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Filosofia Contemporânea

Lista de 22 exercícios de Filosofia com gabarito sobre o tema Filosofia Contemporânea com questões do Enem.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Filosofia Contemporânea .




Fenomenologia

01. (Enem 2020) TEXTO I

Os meus pensamentos são todos sensações.

Penso com os olhos e com os ouvidos

E com as mãos e os pés

E com o nariz e a boca.

PESSOA, F O guardador de rebanhos - IX. In: GALHOZ, M A (Org.) Obras poéticas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. 1999 (fragmento)

TEXTO II

Tudo aquilo que sei do mundo, mesmo por ciência, eu o sei a partir de uma visão minha ou de uma experiência do mundo sem a qual os símbolos da ciência não poderiam dizer nada.

MERLEAU-PONTY, M. Fenomenologia da percepção. São Paulo: Martine Fontes, 1990 (adaptado).

Os textos mostram-se alinhados a um entendimento acerca da ideia de conhecimento, numa perspectiva que ampara a

  1. anterioridade da razão no domínio cognitivo.
  2. confirmação da existência de saberes inatos.
  3. valorização do corpo na apreensão da realidade.
  4. verificabilidade de proposições no campo da lógica.
  5. possibilidade de contemplação de verdades atemporais.

Existencialismo

02. (Enem 2020) Em A morte de Ivan llitch, Tolstoi descreve com detalhes repulsivos o terror de encarar a morte iminente. Ilitch adoece depois de um pequeno acidente e logo compreende que se encaminha para o fim de modo impossível de parar. “Nas profundezas de seu coração, ele sabia estar morrendo, mas em vez de se acostumar com a ideia, simplesmente não o fazia e não conseguia compreendê-la”.

KAZEZ. J O peso das coisas filosofia para o bem-viver. Rio de Janeiro: Tinta Negra. 2004.

O texto descreve a experiência do personagem de Tolstoi diante de um aspecto incontornável de nossas vidas.

Esse aspecto foi um tema central na tradição filosófica

  1. marxista, no contexto do materialismo histórico.
  2. logicista, no propósito de entendimento dos fatos.
  3. utilitarista, no sentido da racionalidade das ações.
  4. pós-modernista, na discussão da fluidez das relações.
  5. existencialista, na questão do reconhecimento de si.

Solipsismo

03. (Enem 2020) Será que as coisas lhe pareceriam diferentes se, de fato, todas elas existissem apenas na sua mente — se tudo o que você julgasse ser o mundo externo real fosse apenas um sonho ou alucinação gigante, de que você jamais fosse despertar? Se assim fosse, então é claro que você nunca poderia despertar, como faz quando sonha, pois significaria que não há mundo “real” no qual despertar. Logo, não seria exatamente igual a um sonho ou alucinação normal.

NAGEL, T Uma breve introdução à filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2011.

O texto confere visibilidade a uma doutrina filosófica contemporânea conhecida como:

  1. Personalismo, que vincula a realidade circundante aos domínios do pessoal.
  2. Falsificacionismo, que estabelece ciclos de problemas para refutar uma conjectura.
  3. Falibilismo, que rejeita mecanismos mentais para sustentar uma crença inequívoca.
  4. idealismo, que nega a existência de objetos independentemente do trabalho cognoscente.
  5. Solipsismo, que reconhece limitações cognitivas para compreender uma experiência compartilhada.

Escola de Frankfurt

04. (ENEM PPL 2020) Por força da industrialização da cultura, desde o começo do filme já se sabe como ele termina, quem é recompensado e, ao escutar a música, o ouvido treinado é perfeitamente capaz, desde os primeiros compassos, de adivinhar o desenvolvimento do tema e sente-se feliz quando ele tem lugar como previsto.

ADORNO, T. W.; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009.

A crítica ao tipo de criação mencionada no texto teve como alvo, no campo da arte, a

  1. burocratização do processo de difusão.
  2. valorização da representação abstrata.
  3. padronização das técnicas de composição.
  4. sofisticação dos equipamentos disponíveis.
  5. ampliação dos campos de experimentação.

Modernidade

05. (Enem 2019) TEXTO I

Considero apropriado deter-me algum tempo na contemplação deste Deus todo perfeito, ponderar totalmente à vontade seus maravilhosos atributos, considerar, admirar e adorar a incomparável beleza dessa imensa luz.

DESCARTES, R. Meditações. São Paulo: Abril Cukural, 1980.

TEXTO II

Qual será a forma mais razoável de entender como é o mundo? Existirá alguma boa razão para acreditar que o mundo foi criado por uma divindade todo-poderosa? Não podemos dizer que a crença em Deus é “apenas” uma questão de fé.

