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Artes

Simulado com 20 questões de Linguagens Com Gabarito para a Fatec, Fuvest, Unesp, Unicamp, Unifesp e Univesp com questões de Vestibulares.






01. (Fuvest)

Esta imagem é a reprodução de

  1. uma pintura impressionista, marcada por pinceladas soltas e pela temática da emigração americana para o continente europeu.
  2. um mosaico cubista, caracterizado pelas formas geométricas que procuram salientar a esperança daqueles que se dirigem para terras estrangeiras.
  3. uma pintura expressionista, que reforça o sofrimento dos que se deslocavam em um contexto de perseguições e intolerâncias.
  4. um painel surrealista, que procurava destacar o subconsciente atormentado daqueles que deixavam seus locais de origem.
  5. uma pintura futurista, influenciada pelas referências de modernização tecnológica características da primeira metade do século XX.

02. (UNESP) A peça Fonte foi criada pelo francês Marcel Duchamp e apresentada em Nova Iorque em 1917.

A transformação de um urinol em obra de arte representou, entre outras coisas,

  1. a alteração do sentido de um objeto do cotidiano e uma crítica às convenções artísticas então vigentes.
  2. a crítica à vulgarização da arte e a ironia diante das vanguardas artísticas do final do século XIX.
  3. o esforço de tirar a arte dos espaços públicos e a insistência de que ela só podia existir na intimidade.
  4. a vontade de expulsar os visitantes dos museus, associando a arte a situações constrangedoras.
  5. o fim da verdadeira arte, do conceito de beleza e importância social da produção artística.

03. (Fuvest)

Sobre este quadro, A Negra, pintado por Tarsila do Amaral em 1923, é possível afirmar que

  1. se constituiu numa manifestação isolada, não podendo ser associada a outras mudanças da cultura brasileira do período.
  2. representou a subordinação, sem criatividade, dos padrões da pintura brasileira às imposições das correntes internacionais.
  3. estava relacionado a uma visão mais ampla de nacionalização das formas de expressão cultural, inclusive da pintura.
  4. foi vaiado, na sua primeira exposição, porque a artista pintou uma mulher negra nua, em desacordo com os padrões morais da época.
  5. demonstrou o isolamento do Brasil em relação à produção artística da América Latina, que não passara por inovações.

04. (UNESP) Expressionismo: Termo aplicado pela crítica e pela história da arte a toda arte em que as ideias tradicionais de naturalismo são abandonadas em favor de distorções ou exageros de forma e cor que expressam, de modo premente, a emoção do artista. Neste sentido mais geral, o termo pode ser aplicado à arte de qualquer período ou lugar que conceda às reações subjetivas um lugar de maior importância que à observação do mundo exterior.

(Ian Chilvers (org.). Dicionário Oxford de arte, 2007.)

De acordo com essa definição, pode ser considerada expressionista a obra:

05. (UNESP) Observe a imagem.

A Catedral de Notre-Dame, em Paris, parcialmente destruída por um incêndio em abril de 2019, é um exemplo da arquitetura

  1. gótica, expressa na verticalidade e no emprego de arcos e vitrais.
  2. românica, expressa no desenho do teto e da abóbada principal.
  3. clássica, expressa na composição simétrica e na presença de colunas dóricas.
  4. art nouveau, expressa na utilização de elementos geométricos decorativos.
  5. eclética, expressa no pastiche entre elementos barrocos e neoclássicos.

06. (UNESP) O quadro não se presta a uma leitura convencional, no sentido de esmiuçar os detalhes da composição em busca de nuances visuais. Na tela, há apenas formas brutas, essenciais, as quais remetem ao estado natural, primitivo. Os contornos inchados das plantas, os pés agigantados das figuras, o seio que atende ao inexorável apelo da gravidade: tudo é raiz. O embasamento que vem do fundo, do passado, daquilo que vegeta no substrato do ser. As cabecinhas, sem faces, servem apenas de contraponto. Estes não são seres pensantes, produtos da cultura e do refinamento. Tampouco são construídos; antes nascem, brotam como plantas, sorvendo a energia vital do sol de limão. À palheta nacionalista de verde planta, amarelo sol e azul e branco céu, a pintora acrescenta o ocre avermelhado de uma pele que mais parece argila. A mensagem é clara: essa é nossa essência brasileira – sol, terra, vegetação. É isto que somos, em cores vivas e sem a intervenção erudita das fórmulas pictóricas tradicionais.

(Rafael Cardoso. A arte brasileira em 25 quadros, 2008. Adaptado.)

Tal comentário aplica-se à seguinte obra de Tarsila do Amaral (1886-1973):

07. (UNESP) Observe a gravura.

