem deve conter um nome para o sentido deste nome. Esta proliferação infinita das entidades verbais é conhecida como paradoxo de Frege. Mas é também o paradoxo de Lewis Carroll. Ele aparece rigorosamente do outro lado do espelho, no encontro de Alice com o cavaleiro. O cavaleiro anuncia o título da canção que vai cantar ''O nome da canção é Olhos esbugalhados'' – ''Oh, é o nome da canção?'', diz Alice – ''Não, você não compreendeu, diz o cavaleiro. É como o nome é chamado. O Verdadeiro nome é: O Velho, o velho homem'' – ''Então eu deveria ter dito: é assim que a canção é chamada?'' corrigiu Alice, - ''Não, não deveria: trata-se de coisa bem diferente. A canção é chamada Vias e meios. Mas isto é somente como ela é chamada, compreendeu?'' – ''Mas então, o que é que ela é?'' – ''Já chego aí, diz o cavaleiro, a canção é na realidade Sentado sobre uma barreira''.

(DELEUZE, Gilles. Lógica do Sentido. Editora Perspectiva: São Paulo, 1974. P. 32).

Levando em consideração a leitura do texto acima, selecione a alternativa correta.

  1. "Paradoxo de Frege" e "Paradoxo de Lewis Carroll" são nomes distintos que se referem a dois fenômenos complementares da linguagem.
  2. "Paradoxo de Frege" e "Paradoxo de Lewis Carroll" são o mesmo nome para o mesmo fenômeno linguístico.
  3. "Paradoxo de Lewis Carroll" é nome que se dá ao "Paradoxo de Frege" na literatura infantil.
  4. "Paradoxo de Frege" é o nome que se dá ao "Paradoxo de Lewis Carroll" na linguística e na filosofia da linguagem.
  5. "Paradoxo de Frege" e "Paradoxo de Lewis Carroll" são dois nomes distintos para um mesmo tipo de fenômeno linguístico.

11. (UFMS) A Alegoria da Caverna, de Platão, é um contexto fundamental para que possamos compreender a evolução da filosofia.

Assinale a alternativa correta.

  1. O texto apresenta as semelhanças e as confusões geradas pela similaridade entre o conceito de senso comum e a definição de senso crítico a partir da observação passiva dos fatos.
  2. Platão apresenta como o mundo sensível regula a percepção do mundo inteligível e como as ideias são forjadas a partir da observação e dos sentidos.
  3. Na alegoria de Platão, a caverna representa a mente humana, já que é inexplorada e de dimensões razoavelmente perceptíveis à primeira vista, mas que pode ser desvelada a partir dos questionamentos do que existe além da escuridão.
  4. No cenário proposto por Platão, o mundo só é verdadeiramente percebido quando é ultrapassada a barreira dos sentidos e se tem uma ampla percepção por meio do pensamento crítico e racional.
  5. Apesar de ser um texto muito debatido pela filosofia, este é um conhecimento ultrapassado pela lógica aristotélica, visto que os antigos pensadores gregos refutavam e contra-argumentavam seus antecessores, a fim de justificar o seu pensamento.

12. (UFGD) "O homem não passa de um caniço, o mais fraco da natureza, mas é um caniço pensante. Não é preciso que o universo inteiro se arme para esmagá-lo: um vapor, uma gota de água bastam para matá-lo. Mas, mesmo que o universo o esmagasse, o homem seria ainda mais nobre do que quem o mata, porque sabe que morre e a vantagem que o universo tem sobre ele; o universo desconhece tudo isso. Toda a nossa dignidade consiste, pois, no pensamento. Daí que é preciso nos elevarmos, e não do espaço e da duração, que não podemos preencher.Trabalhemos, pois, para bem pensar; eis o princípio da moral. Não é no espaço que devo buscar minha dignidade, mas na ordenação de meu pensamento. Não terei mais, possuindo terras; pelo espaço, o universo me abarca e traga como um ponto; pelo pensamento, eu o abarco".

PASCAL, Blaise. Pensamentos. São Paulo: Abril Cultural, 1988. (Coleção Os Pensadores, Artigo VI, p. 347 - 348)

No texto filosófico apresentado, escrito por Blaise Pascal, o pensador, ao criar a metáfora do caniço pensante, defende qual destas teses?