RACHELS, J. Problemas da fHosofia. Lisboa: Gradiva, 2009.

Os textos abordam um questionamento da construção da modernidade que defende um modelo

  1. centrado na razão humana.
  2. baseado na explicação mitológica.
  3. fundamentado na ordenação imanentista.
  4. focado na legitimação contratualista.
  5. configurado na percepção etnocêntrica.

Pós-estruturalismo

06. (Enem 2019) Penso que não há um sujeito soberano, fundador, uma forma universal de sujeito que poderíamos encontrar em todos as lugares. Penso, pelo contrário, que o sujeito se constitui através das práticas de sujeição ou, de maneira mais autônoma, através de práticas de liberação, de liberdade, como na Antiguidade — a partir, obviamente, de um certo número de regras, de estilos, que podemos encontrar no meio cultural.

FOUCAULT, M. Ditos e escritos V: ética, sexualidade, política. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004.

O texto aponta que a subjetivação se efetiva numa dimensão

  1. legal, pautada em preceitos jurídicos.
  2. racional, baseada em pressupostos lógicos.
  3. contingencial, processada em interações sociais.
  4. transcendental, efetivada em princípios religiosos.
  5. essencial, fundamentada em parâmetros substancialistas.

Filosofia da Educação

07. (Enem PPL 2019) A importância do conhecimento está em seu uso, em nosso domínio ativo sobre ele, quero dizer, reside na sabedoria. É convencional falar em mero conhecimento, separado da sabedoria, como capaz de incutir uma dignidade peculiar a seu possuidor. Não compartilho dessa reverência pelo conhecimento como tal. Tudo depende de quem possui o conhecimento e do uso que faz dele.

WHITHEHEAD, A. N. Os fins da educação e outros ensaios. São Paulo: Edusp, 1969

No trecho, o autor considera que o conhecimento traz possibilidades de progresso material e moral quando

  1. prioriza o rigor conceitual.
  2. valoriza os seus dogmas.
  3. avalia a sua aplicabilidade.
  4. busca a inovação tecnológica.
  5. instaura uma perspectiva científica.

Modernidade Política

08. (Enem 2018) TEXTO I

As fronteiras, ao mesmo tempo que se separam, unem e articulam, por elas passando discursos de legitimação da ordem social tanto quanto do conflito.

CUNHA, L. Terras lusitanas e gentes dos brasis: a nação e o seu retrato literário. Revista Ciências Sociais, n. 2, 2009.

TEXTO II

As últimas barreiras ao livre movimento do dinheiro e das mercadorias e informação que rendem dinheiro andam de mãos dadas com a pressão para cavar novos fossos e erigir novas muralhas que barrem o movimento daqueles que em consequência perdem, física ou espiritualmente, suas raízes.

BAUMAN, Z. Globalização: as consequências humanas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999.

A ressignificação contemporânea da ideia de fronteira compreende a

  1. liberação da circulação de pessoas.
  2. preponderância dos limites naturais.
  3. supressão dos obstáculos aduaneiros.
  4. desvalorização da noção de nacionalismo.
  5. seletividade dos mecanismos segregadores.

Fenomenologia

09. (Enem 2018) O filósofo reconhece-se pela posse inseparável do gosto da evidência e do sentido da ambiguidade. Quando se limita a suportar a ambiguidade, esta se chama equívoco. Sempre aconteceu que, mesmo aqueles que pretenderam construir uma filosofia absolutamente positiva, só conseguiram ser filósofos na medida em que, simultaneamente, se recusaram o direito de se instalar no saber absoluto. O que caracteriza o filósofo é o movi - mento que leva incessantemente do saber à ignorância, da ignorância ao saber, e um certo repouso neste movi - mento.

MERLEAU-PONTY. M. Elogio da filosofia. Lisboa: Guimarães, 1998 (adaptado).

O texto apresenta um entendimento acerca dos elementos constitutivos da atividade do filósofo, que se caracteriza por

  1. reunir os antagonismos das opiniões ao método dialético.
  2. ajustar a clareza do conhecimento ao inatismo das ideias.
  3. associar a certeza do intelecto à imutabilidade da verdade.
  4. conciliar o rigor da investigação à inquietude do questionamento.
  5. compatibilizar as estruturas do pensamento aos princípios fundamentais.

Modernidade

10. (Enem 2018) De certo modo o toxicômano diz a verdade sobre nossa condição social atual, quer dizer, temos a tendência de tornarmo-nos todos adictos em relação a determinados objetos, cuja presença se tornou para nós indispensável. Todas as nossas referências éticas ou morais não têm nada de sério diante do toxicômano, porque fundamentalmente somos viciados como ele.