Produzida no início da década de 1910, a gravura representa a Revolução Mexicana como marcada

  1. pela participação feminina e pela recuperação de elementos da tradição pré-colombiana.
  2. pela vitória dos projetos revolucionários populares e pela construção de uma nova ordem social.
  3. pela negociação político-diplomática e pelos altos índices de assassinatos de mulheres.
  4. pela interferência de países estrangeiros e pela perda da autonomia do país.
  5. pela repressão governamental e pela imposição de castigos físicos aos revolucionários.

08. (UNESP) A partir do início do século XX, na França, alguns artistas vão subverter a concepção que se tinha da pintura. Em vez de simplesmente representar o que era visto, eles decidem representar aquilo que não podia ser visto. Os rostos de perfil têm dois olhos, a natureza se decompõe em formas geométricas... a realidade se revela em todas as suas facetas, como um cubo achatado.

(Christian Demilly. Arte em movimentos e outras correntes do século XX, 2016. Adaptado.)

Uma obra representativa da estética à qual o texto se refere está reproduzida em:

09. (UNICAMP) Leia o texto a seguir e observe a figura do Homem Vitruviano.

Ao longo da vida, cada vez mais, Leonardo da Vinci passou a perceber que a matemática era a chave para transformar suas observações em teorias. Não existe certeza na ciência em que a matemática não possa ser aplicada, declarou.

(Adaptado de Walter Isaacson, Leonardo da Vinci. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2017, p. 52.)

Assinale a alternativa que expressa adequadamente a correlação entre o texto e a imagem.

  1. Figura emblemática do Renascimento, Leonardo da Vinci destaca-se pela sua obra pictórica e por seu desenho do Homem Vitruviano. Para ele, arte e ciência se baseavam nas relações análogas entre homem e natureza preconizadas pela alquimia.
  2. O Homem Vitruviano de Leonardo da Vinci condensa uma série de estudos do artista, e mesmo a leitura de uma cópia manuscrita da obra de Vitrúvio. O desenho sintetiza uma relação harmônica entre homem e mundo pautada pela analogia geométrica.
  3. Na linhagem dos artistas-arquitetos-engenheiros renascentistas, Leonardo da Vinci dedicou-se ao estudo da perspectiva e especialmente da aritmética, buscando harmonizar as relações entre o homem e Deus no Homem Vitruviano.
  4. Leitor assíduo da física newtoniana, Leonardo da Vinci reconhecia que tanto a aritmética quanto a geometria poderiam ser usadas na arte, arquitetura e engenharia. Na elaboração do desenho do Homem Vitruviano, ele comprovou esta hipótese.

10. (UNESP) Na Europa, os artistas continuam a explorar caminhos traçados pelos primeiros pintores abstratos. Mas a abstração desses artistas não é geométrica: sua pintura não representa nenhuma realidade, tampouco procura reproduzir formas precisas. Cada artista inventa sua própria linguagem. Cores, formas e luz são exploradas, desenvolvidas e invadem as telas. Traços vivos e dinâmicos... Para cada um, uma abstração, um lirismo.

(Christian Demilly. Arte em movimentos e outras correntes do século XX, 2016. Adaptado.)

O comentário do historiador Christian Demilly aplica-se à obra reproduzida em:

11. (UNESP) Analise a tela Marat assassinado, pintada por Jacques-Louis David em 1793.

Essa pintura apresenta estilo

  1. gótico, expresso no confronto entre claro e escuro, e representa uma importante passagem bíblica.
  2. barroco, expresso no contraste entre os objetos retratados, e valoriza a importância da leitura e da escrita.
  3. romântico, expresso no conteúdo religioso da cena, e representa o predomínio da emoção sobre a razão.
  4. neoclássico, expresso na modelação da musculatura do corpo, e representa um episódio político da época.
  5. moderno, expresso na imprecisão das formas e dos contornos do desenho, e representa o cotidiano do homem da época.

12. (UNESP) Essa nova sensibilidade artística, apesar de heterogênea, pode ser resumida através da atenção à forma e ao tema, assim como ao processo. A forma inclui cores saturadas, formas simples, contornos relativamente nítidos e supressão do espaço profundo. O tema deriva de fontes preexistentes e manufaturadas para consumo de massa.

(David McCarthy. Movimentos da arte moderna, 2002. Adaptado.)

O comentário do historiador David McCarthy aplica-se à obra reproduzida em:

13. (UNESP) Nenhum dos filmes que vi, e me divertiram tanto, me ajudou a compreender o labirinto da psicologia humana como os romances de Dostoievski – ou os mecanismos da vida social como os livros de Tolstói e de Balzac, ou os abismos e os pontos altos que podem coexistir no ser humano, como me ensinaram as sagas literárias de um Thomas Mann, um Faulkner, um Kafka, um Joyce ou um Proust. As ficções apresentadas nas telas são intensas por seu imediatismo e efêmeras por seus resultados. Prendem-nos e nos desencarceram quase de imediato, mas das ficções literárias nos tornamos prisioneiros pela vida toda. Ao menos é o que acontece comigo, porque, sem elas, para o bem ou para o mal, eu não seria como sou, não acreditaria no que acredito nem teria as dúvidas e as certezas que me fazem viver.