  1. O homem está mais preocupado com o passado e/ou com o futuro, esquecendo-se de viver o presente.
  2. O ser humano é complexo, inconstante. Não sabe o que quer.
  3. O homem é crédulo, tímido, fraco, temerário.
  4. O homem é tão fraco que até uma gota d`água pode destruí-lo.
  5. O homem demonstra, ao mesmo tempo, grandeza e fragilidade.

13. (UFMS) “Este filósofo é visto como um proponente do que viria a ser o cientista empirista moderno, defendendo que expandir a partir da experiência e fatos históricos é o melhor método de se desenvolver uma filosofia consistente, especialmente em política, e que a teorização a partir da imaginação é inútil. Com esta aproximação, foi capaz de afastar a política da teologia e da filosofia moral, desenvolvendo-a como uma disciplina em si mesma. Assim, contribuiu para a compreensão de como os governantes de fato agem e mesmo para a antecipação de seu comportamento. Defendeu o estudo da fundação de uma nação e a compreensão de seus elementos originais como essencial para a antecipação do futuro.

Encontramos neste pensador uma crítica ao aristotelianismo teológico, aceito pela igreja, e a relação da igreja com o estado, que levaria muitas decisões práticas a serem tomadas com base em ideais imaginários. O aristotelianismo teológico foi a mais sofisticada forma de justificação do cristianismo e, neste contexto, teve como efeito justificar a preguiça e inação das pessoas frente aos desafios da vida e da sociedade, ao esperar pela providência divina para solucionar tais desafios. Este posicionamento, de recusa da sorte e destino baseados em algo externo a vida humana, classificou-o como um humanista. Enquanto encontramos em Platão a descrição da política, tornando-o mais próximo do filósofo analisado do que Aristóteles, tais pensadores sempre tiveram uma inclinação para posicionar a filosofia acima da política, enquanto este recusava qualquer ideia teleológica, aquelas que postulam causas finais ideais.

Embora seus seguidores tenham preferido métodos mais pacíficos e baseados na economia para promover o desenvolvimento, é aceito que a posição de aceitação de riscos, ousadia, ambição e inovação que o filósofo sugere aos líderes políticos ajudou a fundar novos modos de se fazer política e negócios.”

(Disponível em: https://www.infoescola.com/biografias/ ( Acesso em 17 nov 2018)

O enunciado acima se refere a um importante filósofo. Quem é ele?

  1. Jean Jacques Rousseau.
  2. Nicolau Maquiavel.
  3. Friedrich Nietzsche.
  4. David Hume.
  5. Mário Sérgio Cortella.

14. (UFGD) O ano 2009 foi marcado pelas festividades do “Ano da França no Brasil”. A extensa programação artístico-cultural que se concretizou, por meio de um conjunto de eventos (shows, exposições e seminários), expressou o desejo de um fortalecimento das relações bilaterais no âmbito cultural, acadêmico e econômico. Do ponto de vista histórico, as relações entre Brasil e França são antigas e merecem ser evocadas. Sobre esse assunto, assinale a alternativa correta.

  1. No processo de conquista e colonização do Brasil, a França foi parceira de Portugal. Essa parceria é evidenciada no apoio que o rei de Portugal solicitou ao rei da França para a ocupação do vasto litoral brasileiro. Em resposta, em 1555, Villegaignon fundou a França Antártica na Baía da Guanabara, e, em 1612, Daniel de La Touche fundou São Luís, capital do atual Estado do Maranhão.
  2. O ideário iluminista e a Revolução Francesa do século XVIII constituem um marco na História do mundo ocidental. No Brasil, enquanto essas ideias e acontecimentos históricos transcorriam, na França Revolucionária, eclodiram movimentos políticos fundamentais para a consolidação da independência e da abolição da escravidão no Brasil.
  3. Na virada do século XIX para o XX, as mais diversas manifestações culturais provenientes da França eram recebidas no Brasil como símbolo (sinônimo) de civilização, erudição e sofisticação artística e científica. Foi nesse contexto que veio o antropólogo Auguste de Saint-Hilaire como integrante da comitiva francesa que fundaria a USP. Além dessa comitiva, veio também Claude Lévi-Strauss para ensinar botânica no Museu Nacional.
  4. O Positivismo, corrente científico-filosófica, surgiu na França e influenciou profundamente a História do Brasil. O ideário de Auguste Comte se difundiu nas escolas militares, fundamentou a Proclamação da República no Brasil e ficou eternizado na bandeira nacional com o lema Ordem e Progresso.
  5. A atual Guiana Francesa fazia parte do território brasileiro, mas foi cedida por D. João VI à França de Napoleão em troca da retirada das tropas francesas de Portugal. Com esse acordo, D. João VI e a família real puderam retornar a Portugal.

