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Escola Eleática (Parmênides e Zenão de Eleia)

Lista de 07 exercícios de Filosofia com gabarito sobre o tema Escola Eleática (Parmênides e Zenão de Eleia) com questões de Vestibulares.

Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Escola Eleática (Parmênides e Zenão de Eleia).




01. (UEL) No livro Através do espelho e o que Alice encontrou por lá, a Rainha Vermelha diz uma frase enigmática:

Pois aqui, como vê, você tem de correr o mais que pode para continuar no mesmo lugar.

(CARROL, L. Através do espelho e o que Alice encontrou por lá. Rio de Janeiro: Zahar, 2009. p.186.)

Já na Grécia antiga, Zenão de Eleia enunciara uma tese também enigmática, segundo a qual o movimento é ilusório, pois numa corrida, o corredor mais rápido jamais consegue ultrapassar o mais lento, visto o perseguidor ter de primeiro atingir o ponto de onde partiu o perseguido, de tal forma que o mais lento deve manter sempre a dianteira.

(ARISTÓTELES. Física. Z 9, 239 b 14. In: KIRK, G. S.; RAVEN, J. E.; SCHOFIELD, M. Os Pré-socráticos. 4.ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1994, p.284.)

Com base no problema filosófico da ilusão do movimento em Zenão de Eleia, é correto afirmar que seu argumento

  1. baseia-se na observação da natureza e de suas transformações, resultando, por essa razão, numa explicação naturalista pautada pelos sentidos.
  2. confunde a ordem das coisas materiais (sensível) e a ordem do ser (inteligível), pois avalia o sensível por condições que lhe são estranhas.
  3. ilustra a problematização da crença numa verdadeira existência do mundo sensível, à qual se chegaria pelos sentidos.
  4. mostra que o corredor mais rápido ultrapassará inevitavelmente o corredor mais lento, pois isso nos apontam as evidências dos sentidos.
  5. pressupõe a noção de continuidade entre os instantes, contida no pressuposto da aceleração do movimento entre os corredores.

02. (UFT) Mas, imóvel, nos limites de grandes liames é sem princípio e sem fim, pois o gerar-se e o perecer foram afastados para longe e rechaçou-os uma certeza veraz. E idêntico no idêntico [lugar] ficando, em si mesmo jaz e assim, fixo, permanece, pois a Necessidade inflexível o mantém nas cadeias do limite, que o encerra em torno, pois é Destino que o ser não seja ilimitado: pois de nada é carente, enquanto o não-ser carece de tudo.

Fonte: PARMÊNIDES DE ELEIA apud REALE, História da filosofia antiga, 1993, p. 110.

O fragmento do poema de Parmênides de Eleia indica o pensamento do filósofo que se destaca, entre outros motivos, pelo seu caráter imobilista.

Assinale a alternativa abaixo que NÃO apresenta uma proposta que possa ser associada à filosofia de Parmênides.

  1. É característico ao ser de Parmênides ser pensado e enunciado, não nascido, imóvel, incorruptível, imutável, perfeito e uno; por esses aspectos o ser se apresenta como sempre idêntico, impassível a alterações.
  2. A despeito de todo movimento e mudança ocorridos, no mundo, e que podemos constatar cotidianamente, os dados vindos por intermédio dos sentidos são ilusórios e dignos de desconfiança.
  3. Devido aos aspectos da realidade do ser descrito por Parmênides, é plenamente impossível admitir a existência do não ser ou daquilo que em algum momento se transforme devido a um motivo qualquer.
  4. Todas as coisas percebidas pelos sentidos mostram-se múltiplas e variáveis e, por tais motivos, podem ser consideradas como fonte segura de conhecimento acerca da verdade presente no mundo.

03. (UEL) Leia o texto a seguir.

Os corcéis que me transportam, tanto quanto o ânimo me impele, conduzem-me, depois de me terem dirigido pelo caminho famoso da divindade [. . . ] E a deusa acolheu-me de bom grado, mão na mão direita tomando, e com estas palavras se me dirigiu: [...] Vamos, vou dizer-te – e tu escuta e fixa o relato que ouviste – quais os únicos caminhos de investigação que há para pensar, um que é, que não é para não ser, é caminho de confiança (pois acompanha a realidade): o outro que não é, que tem de não ser, esse te indico ser caminho em tudo ignoto, pois não poderás conhecer o não-ser, não é possível, nem indicá-lo [. . . ] pois o mesmo é pensar e ser.