MELMAN, C. Novas formas clínicas no início do terceiro milênio. Porto Alegre: CMC, 2003.

No trecho, o autor propõe uma analogia entre o vício individual e as práticas de consumo sustentada no argumento da

  1. exposição da vida privada.
  2. reinvenção dos valores tradicionais.
  3. dependência das novas tecnologias.
  4. recorrência de transtornos mentais.
  5. banalização de substâncias psicotrópicas.

Escola de Frankfurt

11. (Enem PPL 2018) A maioria das necessidades comuns de descansar, distrair-se, comportar-se, amar e odiar o que os outros amam e odeiam pertence a essa categoria de falsas necessidades. Tais necessidades têm um conteúdo e uma função determinada por forças externas, sobre as quais o indivíduo não tem controle algum.

MARCUSE, H. A ideologia da sociedade industrial: o homem unidimensional. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.

Segundo Marcuse, um dos pesquisadores da chamada Escola de Frankfurt, tais forças externas são resultantes de

  1. aspirações de cunho espiritual.
  2. propósitos solidários de classes.
  3. exposição cibernética crescente.
  4. interesses de ordem socioeconômica.
  5. hegemonia do discurso médico-científico.

Existencialismo

12. (Enem Libra 2017) Galileu, que detinha uma verdade científica importante, abjurou-a com a maior facilidade, quando ela lhe pôs a vida em perigo. Em um certo sentido, ele fez bem. Essa verdade valia-lhe a fogueira. Se for a Terra ou o Sol que gira em torno um do outro é algo profundamente irrelevante. Resumindo as coisas, é um problema fútil. Em compensação, vejo que muitas pessoas morrem por achar que a vida não vale a pena ser vivida. Vejo outras que se fazem matar pelas ideias ou ilusões que lhes proporcionam uma razão de viver (o que se chama de razão de viver é, ao mesmo tempo, uma excelente razão de morrer). Julgo, portanto, que o sentido da vida é a questão mais decisiva de todas. E como responder a isso?

CAMUS, A. O mito de Sísifo: ensaio sobre o absurdo. Rio de Janeiro: Record, 2004 (adaptado).

O texto apresenta uma questão fundamental, na perspectiva da filosofia contemporânea, que consiste na reflexão sobre vínculos entre a realidade concreta e a

  1. condição da existência no mundo.
  2. abrangência dos valores religiosos.
  3. percepção da experiência no tempo.
  4. transitoriedade das paixões humanas.
  5. insuficiência do conhecimento empírico.

Pós-estruturalismo

13. (Enem Libra 2017) O momento histórico das disciplinas é o momento em que nasce uma arte do corpo humano, que visa não unicamente o aumento das suas habilidades, nem tampouco aprofundar sua sujeição, mas a formação de uma relação que no mesmo mecanismo o torna tanto mais obediente quanto é mais útil, e inversamente. Forma-se então uma política das coerções, que são um trabalho sobre o corpo, uma manipulação calculada de seus elementos, de seus gestos, de seus comportamentos.

FOUCAULT, M. Vigiar e punir: história da violência nas prisões. Petrópolis: Vozes, 1987.

Na perspectiva de Michel Foucault, o processo mencionado resulta em

  1. declínio cultural.
  2. segregação racial.
  3. redução da hierarquia.
  4. totalitarismo dos governos.
  5. modelagem dos indivíduos.

Existencialismo

14. (Enem 2016) Ser ou não ser — eis a questão.

Morrer — dormir — Dormir! Talvez sonhar. Aí está o obstáculo!

Os sonhos que hão de vir no sono da morte

Quando tivermos escapado ao tumulto vital

Que dá à desventura uma vida tão longa.

SHAKESPEARE, W. Hamlet, Porto Alegre: L&PM, 2007.

Este solilóquio pode ser considerado um precursor do existencialismo ao enfatizar a tensão entre

  1. consciência de si e angústia humana.
  2. inevitabilidade do destino e incerteza moral.
  3. tragicidade da personagem e ordem do mundo.
  4. racionalidade argumentativa e loucura iminente.
  5. dependência paterna e impossibilidade de ação.

Modernidade

15. (Enem 2016) Ser moderno é encontrar-se em um ambiente que promete aventura, poder, alegria, crescimento, autotransformação e transformação das coisas em redor — mas ao mesmo tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo o que sabemos, tudo o que somos. A experiência ambiental da modernidade anula todas as fronteiras geográficas e raciais, de classe e nacionalidade: nesse sentido, pode-se dizer que a modernidade une a espécie humana. Porém, é uma unidade paradoxal, uma unidade de desunidade.

