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Simulado de História

Simulado com 20 exercícios de História com gabarito para a Fuvest.

01. (Fuvest 2021) A ascensão de regimes autoritários na Europa nas primeiras décadas do século XX teve o amparo de milícias que arregimentaram uma legião de indivíduos de origem social heterogênea.

Dentre estes grupos, destaca(m)-se:

  1. A Tropa de Proteção (SS), que foi uma organização paramilitar incumbida de organizar as manifestações de massa em apoio ao nazismo.
  2. Os Camisas Negras, que usaram ações violentas, intimidação e assassinatos contra opositores políticos de Mussolini.
  3. A Seção de Assalto (SA), que foi uma organização paramilitar responsável por assegurar os interesses nazistas nos territórios ocupados
  4. As Falanges espanholas, que foram empregadas na realização de atentados contra monarquistas e membros da comunidade judaica.
  5. As milícias salazaristas, que atuaram para garantir a resistência contra os interesses portugueses na Ásia.

02. (Fuvest 2020) Afirmo, portanto, que tínhamos atingido já o ano bem farto da Encarnação do Filho de Deus, de 1348, quando, na mui excelsa cidade de Florença, (...) sobreveio a mortífera pestilência. (...) apareciam no começo, tanto em homens como nas mulheres, ou na virilha ou na axila, algumas inchações(...) chamava‐as o populacho de bubões (...).

Giovanni Boccaccio, Decamerão.

A respeito da Peste Negra do século XIV, é correto afirmar:

  1. Provocou gravíssima queda demográfica, que afetou grande parte da produção econômica europeia.
  2. Originou‐se no Oriente, penetrou no continente europeu pelos portos e manteve‐se restrita à Península Itálica.
  3. Foi provocada pela fome e pela desnutrição dos camponeses e favoreceu o processo de centralização política.
  4. Foi contida pelo caráter de subsistência da economia europeia, que dificultava o contato humano e, assim, o contágio.
  5. Estimulou as investidas contra os territórios muçulmanos no movimento conhecido como Segunda Cruzada.

03. (Fuvest 2018) O futurismo de Marinetti e o fascismo de Benito Mussolini têm em comum

  1. a constatação da falência cultural da Itália, que se agarrou ao passado romano e ignorou os grandes avanços da Primeira Revolução Industrial.
  2. o desejo de proporcionar aos cidadãos italianos o acesso aos bens de consumo e a implantação do Estado de bem-estar social.
  3. o esforço de modernização cultural e a tentativa de demolir as edificações que restaram do passado romano.
  4. a valorização e a adoção das bases e dos princípios das teorias revolucionárias anarquistas e socialistas.
  5. a glorificação da ideologia da guerra e da velocidade proporcionada pelos avanços técnicos e militares.

04. (Fuvest 2016) O aparecimento da pólis constitui, na história do pensamento grego, um acontecimento decisivo. Certamente, no plano intelectual como no domínio das instituições, só no fim alcançará todas as suas consequências; a pólis conhecerá etapas múltiplas e formas variadas. Entretanto, desde seu advento, que se pode situar entre os séculos VIII e VII a.C., marca um começo, uma verdadeira invenção; por ela, a vida social e as relações entre os homens tomam uma forma nova, cuja originalidade será plenamente sentida pelos gregos.

Jean-Pierre Vernant. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Difel, 1981. Adaptado.

De acordo com o texto, na Antiguidade, uma das transformações provocadas pelo surgimento da pólis foi

  1. o declínio da oralidade, pois, em seu território, toda estratégia de comunicação era baseada na escrita e no uso de imagens.
  2. o isolamento progressivo de seus membros, que preferiam o convívio familiar às relações travadas nos espaços públicos.
  3. a manutenção de instituições políticas arcaicas, que reproduziam, nela, o poder absoluto de origem divina do monarca.
  4. a diversidade linguística e religiosa, pois sua difusa organização social dificultava a construção de identidades culturais.
  5. a constituição de espaços de expressão e discussão, que ampliavam a divulgação das ações e ideias de seus membros.

05. (Fuvest 2017) Em uma significativa passagem da tragédia Macbeth, de Shakespeare, seu personagem principal declara: “Ouso tudo o que é próprio de um homem; quem ousa fazermais do que isso não o é”. De acordo com muitos intérpretes, essa postura revela, com extraordinária clareza, toda a audácia da experiência renascentista.