15. (UFMS) Leia o fragmento de texto a seguir.

“Dois vocábulos gregos são empregados para compor as palavras que designam esta forma de organização: arche – o que está à frente, o que tem comando - e kratos – o poder ou autoridade suprema. As palavras compostas com arche (arquia) designam a quantidade dos que estão no comando. As compostas com kratos (cracia) designam quem está no poder. Assim, do ponto de vista da arche, as formas possíveis são: monarquia ou governo de um só (monas), oligarquia ou governo de alguns (oligos), poliarquia ou governo de muitos (polos) e anarquia ou governo de ninguém (ana). Do ponto de vista do kratos, as formas são: autocracia (poder de uma pessoa reconhecida como rei), aristocracia (poder dos melhores), democracia (poder do povo).”

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 5 ed. São Paulo: Ática, 1995. p. 383. (adaptado)

O fragmento de texto do enunciado trata sobre:

  1. teorias teológico-políticas.
  2. regimes políticos.
  3. o surgimento da filosofia.
  4. ética e filosofia moral.
  5. concepções filosóficas de liberdade.

16. (UFMS) Assinale a alternativa correta com o significado e origem da filosofia ocidental.

  1. A filosofia ocidental surge na Grécia Antiga a partir das reflexões de Sócrates, Platão, Tales de Mileto e Pitágoras, com o objetivo de alcançar a verdade absoluta, debatendo temas como a mitologia e a natureza.
  2. A Grécia é considerada o berço da filosofia ocidental, pois foi analisando as inquietações e problemas da existência humana e buscando o conhecimento por meio da racionalidade que surgiram as primeiras reflexões filosóficas.
  3. A mitologia grega e a análise das religiões mitológicas da Europa Antiga deram origem à filosofia, pois, em busca de uma explicação, seja ela racional ou mítica, sobre o surgimento do planeta, do homem e do próprio pensamento, surgiram as primeiras indagações filosóficas e, consequentemente, a filosofia como ciência.
  4. A base da filosofia veio da racionalidade que, em busca de explicações matemáticas e lógicas, contempla o humano com o mais sublime dom: reconhecer, por meio do pensamento, as verdades absolutas.
  5. Os primeiros grandes pensadores que podem ser reconhecidos como filósofos, devido ao método experimental e analítico de obter versões sobre um fato (a verdade), são Tales de Mileto, Pitágoras, Heráclito e Xenófanes, que viveram no antigo Império Romano.

17. (UFMS) “O termo ___________ foi usado pela primeira vez no início do 800 para indicar a área cultural coberta pelos estudos clássicos e pelo espírito que lhe é próprio, em contraposição ao âmbito das disciplinas científicas. A palavra ___________, porém, já era empregada pela metade dos 400 que significa educação e formação espiritual do homem, na qual tem papel essencial as disciplinas literárias (poesia, retórica, história, filosofia). Ora, a partir sobretudo do 300, e depois de modo sempre crescente nos dois séculos sucessivos, desenvolveu-se na Itália justamente uma tendência a atribuir valor muito grande aos estudos das litterae humanae e a considerar a antiguidade clássica, grega e latina, como um paradigma e um ponto de referência para as atividades espirituais e a cultura em geral. _______________, portanto, significa em geral essa tendência que, surgida essencialmente no seio da cultura italiana, pelo fim do 400 se difundiu em muitos outros países europeus.”

REALE, Giovanni e ANTISERI, Dario. História da filosofia. São Paulo: Paulus, 2004. p. 3. (adaptado)

As lacunas do fragmento de texto representam uma vertente do pensamento filosófico.

Assinale a alternativa que está corretamente relacionada ao texto.

  1. Empirismo.
  2. Classicismo.
  3. Humanismo.
  4. Iluminismo.
  5. Materialismo histórico.

18. (UFMS) Contrariando o modelo de pensamento do período histórico-social anterior, surgiu uma nova forma de reflexão para compreender a existência humana. Fundamentava-se na concepção de que o humano estaria no centro de todas as reflexões e que ele deveria ser a causa e o efeito de todas as transformações. Atuou fundamentando novas ideias na literatura, na música, nas artes plásticas e na sociedade. Finalmente, apesar de contestar boa parte da produção filosófica do período anterior, buscou inspiração na filosofia clássica e contou, nesse momento, com o apoio da burguesia.