BERMAN, M. Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade. São Paulo: Cia. das Letras, 1986 (adaptado).

O texto apresenta uma interpretação da modernidade que a caracteriza como um(a)

  1. dinâmica social contraditória.
  2. interação coletiva harmônica.
  3. fenômeno econômico estável.
  4. sistema internacional decadente.
  5. processo histórico homogeneizador.

Escola de Frankfurt

16. (Enem 2016) A democracia deliberativa afirma que as partes do conflito político devem deliberar entre si e , por meio de argumentação razoável, tentar chegar a um acordo sobre as políticas que seja satisfatório para todos. A democracia ativista desconfia das exortações à deliberação por acreditar que, no mundo real da política, onde as desigualdades estruturais influenciam procedimentos e resultados, processos democráticos que parecem cumprir as normas de deliberação geralmente tendem a benificiar os agentes mais poderosos. Ela recomenda, portanto, que aqueles que se preocupam com a promoção de mais justiça devem realizar principalmente a atividade de oposição crítica, em vez de tentar chegar a um acordo com quem sustenta estruturas de poder existentes ou delas se beneficia.

YOUNG, I. M. Desafios ativistasà democracia deliberativa. Revista Brasileira de Ciência Política, n. 13, jan.-abr. 2014.

As concepções de democracia deliberativa e de democracia ativista apresentadas no texto tratam como imprescindíveis, respectivamente,

  1. a decisão da maioria e a uniformização de direitos.
  2. a organização de eleições e o movimento anarquista.
  3. a obtenção do consenso e a mobilização das minorias.
  4. a fragmentação da participação e a desobediência civil.
  5. a imposição de resistência e o monitoramento da liberdade.

Ética

17. (Enem PPL 2016) Fundamos, como afirmam alguns cientistas, o antropoceno: uma nova era geológica com altíssimo poder de destruição, fruto dos últimos séculos que significaram um transtorno perverso do equilíbrio do sistema-Terra. Como enfrentar esta nova situação nunca ocorrida antes de forma globalizada e profunda? Temos pessoalmente trabalhado os paradigmas da sustentabilidade e do cuidado como relação amigável e cooperativa para com a natureza. Queremos, agora, agregar a ética da responsabilidade.

BOFF, L. Responsabilidade coletiva. Disponível em: http://leonardoboff.wordpress.com. Acesso em: 14 maio 2013.

A ética da responsabilidade protagonizada pelo filosófo alemão Hans Jonas e reinvindicada no texto é expressa pela máxima:

  1. "A tua ação possa valer como norma para todos os homens."
  2. "A norma aceita por todos advenha da ação comunicativa e do discurso."
  3. "A tua ação possa produzir a máxima felicidade para a maioria das pessoas."
  4. "O teu agir almeje alcançar determinados fins que possam justificar os meios."
  5. "O efeito de tuas ações não destrua a possibilidade futura da vida das novas gerações."

Escola de Frankfurt

18. (Enem PPL 2015) Na sociedade democrática, as opiniões de cada um não são fortalezas ou castelos para que neles nos encerremos como forma de autoafirmação pessoal. Não só temos de ser capazes de exercer a razão em nossas argumentações, como também devemos desenvolver a capacidade de ser convencidos pelas melhores razões. A partir dessa perspectiva, a verdade buscada é sempre um resultado, não ponto de partida: e essa busca inclui a conversação entre iguais, a polêmica, o debate, a controvérsia.

SAVATER, F. As perguntas da vida. São Paulo: Martins Fontes, 2001 (adaptado).

A ideia de democracia presente no texto, baseada na concepção de Habermas acerca do discurso, defende que a verdade é um(a)

  1. alvo objetivo alcançável por cada pessoa, como agente racional autônomo.
  2. critério acima dos homens, de acordo com o qual podemos julgar quais opiniões são as melhores.
  3. construção da atividade racional de comunicação entre os indivíduos, cujo resultado é um consenso.
  4. produto da razão, que todo indivíduo traz latente desde o nascimento, mas que só se firma no processo educativo.
  5. resultado que se encontra mais desenvolvido nos espíritos elevados, a quem cabe a tarefa de convencer os outros.

Escola de Frankfurt

19. (Enem 2014) Uma norma só deve pretender validez quando todos os que possam ser concernidos por ela cheguem (ou possam chegar), enquanto participantes de um discurso prático, a um acordo quanto à validade dessa norma.

HABERMAS, J. Consciência moral e agir comunicativo. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1989.