Com relação à cultura humanista, é correto afirmar que

  1. o mecenato de príncipes, de instituições e de famílias ricas e poderosas evitou os constrangimentos, prisão e tortura de artistas e de cientistas.
  2. a presença majoritária de temáticas religiosas nas artes plásticas demonstrava as dificuldades de assimilar as conquistas científicas produzidas naquele momento.
  3. a observação da natureza, os experimentos e a pesquisa empírica contribuíram para o rompimento de alguns dos dogmas fundamentais da Igreja.
  4. a reflexão dedutiva e o cálculo matemático limitaram-se à pesquisa teórica e somente seriam aplicados na chamada revolução científica do século XVII.
  5. a avidez de conhecimento e de poder favoreceu a renovação das universidades e a valorização dos saberes transmitidos pela cultura letrada.

06. (Fuvest 2021) Leia o texto:

A corrupção nos costumes das mulheres é ainda uma coisa prejudicial ao fim que se propõe o governo, e à boa conservação das leis do Estado (...). É o que aconteceu em Esparta (...).

Tais são as observações feitas entre os lacedemônios: no tempo da sua dominação as mulheres resolviam quase todas as questões. De resto, que diferença existe em que as mulheres governem, ou que os magistrados sejam governados por mulheres? (...) as mulheres dos lacedemônios, mesmo no caso de perigo, fizeram-lhes o maior mal possível.

Aristóteles, A política. Rio de Janeiro: Ediouro, s./d., p. 79-80.

É correto afirmar sobre as mulheres na Grécia Antiga:

  1. Obtiveram o direito à educação e acesso às escolas filosóficas da cidade-Estado de Atenas durante o período clássico.
  2. Em Esparta, recebiam educação física na infância, tinham direito à herança e administravam as propriedades na ausência dos maridos.
  3. Adquiriram poderes políticos como cidadãs apenas com o estabelecimento do Império Macedônico, sob a liderança de Alexandre Magno.
  4. Em Atenas, podiam participar de algumas discussões na Eclésia e possuíam direitos políticos durante o período da democracia.
  5. Tornaram-se legisladoras e integrantes do conselho dos mais velhos na cidade-Estado de Tebas.

07. (Fuvest 2020) Ao primeiro brilho da alvorada chegou do horizonte uma nuvem negra, que era conduzida [pelo] senhor da tempestade (...). Surgiram então os deuses do abismo; Nergal destruiu as barragens que represavam as águas do inferno; Ninurta, o deus da guerra, pôs abaixo os diques (...). Por seis dias e seis noites os ventos sopraram; enxurradas, inundações e torrentes assolaram o mundo; a tempestade e o dilúvio explodiam em fúria como dois exércitos em guerra. Na alvorada do sétimo dia o temporal (...) amainou (...) o dilúvio serenou (...) toda a humanidade havia virado argila (...). Na montanha de Nisir o barco ficou preso (...). Na alvorada do sétimo dia eu soltei uma pomba e deixei que se fosse. Ela voou para longe, mas, não encontrando um lugar para pousar, retornou. Então soltei um corvo. A ave viu que as águas haviam abaixado; ela comeu, (...) grasnou e não mais voltou para o barco. Eu então abri todas as portas e janelas, expondo a nave aos quatro ventos. Preparei um sacrifício e derramei vinho sobre o topo da montanha em oferenda aos deuses (...).

A Epopeia de Gilgamesh, São Paulo: Martins Fontes, 2001.

Com base no texto,registrado aproximadamente no séculoVII a.C. e que se refere a um antigo mito da Mesopotâmia, bem como em seus conhecimentos, é possível dizer que a sociedade descrita era

  1. mercantil, pacífica, politeísta e centralizada.
  2. agrária, militarizada, monoteísta e democrática.
  3. manufatureira, naval, monoteísta e federalizada.
  4. mercantil, guerreira, monoteísta e federalizada.
  5. agrária, guerreira, politeísta e centralizada.

08. (Fuvest 2019) Os comentadores do texto sagrado (…) reconhecem asubmissão da mulher ao homem como um dos momentos da divisão hierárquica que regula as relações entre Deus, Cristo e a humanidade, encontrando ainda a origem e o fundamento divino daquela submissão na cena primária da criação de Adão e Eva e no seu destino antes e depois da queda.

CASAGRANDE, C., A mulher sob custódia, in: História das Mulheres, Lisboa: Afrontamento, 1993, v. 2, p. 122‐123.

