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Dialética

Lista de 15 exercícios de Filosofia com gabarito sobre o tema Dialética com questões de Vestibulares.


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01. (UECE) A dialética não é um mero método que organiza, mentalmente, na cabeça do filósofo, a realidade que lhe é exterior. Ao contrário, a dialética é, para autores como Hegel e Marx, a única forma de ler a realidade sem traí-la ou distorcê-la, pois é na própria realidade que se situam as contradições dialéticas.

Ciente dessa compreensão, assinale a opção que exprime corretamente essa identificação da contradição do real com a forma de pensar.

  1. O filósofo, ao olhar para o real, identifica-o como um mundo ausente de negações, fixo e imóvel, como o ser no poema de Parmênides.
  2. Como pensou Platão, o devir dos entes finitos lhes permite participar de ideias contraditórias, mas estas próprias ideias não devêm.
  3. Como pensou Heráclito, a própria realidade é repleta de mudanças e conflitualidades, o que faz com que o filósofo a pense mutável e contraditória.
  4. A realidade, como pensou Demócrito, é um turbilhão de átomos agregando-se e desagregando-se em uma queda perpétua no vazio.

02. (Unimontes) Segundo a concepção dialética, a passagem do ser ao não ser não é aniquilamento, destruição ou morte pura e simples, mas movimento para outra realidade. A dialética guarda três momentos que podem ser denominados de

  1. tese, antítese, contradição.
  2. lógica, antítese, síntese.
  3. tese, antítese, síntese.
  4. lógica, contradição, síntese.

03. (UPE) Considere o texto a seguir:

Por intermédio do trabalho, o homem acrescenta um “mundo novo” (a cultura) ao mundo natural existente. O Trabalho é, portanto, elemento essencial da relação dialética entre o homem e a natureza, entre o saber e o fazer, entre a teoria e a prática.

COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia, 2002, p. 23.

Sobre esse assunto, é CORRETO afirmar que

  1. o homem, com a atribuição unicamente do fazer teórico, acrescenta, no mundo atual, o mundo cultural.
  2. o homem é um ser atuante no mundo natural. Na sua relação dialética com a natureza, o trabalho é secundário.
  3. a singularidade da cultura está em ser absoluta, ou seja, a cultura é única para todas as sociedades.
  4. o ser humano não intervém no transcurso da história. O homem é um ser imutável no mundo natural existente.
  5. o homem, agindo sobre a realidade do mundo natural, adapta o seu meio ambiente às suas necessidades.

04. (Enem PPL 2020) Por força da industrialização da cultura, desde o começo do filme já se sabe como ele termina, quem é recompensado e, ao escutar a música, o ouvido treinado é perfeitamente capaz, desde os primeiros compassos, de adivinhar o desenvolvimento do tema e sente-se feliz quando ele tem lugar como previsto.

ADORNO, T. W.; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009.

A crítica ao tipo de criação mencionada no texto teve como alvo, no campo da arte, a

  1. burocratização do processo de difusão.
  2. valorização da representação abstrata.
  3. padronização das técnicas de composição.
  4. sofisticação dos equipamentos disponíveis.
  5. ampliação dos campos de experimentação.

05. (UFMS) Citado como um dos fundadores da filosofia ocidental, com registros de suas ideias realizados pelo mais conhecido de seus seguidores, teve muitos adeptos do seu método e tornou-se precursor da dialética, na qual se encaminha um diálogo por meio de visões opostas.

A contextualização apresentada referese ao filósofo:

  1. Tomás de Aquino.
  2. Aristóteles.
  3. Sócrates.
  4. Pitágoras.
  5. Platão.

06. (UPE) Sobre o Panorama histórico da lógica, leia o texto a seguir:

Substituindo a dialética por um conjunto de procedimentos de demonstração e prova, Aristóteles criou a lógica propriamente dita, a que ele chamava de analítica.

(CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1996, p. 182.) Adaptado.

O método da dialética de Platão possui uma lógica implícita. Mas foi com o filósofo Aristóteles que a lógica como método da filosofia determinou a aplicação das leis do pensamento.

Sobre esse assunto, é CORRETO afirmar que

  1. para Aristóteles, a lógica é um instrumento para conhecer, mediante o qual as ciências são possíveis.
  2. na concepção de Aristóteles, a lógica é um método informal de análise de raciocínios.
  3. a lógica aristotélica tornou-se a lógica do pensamento oriental durante séculos.
  4. para Aristóteles, a lógica ocupa um lugar pouco destacado no plano da investigação das ciências.
  5. a questão singular de Aristóteles é ter fixado, com grande exatidão, as regras da argumentação indutiva na forma dialética.

07. (UPE) Toda cultura brota do chão da vida de um povo. Sob a chuva e o adubo dos fatos dessa vida, ela cresce e se diversifica e se enriquece. Toda cultura brota de uma história concreta e tem, por sua vez, uma história. Vai assumindo formas e modalidades variadas. Ela constitui uma unidade; uma unidade dinâmica e dialética (contraditória).

LARA, Tiago Adão. A Filosofia nas suas origens gregas, 1989, p.27. Adaptado.

Com base no texto do citado autor, analise os itens a seguir:

I. A dimensão cultural tem significância na formação do humano. A cultura é o que se acrescenta à natureza.

II. Só o homem possui uma história e faz sua história no seu dinamismo existencial.

III. Toda cultura traz, no seu processo formativo, a marca da diversidade e da relatividade.

IV. A ciência e a técnica são categorias que parecem significantes e triunfantes no processo de desenvolvimento de uma sociedade.