Segundo Habermas, a validez de uma norma deve ser estabelecida pelo(a)

  1. liberdade humana, que consagra a vontade.
  2. razão comunicativa, que requer um consenso.
  3. conhecimento filosófico, que expressa a verdade.
  4. técnica científica, que aumenta o poder do homem.
  5. poder político, que se concentra no sistema partidário.

Utilitarismo Ética Política Pós-Estruturalismo

20. (Enem 2013) O edifício é circular. Os apartamentos dos prisioneiros ocupam a circunferência. Você pode chamá-los, se quiser, de celas. O apartamento do inspetor ocupa o centro; você pode chamá-lo, se quiser, de alojamento do inspetor. A moral reformada; a saúde preservada; a indústria revigorada; a instrução difundida; os encargos públicos aliviados; a economia assentada, como deve ser, sobre uma rocha; o nó górdio da Lei sobre os Pobres não cortado, mas desfeito — tudo por uma simples ideia de arquitetura!

BENTHAM, J. O panóptico. Belo Horizonte: Autêntica, 2008

Essa é a proposta de um sistema conhecido como panóptico, um modelo que mostra o poder da disciplina nas sociedades contemporâneas, exercido preferencialmente por mecanismos

  1. religiosos, que se constituem como um olho divino controlador que tudo vê.
  2. ideológicos, que estabelecem limites pela alienação, impedindo a visão da dominação sofrida.
  3. repressivos, que perpetuam as relações de dominação entre os homens por meio de tortura física.
  4. sutis, que adestram os corpos no espaço-tempo por meio do olhar como instrumento de controle.
  5. consensuais, que pactuam acordos com base na compreensão dos benefícios gerais de se ter as próprias ações controladas.

Pós-Estruturalismo Política

21. (Enem 2010) A lei não nasce da natureza, junto das fontes frequentadas pelos primeiros pastores; a lei nasce das batalhas reais, das vitórias, dos massacres, das conquistas que têm sua data e seus heróis de horror: a lei nasce das cidades incendiadas, das terras devastadas; ela nasce com os famosos inocentes que agonizam no dia que está amanhecendo.

FOUCAULT, M. Aula de 14 de janeiro de 1976. In: Em defesa da sociedade.

São Paulo: Martins Fontes, 1999.

O filósofo Michel Foucault (séc. XX) inova ao pensar a política e a lei em relação ao poder e à organização social. Com base na reflexão de Foucault, a finalidade das leis na organização das sociedades modernas é

  1. combater ações violentas na guerra entre as nações.
  2. coagir e servir para refrear a agressividade humana.
  3. criar limites entre a guerra e a paz praticadas entre os indivíduos de uma mesma nação.
  4. estabelecer princípios éticos que regulamentam as ações bélicas entre países inimigos.
  5. organizar as relações de poder na sociedade e entre os Estados.

Determinismo Mitologia

22. (Enem PPL 2010) Quando Édipo nasceu, seus pais, Laio e Jocasta, os reis de Tebas, foram informados de uma profecia na qual o filho mataria o pai e se casaria com a mãe. Para evitá-la, ordenaram a um criado que matasse o menino. Porém, penalizado com a sorte de Édipo, ele o entregou a um casal de camponeses que morava longe de Tebas para que o criasse. Édipo soube da profecia quando se tornou adulto. Saiu então da casa de seus pais para evitar a tragédia. Eis que, perambulando pelos caminhos da Grécia, encontrou-se com Laio e seu séquito, que, insolentemente, ordenou que saísse da estrada. Édipo reagiu e matou todos os integrantes do grupo, sem saber que entre eles estava seu verdadeiro pai. Continuou a viagem até chegar a Tebas, dominada por uma Esfinge. Ela decifrou o enigma da Esfinge, tornou-se rei de Tebas e casou-se com a rainha, Jocasta, a mãe que desconhecia.

Disponível em: http://www.culturabrasil.org. Acesso em: 28 ago. 2010 (adaptado).

No mito Édipo Rei, são dignos de destaque os temas do destino e do determinismo. Ambos são características do mito grego e abordam a relação entre liberdade humana e providência divina. A expressão filosófica que toma como pressuposta a tese do determinismo é:

  1. “Nasci para satisfazer a grande necessidade que eu tinha de mim mesmo.” Jean Paul Sartre
  2. “Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser.” Santo Agostinho
  3. “Quem não tem medo da vida também não tem medo da morte.” Arthur Schopenhauer
  4. “Não me pergunte quem sou eu e não me diga para permanecer o mesmo.” Michel Foucault
  5. “O homem, em seu orgulho, criou a Deus a sua imagem e semelhança.” Friedrich Nietzsche

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