O excerto refere‐se à apreensão de determinadas passagens bíblicas pela cristandade medieval, especificamente em relação à condição das mulheres na sociedade feudal. A esse respeito, é correto afirmar:

  1. As mulheres originárias da nobreza podiam ingressar nos conventos e ministrar os sacramentos como os homens de mesma condição social.
  2. A culpabilização das mulheres pela expulsão do Paraíso Terrestre servia de justificativa para sua subordinação social aos homens.
  3. As mulheres medievais eram impedidas do exercício das atividades políticas, ao contrário do que acontecera no mundo greco‐romano.
  4. As mulheres medievais eram iletradas e tinham o acesso à cultura e às artes proibido, devido à sua condição social e natural.
  5. A submissão das mulheres medievais aos homens esteve desvinculada de normatizações acerca da sexualidade.

09. (Fuvest 2018) Os Impérios helenísticos, amálgamas ecléticas de formas gregas e orientais, alargaram o espaço da civilização urbana da Antiguidade clássica, diluindo-lhe a substância [...]. De 200 a.C. em diante, o poder imperial romano avançou para leste [...] e nos meados do século II as suas legiões haviam esmagado todas as barreiras sérias de resistência do Oriente.

P. Anderson. Passagens da Antiguidade ao feudalismo. Porto: Afrontamento, 1982

Na região das formações sociais gregas,

  1. a autonomia das cidades-estado manteve-se intocável, apesar da centralização política implementada pelos imperadores helenísticos
  2. essas formações e os impérios helenísticos constituíram-se com o avanço das conquistas espartanas no período posterior às guerras no Peloponeso, ao final do século V a.C.
  3. a conquista romana caracterizou-se por uma forte ofensiva frente à cultura helenística, impondo a língua latina e cerceando as escolas filosóficas gregas.
  4. o Oriente tornou-se área preponderante do Império Romano a partir do século III d.C., com a crise do escravismo, que afetou mais fortemente sua parte ocidental.
  5. os espaços foram conquistados pelas tropas romanas, na Grécia e na Ásia Menor, em seu período de apogeu, devido às lutas intestinas e às rivalidades entre cidades-estado.

10. (Fuvest 2017) Um elemento essencial para a evolução da dieta humana foi a transição para a agricultura como o modo primordial de subsistência. A Revolução Neolítica estreitou dramaticamente o nicho alimentar ao diminuir a variedade de mantimentos disponíveis; com a virada para a agricultura intensiva, houve um claro declínio na nutrição humana. Por sua vez, a industrialização recente do sistema alimentar mundial resultou em uma outra transição nutricional, na qual as nações em desenvolvimento estão experimentando, simultaneamente, subnutrição e obesidade.

George J. Armelagos, “Brain Evolution, the Determinates of Food Choice, and the Omnivore’s Dilemma”, Critical Reviews in Food

Science and Nutrition, 2014. Adaptado.

A respeito dos resultados das transformações nos sistemas alimentares descritas pelo autor, é correto afirmar:

  1. A quantidade absoluta de mantimentos disponíveis para as sociedades humanas diminuiu após a Revolução Neolítica.
  2. A invenção da agricultura, ao diversificar a cesta de mantimentos, melhorou o balanço nutricional das sociedades sedentárias.
  3. Os ganhos de produtividade agrícola obtidos com as revoluções Neolítica e Industrial trouxeram simplificação das dietas alimentares.
  4. As populações das nações em desenvolvimento estão sofrendo com a obesidade, por consumirem alimentos de melhor qualidade nutricional.
  5. A dieta humana pouco variou ao longo do tempo, mantendo-se inalterada da Revolução Neolítica à Revolução Industrial.

11. (Fuvest 2016) Os impérios do mundo antigo tinham ampla abrangência territorial e estruturas politicamente complexas, o que implicava custos crescentes de administração. No caso do Império Romano da Antiguidade, são exemplos desses custos:

  1. as expropriações de terras dos patrícios e a geração de empregos para os plebeus.
  2. os investimentos na melhoria dos serviços de assistência e da previdência social.
  3. as reduções de impostos, que tinham a finalidade de evitar revoltas provinciais e rebeliões populares.
  4. os gastos cotidianos das famílias pobres com alimentação, moradia, educação e saúde.
  5. as despesas militares, a realização de obras públicas e a manutenção de estradas.

12. (Fuvest 2020) A entrega pacífica do governo a um adversário pressupunha um elevado nível de automoderação. O mesmo determinou a boa vontade de um governo em não usar os seus grandes recursos do poder na humilhação ou destruição de predecessores hostis ou opositores (...). As técnicas militares deram lugar às técnicas verbais do debate feitas de retórica e de persuasão, a maior parte das quais exigia mais contenção geral, identificando, de modo nítido, esta mudança com um avanço da civilização.

Norbert Elias, A busca da excitação. Lisboa: Difel, 1992.