V. A cultura como produto do homem, na sua unidade dinâmica e dialética, é necessariamente ostensiva do seu ser.

Estão CORRETOS apenas

  1. II, III, IV e V.
  2. II, IV e V.
  3. I, II, III e V.
  4. I, III e IV.
  5. II, III e IV.

08. (Unioeste) Segundo a conhecida alegoria da caverna, que aparece no Livro VII da República, de Platão, há prisioneiros, voltados para uma parede em que são projetadas as sombras de objetos que eles não podem ver. Esses prisioneiros representam a humanidade em seu estágio de mais baixo saber acerca da realidade e de si mesmos: a doxa, ou “opinião”. Um desses prisioneiros é libertado à força, num processo que ele quer evitar e que lhe causa dor e enormes dificuldades de visão (conhecimento). Gradativamente, ele é conduzido para fora da caverna, a um estágio em que pode ver as coisas em si mesmas, isto é, os fundamentos eternos de tudo o quê, antes, ele via somente mediante sombras. Esses fundamentos são as Formas. Para além das Formas, brilha o Sol, que representa a Forma das Formas, o Bem, fonte essencial de todo ser e de todo conhecer e unicamente acessível mediante intuição direta. Com base nisso, responda à seguinte questão: se chegamos ao conhecimento das Formas mediante a dialética, que é o estabelecimento de fundamentos que possibilitam o conhecimento das coisas particulares (sombras), é CORRETO dizer:

  1. para Platão, a dialética é o conhecimento imediato (doxa) dos objetos particulares.
  2. o Bem é um objeto particular, que pode ser conhecido sensivelmente, de modo imediato e indolor, por todos os seres humanos.
  3. as Formas são somente suposições teóricas, sem realidade nelas mesmas.
  4. a dialética, que não é o último estágio do ser e do conhecer, permite chegar, mediante um processo difícil, que exige esforço, às coisas em si mesmas (Formas).
  5. a dialética, último estágio do ser e do conhecer, permite chegar, mediante um processo difícil, ao conhecimento do Bem.

09. (UEL) Texto III

A sociedade contemporânea convive com os riscos produzidos por ela mesma e com a frustração de, muitas vezes, não saber distinguir entre catástrofes que possuem causas essencialmente naturais e aquelas ocasionadas a partir da relação que o homem trava com a natureza. Os custos ambientais e humanos do desenvolvimento da técnica, da ciência e da indústria passam a ser questionados a partir de desastres contemporâneos como AIDS, Chernobyl, aquecimento global, contaminação da água e de alimentos pelos agrotóxicos, entre outros.

(Adaptado de: LIMA, M. L. M. A ciência, a crise ambiental e a sociedade de risco. Senatus. v.4. n.1. nov. 2005. p.42-47.)

Leia o texto a seguir.

O mito converte-se em esclarecimento e a natureza em mera objetividade. O preço que os homens pagam pelo aumento de seu poder é a alienação daquilo sobre o que exercem o poder. O esclarecimento comporta-se com as coisas como o ditador se comporta com os homens. Este os conhece na medida em que pode manipulá-los. O homem de ciência conhece as coisas na medida em que pode fazê-las. É assim que seu em-si torna para- -ele. Nessa metamorfose, a essência das coisas revela-se como sempre a mesma, como substrato de dominação.

(ADORNO; HORKHEIMER. Dialética do Esclarecimento. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985. p.21.)

O uso da razão para fins irracionais criou, principalmente no século XX, uma desconfiança crônica a respeito da sua natureza e dos seus usos. Com base nos conhecimentos sobre a racionalidade instrumental presente no texto, assinale a alternativa correta.

  1. Tanto a dominação da natureza quanto a alienação do homem são o preço inevitável a ser pago pela razão, pois o conhecimento ocorre quando o mundo e o homem se tornam objetos.
  2. O esclarecimento, na medida em que efetiva a superação do mito, atualiza a essência e o próprio destino do homem, que consiste em transformar a natureza, produzindo objetos que tornam a vida mais confortável.
  3. Mito e razão são forças primitivas antagônicas de natureza distinta: o mito caracteriza-se pela imaginação, fantasia e falta de objetividade; já a razão, pela objetividade, por cujos processos de formalização a certeza é instituída.
  4. Dada a dimensão puramente formal da ciência, os aspectos práticos do mundo da vida lhe são alheios, razão pela qual os usos com vistas à dominação são estranhos à sua essência, resultando na dominação de um mau uso prático.
  5. A instrumentalização da razão e a objetivação da natureza são dois momentos de um mesmo processo, cujo resultado consiste em conceber o homem e o mundo como objetos disponíveis à manipulação e ao exercício de poder.

10. (UFU) A dialética de Hegel

  1. envolve duas etapas, formadas por opostos encontrados na natureza (dia-noite, claro-escuro, frio-calor).
  2. é incapaz de explicar o movimento e a mudança verificados tanto no mundo quanto no pensamento.
  3. é interna nas coisas objetivas, que só podem crescer e perecer em virtude de contradições presentes nelas.
  4. é um método (procedimento) a ser aplicado ao objeto de estudo do pesquisador.

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