Essas afirmações remetem ao:

  1. Positivismo.
  2. Materialismo Histórico.
  3. Empirismo.
  4. Ceticismo.
  5. Humanismo.

19. (UFGD) Leia a seguir partes do livro Filosofia da História Universal, do filósofo alemão George Friedrich Hegel (1770-1831).

Texto A "A África propriamente dita é a parte característica deste continente. Começamos pela consideração deste continente, porque em seguida podemos deixá-lo de lado, por assim dizer. Não tem interesse histórico próprio, senão o de que os homens vivem ali na barbárie e na selvageria, sem fornecer nenhum elemento à civilização. Por mais que retrocedamos na história, acharemos que a África está sempre fechada no contato com o resto do mundo, é um eldorado recolhido em si mesmo, é o país criança, envolvido na escuridão da noite, aquém da luz da história consciente. [...] Nesta parte principal da África, não pode haver história".

Texto B "Encontramos, [...], aqui o homem em seu estado bruto. Tal é o homem na África. Porquanto o homem aparece como homem, põe-se em oposição à natureza; assim é como se faz homem. Mas, porquanto se limita a diferenciar-se da natureza, encontra-se no primeiro estágio, dominado pela paixão, pelo orgulho e a pobreza; é um homem estúpido. No estado de selvageria achamos o africano, enquanto podemos observá-lo e assim tem permanecido. O negro representa o homem natural em toda a sua barbárie e violência; para compreendê-lo devemos esquecer todas as representações europeias. Devemos esquecer Deus e a lei moral. Para compreendê-lo exatamente, devemos abstrair de todo respeito e moralidade, de todo o sentimento. Tudo isso está no homem em seu estado bruto, em cujo caráter nada se encontra que pareça humano".

Assinale a alternativa que traz a afirmação correta acerca da África subsaariana e de suas sociedades.

  1. Apesar de uma grande carga de preconceito, o texto "A" apresenta uma consideração verdadeira sobre a África, uma vez que mesmo nos tempos atuais aquele continente se caracteriza por possuir tribos que vivem ainda na pré-história.
  2. Embora etnocêntrico, o texto "B", se considerarmos a época em que foi escrito, expressa em parte uma verdade, pois somente é possível falar de civilização na África após a chegada, no século XIX, dos europeus ao continente africano.
  3. Do ponto de vista dos historiadores, o texto "A", apesar de seu conteúdo racista, é em parte correto porque não se pode falar de história em sociedades que não conhecem a escrita (ágrafas). Assim, a África subsaariana era, no momento em que o texto foi escrito, uma sociedade sem história ou pré-histórica.
  4. Ambos os textos expressam preconceitos derivados do sentimento de superioridade de seu autor, um europeu. Na verdade, no século XIX, as sociedades existentes na África subsaariana organizavam-se em tribos devido ao esvaziamento demográfico e às migrações internas, ocorridos em séculos anteriores devido à escravidão. Porém, essas sociedades já se encaminhavam na direção da construção de novos Estados Nações, algo que se efetivaria no século XX.
  5. Os textos "A" e "B" expressam opiniões correntes nos séculos XIX e XX sobre a África e as sociedades subsaarianas. Em grande medida, tais opiniões derivavam das ideias iluministas de civilização e progresso que circulavam amplamente na Europa antes da Primeira Grande Guerra e que somente começaram a ser efetivamente derrubadas após o final da Segunda Guerra Mundial.

20. (UFMS) Sobre os ideais de Auguste Comte, é correto afirmar que:

  1. O pensamento formalista de Comte é fundamentado na concepção de que o mundo deve estar sempre organizado e formalizado para atender às necessidades do Estado.
  2. O Positivismo de Comte é baseado nas ciências naturais e através da experimentação e dos resultados científicos busca-se o conhecimento do mundo.
  3. A causa e efeito norteiam o pensamento desse pensador francês que, a partir de interpretações do mundo, buscou na filosofia e na psicologia desenvolver o método comtiano racionalista e causualístico.
  4. De acordo com Comte, o positivismo é a busca pela organização do mundo social na racionalidade, não admitindo explicações sobrenaturais; tem como lema “ordem e progresso”.
  5. O pensamento positivista é derivado de reflexões teológicas e constituído a partir da racionalidade agostiniana em um momento em que a Europa buscava uma antítese para as explicações capitalistas de exploração das colônias africanas e asiáticas.

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