O processo histórico britânico ofereceu, entre os séculos XVII e XIX, modelos institucionais e práticas políticas importantes. A respeito deles, é correto afirmar que

  1. os debates acalorados no Parlamento, que desencadearam uma série de lutas sociais no século XVIII, foram apenas superados no início do século XIX com a instauração do Regime Parlamentar.
  2. após o turbulento século XVII, marcado por sucessivas lutas sociais e golpes de Estado, a pacificação entre as classes dominantes ocorreu com o fortalecimento do Regime Parlamentar ao longo do século XVIII.
  3. a instauração da República de Cromwell e do parlamentarismo, em meados do século XVIII, foi responsável pelo fim das turbulências políticas características do absolutismo monárquico.
  4. o avanço da civilização mencionado no texto ocorreu com o estabelecimento do princípio da tolerância religiosa entre anglicanos, calvinistas e católicos pelo Parlamento no final do século XVIII.
  5. o estabelecimento do parlamento bicameral, com representação para os nobres e para a burguesia enriquecida, e do direito de voto universal, ambos no século XVIII, foram responsáveis pela contenção daslutassociais na Grã‐Bretanha.

13. (Fuvest 2019) (…) o “arco do triunfo” é um fragmento de muro que, embora isolado da muralha, tem a forma de uma porta da cidade. (...) Os primeiros exemplos documentados são estruturas do século II a.C., mas os principais arcos de triunfo são os do Império, como os arcos de Tito, de Sétimo Severo ou de Constantino, todos no foro romano, e todos de grande beleza pela elegância de suas proporções.

PEREIRA, J. R. A., Introdução à arquitetura. Das origens ao século XXI. Porto Alegre: Salvaterra, 2010, p. 81.

Dentre os vários aspectos da arquitetura romana, destaca‐se a monumentalidade de suas construções. A relação entre o “arco do triunfo” e a História de Roma está baseada

  1. no processo de formação da urbe romana e de edificação de entradas defensivas contra invasões de povos considerados bárbaros.
  2. nas celebrações religiosas das divindades romanas vinculadas aos ritos de fertilidade e aos seus ancestrais etruscos.
  3. nas celebrações das vitórias militares romanas que permitiram a expansão territorial, a consolidação territorial e o estabelecimento do sistema escravista.
  4. na edificação de monumentos comemorativos em memória das lutas dos plebeus e do alargamento da cidadania romana.
  5. nos registros das perseguições ao cristianismo e da destruição de suas edificações monásticas.

14. (Fuvest 2018) A respeito dos espaços econômicos do açúcar e do ouro no Brasil colonial, é correto afirmar:

  1. A pecuária no sertão nordestino surgiu em resposta às demandas de transporte da economia mineradora.
  2. A produção açucareira estimulou a formação de uma rede urbana mais ampla do que a atividade aurífera.
  3. O custo relativo do frete dos metais preciosos viabilizou a interiorização da colonização portuguesa
  4. A mão de obra escrava indígena foi mais empregada na exploração do ouro do que na produção de açúcar.
  5. Ambas as atividades produziram efeitos similares sobre a formação de um mercado interno colonial

15. (Fuvest 2016) A exploração da mão de obra escrava, o tráfico negreiro e o imperialismo criaram conflitivas e duradouras relações de aproximação entre os continentes africano e europeu. Muitos países da África, mesmo depois de terem se tornado independentes, continuaram usando a língua dos colonizadores. O português, por exemplo, é língua oficial de

  1. Camarões, Angola e África do Sul.
  2. Serra Leoa, Nigéria e África do Sul.
  3. Angola, Moçambique e Cabo Verde.
  4. Cabo Verde, Serra Leoa e Sudão.
  5. Camarões, Congo e Zimbábue.

16. (Fuvest 2015) O grupo Boko Haram, autor do sequestro, em abril de 2014, de mais de duzentas estudantes, que, posteriormente, segundo os líderes do grupo, seriam vendidas, nasceu de uma seita que atraiu seguidores com um discurso crítico em relação ao regime local. Pregando um islã radical e rigoroso, Mohammed Yusuf, um dos fundadores, acusava os valores ocidentais, instaurados pelos colonizadores britânicos, de serem a fonte de todos os males sofridos pelo país. Boko Haram significa “a educação ocidental é pecaminosa” em haussa, uma das línguas faladas no país.

www.cartacapital.com.br. Acessado em 13/05/2014. Adaptado.