PARMÊNIDES. Da Natureza, frags. 1-3. Trad. José Trindade Santos. 2. ed. São Paulo: Loyola, 2009. p. 13-15.

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia de Parmênides, assinale a alternativa correta.

  1. Pensar e ser se equivalem, por isso o pensamento só pode tratar e expressar o que é, e não o que não é – o não ser.
  2. A percepção sensorial nos possibilita conhecer as coisas como elas verdadeiramente são.
  3. O ser é mutável, eterno, divisível, móvel e, por isso, a razão consegue conhecê-lo e expressá-lo.
  4. A linguagem pode expressar tanto o que é como o que não é, pois ela obedece aos princípios de contradição e de identidade.
  5. O ser é e o não ser não é indica que a realidade sensível é passível de ser conhecida pela razão.

04. (UFU) “Pois pensar e ser é o mesmo”

Parmênides, Poema, fragmento 3, extraído de: Os filósofos pré-socráticos. Tradução de Gerd Bornheim. São Paulo: Cultrix, 1993.

A proposição acima é parte do poema de Parmênides, o fragmento 3. Considerando-se o que se sabe sobre esse filósofo, que viveu por volta do século VI a.C., assinale a afirmativa correta.

  1. Para compreender a realidade, é preciso confiar inteiramente no que os nossos sentidos percebem.
  2. O movimento é uma característica aparente das coisas, a verdadeira realidade está além dele.
  3. O verdadeiro sentido da realidade só pode ser revelado pelos deuses para aqueles que eles escolhem.
  4. Tudo o que pensamos deve existir em algum lugar do universo.

05. (UFU) No período clássico, nenhum dos gregos – sejam eles historiadores ou filósofos – registra uma suposta derivação "oriental" da Filosofia. De fato, a partir do momento em que nasce, ela representa uma nova forma de expressão espiritual, com elementos e inflexão únicos. Sobre o nascimento da filosofia na Grécia e sua relação com o mito, assinale a alternativa INCORRETA.

  1. O ser é a única coisa pensável e exprimível. Pensar é ser e o não-ser é absolutamente impensável.
  2. O ser de Parmênides possui sentido unívoco, isto é, assume, em sua formulação, o princípio da não contradição.
  3. O ser é ingênito, incorruptível, não tem passado nem futuro, é agora, imutável e imóvel.
  4. O ser pode ser e não ser ao mesmo tempo em situações específicas, como no caso de manifestar-se fisicamente, em dimensão humana.

06. (UFU) De um modo geral, o conceito de physis no mundo pré-socrático expressa um princípio de movimento por meio do qual tudo o que existe é gerado e se corrompe. A doutrina de Parmênides, no entanto, tal como relatada pela tradição, aboliu esse princípio e provocou, consequentemente, um sério conflito no debate filosófico posterior, em relação ao modo como conceber o ser.

Para Parmênides e seus discípulos:

  1. A imobilidade é o princípio do não-ser, na medida em que o movimento está em tudo o que existe.
  2. O movimento é princípio de mudança e a pressuposição de um não-ser.
  3. Um Ser que jamais muda não existe e, portanto, é fruto de imaginação especulativa.
  4. O Ser existe como gerador do mundo físico, por isso a realidade empírica é puro ser, ainda que em movimento.

07. (UFU) Leia o texto abaixo:

“Afasta o pensamento desse caminho de busca e que o hábito nascido de muitas experiências humanas não te force, nesse caminho, a usar o olho que não vê, o ouvido que retumba e a língua: mas, com o pensamento, julga a prova que te foi fornecida com múltiplas refutações. Um só caminho resta ao discurso: que o ser existe.”

REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da filosofia: filosofia pagã antiga. Tradução de Ivo Storniolo. São Paulo: Paulus, 2003. p. 35.

Com base no pensamento de Parmênides, assinale a alternativa correta.

  1. Os sentidos atestam e conduzem à verdade absoluta do ser.
  2. O ser é o eterno devir, mas o devir é de alguma maneira regido pelo Logos
  3. O discurso se move por teses e antíteses, pois essas são representações exatas do devir.
  4. Quem afirma que “o ser não existe” anda pelo caminho do erro.

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