O texto se refere

  1. a uma dissidência da Al-Qaeda no Iraque, que passou a atuar no país após a morte de Sadam Hussein.
  2. a um grupo terrorista atuante nos Emirados Árabes, país economicamente mais dinâmico da região.
  3. a uma seita religiosa sunita que atua no Sul da Líbia, em franca oposição aos xiitas.
  4. a um grupo muçulmano extremista, atuante no Norte da Nigéria, região em que a maior parte da população vive na pobreza.
  5. ao principal grupo religioso da Etiópia, ligado ao regime político dos tuaregues, que atua em toda a região do Saara.

17. (Fuvest 2015) A cidade é [desde o ano 1000] o principal lugar das trocas econômicas que recorrem sempre mais a um meio de troca essencial: a moeda. [...] Centro econômico, a cidade é também um centro de poder. Ao lado do e, às vezes, contra o poder tradicional do bispo e do senhor, frequentemente confundidos numa única pessoa, um grupo de homens novos, os cidadãos ou burgueses, conquista “liberdades”, privilégios cada vez mais amplos.

Jacques Le Goff. São Francisco de Assis. Rio de Janeiro: Record, 2010. Adaptado.

O texto trata de um período em que

  1. os fundamentos do sistema feudal coexistiam com novas formas de organização política e econômica, que produziam alterações na hierarquia social e nas relações de poder.
  2. o excesso de metais nobres na Europa provocava abundância de moedas, que circulavam apenas pelas mãos dos grandes banqueiros e dos comerciantes internacionais.
  3. o anseio popular por liberdade e igualdade social mobilizava e unificava os trabalhadores urbanos e rurais e envolvia ativa participação de membros do baixo clero.
  4. a Igreja romana, que se opunha ao acúmulo de bens materiais, enfrentava forte oposição da burguesia ascendente e dos grandes proprietários de terras.
  5. as principais características do feudalismo, sobretudo a valorização da terra, haviam sido completamente superadas e substituídas pela busca incessante do lucro e pela valorização do livre comércio.

18. (Fuvest 2019) Sob qualquer aspecto, este [a Revolução Industrial] foi provavelmente o mais importante acontecimento na história do mundo, pelo menos desde a invenção da agricultura e das cidades. E foi iniciado pela Grã‐Bretanha. É evidente que isto não foi acidental.

Eric Hobsbawm, A Era das Revoluções. São Paulo: Paz e Terra, 2005. 19ª edição, p. 52.

A Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra nos decênios finais do século XVIII,

  1. deveu‐se ao pioneirismo científico e tecnológico dos britânicos, aliado a uma grande oferta de mão de obra especializada e a uma política estatal pacifista e voltada para o comércio.
  2. originou‐se das profundas transformações agrárias expressas pela concentração fundiária, perda da posse da terra pelo campesinato e formação de uma mão de obra assalariada.
  3. vinculou‐se à derrocada da aristocracia e à ascensão da burguesia, orientada pela política mercantilista e sintetizada na filosofia de Adam Smith.
  4. resultou da supressão de leis protecionistas de inspiração mercantilista e do combate ao tráfico negreiro, com vistas à conquista de mercados externos consumidores.
  5. decorreu da ampla difusão de um ideário Ilustrado, o qual teria promovido aquilo que o sociólogo alemão Max Weber descreve como o “espírito do capitalismo”.

19. (Fuvest 2013) A escravidão na Roma antiga

  1. permaneceu praticamente inalterada ao longo dos séculos, mas foi abolida com a introdução do cristianismo.
  2. previa a possibilidade de alforria do escravo apenas no caso da morte de seu proprietário.
  3. era restrita ao meio rural e associada ao trabalho braçal, não ocorrendo em áreas urbanas, nem atingindo funções intelectuais ou administrativas.
  4. pressupunha que os escravos eram humanos e, por isso, era proibida toda forma de castigo físico.
  5. variou ao longo do tempo, mas era determinada por três critérios: nascimento, guerra e direito civil.

20. (Fuvest 2014) Durante muito tempo, sustentou-se equivocadamente que a utilização de especiarias na Europa da Idade Média era determinada pela necessidade de se alterar o sabor de alimentos apodrecidos, ou pela opinião de que tal uso garantiria a conservação das carnes.

A utilização de especiarias no período medieval.

  1. permite identificar a existência de circuitos mercantis entre a Europa, a Ásia e o continente africano.
  2. demonstra o rigor religioso, caracterizado pela condenação da gastronomia e do requinte à mesa.
  3. revela a matriz judaica da gastronomia medieval europeia.
  4. oferece a comprovação da crise econômica vivida na Europa a partir do ano mil.
  5. explicita o importante papel dos camponeses dedicados a sua produção e comercialização.

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