(Mario Vargas Llosa. “Dinossauros em tempos difíceis”.www.valinor.com.br. O Estado de S. Paulo, 1996. Adaptado.)

Segundo o autor, sobre cinema e literatura é correto afirmar que

  1. a ficção literária é considerada qualitativamente superior devido a seu maior elitismo intelectual.
  2. suas diferenças estão relacionadas sobretudo às modalidades de público que visam atingir.
  3. as obras literárias desencadeiam processos intelectualmente e esteticamente formativos
  4. a escrita literária apresenta maior afinidade com os padrões da sociedade do espetáculo.
  5. as duas formas de arte mobilizam processos mentais imediatos e limitados ao entretenimento.

14. (UNIFESP) Tal vanguarda rompeu radicalmente com a ideia de arte como imitação da natureza, prevalecente na pintura europeia desde a Renascença. Seus principais adeptos abandonaram as noções tradicionais de perspectiva, tentando representar solidez e volume numa superfície bidimensional, sem converter pela ilusão a tela plana num espaço pictórico tridimensional. Múltiplos aspectos do objeto eram figurados simultaneamente; as formas visíveis eram analisadas e transformadas em planos geométricos, que eram recompostos segundo vários pontos de vista simultâneos. Tal vanguarda era e dizia ser realista, mas tratava-se de um realismo conceitual, e não óptico.

(Ian Chilvers (org). Dicionário Oxford de arte, 2007. Adaptado.)

Uma pintura representativa da vanguarda à qual o texto se refere está reproduzida em:

15. (UNICAMP)

Observe a obra do pintor Delacroix, intitulada A Liberdade guiando o povo (1830), e assinale a alternativa correta.

  1. Os sujeitos envolvidos na ação política representada na tela são homens do campo com seus instrumentos de ofício nas mãos.
  2. O quadro evoca temas da Revolução Francesa, como a bandeira tricolor e a figura da Liberdade, mas retrata um ato político assentado na teoria bolchevique.
  3. O quadro mostra tanto o ideário da Revolução Francesa reavivado pelas lutas políticas de 1830 na França quanto a posição política do pintor.
  4. No quadro, vê-se uma barricada do front militar da guerra entre nobres e servos durante a Revolução Francesa, sendo que a Liberdade encarna os ideais aristocráticos.

16. (UNIFESP) Tal movimento artístico floresceu em meados do século XX e baseava-se no imaginário do consumismo e da cultura popular. Foi visto como uma reação ao expressionismo abstrato, pois seus praticantes reintroduziram no repertório plástico imagens figurativas e fizeram uso de temas banais.

(Ian Chilvers (org.). Dicionário Oxford de arte, 2007. Adaptado.)

Uma obra representativa do movimento artístico retratado no texto está reproduzida em:

17. (Fuvest) Esta imagem integra o manuscrito de uma das mais notáveis obras da cultura medieval. A alternativa que melhor caracteriza o documento é:

  1. Fábula que enuncia o ideal eclesiástico, mescla a aventura cavalheiresca, o amor romântico e as aspirações religiosas que simbolizaram o espírito das cruzadas
  2. Poema inacabado que narra a viagem de formação de um cavaleiro e a busca do cálice sagrado; sua composição mistura elementos pagãos e cristãos
  3. Cordel muito popular, elaborado com base nos épicos celtas e lendas bretãs, divulgado para a conversão de fiéis durante a expansão do Cristianismo pelo Oriente
  4. Peça teatral que serviu para fortalecer o espírito nacionalista da Inglaterra, unindo a figura de um governante invencível a um símbolo cristão
  5. Romance que condensa vários textos, empregado pela Igreja para encorajar a aristocracia a assumir uma função idealizada na luta contra os inimigos de Deus

18. (Fuvest)

Em seu contexto de origem, o quadro acima corresponde a uma

  1. denúncia política das guerras entre as populações indígenas brasileiras.
  2. idealização romântica num contexto de construção da nacionalidade brasileira.
  3. crítica republicana à versão da história do Brasil difundida pela monarquia.
  4. defesa da evangelização dos índios realizada pelas ordens religiosas no Brasil.
  5. concepção de inferioridade civilizacional dos nativos brasileiros em relação aos indígenas da América Espanhola.

19. (UNIFESP) Nesta obra, o observador é atraído por uma ideia poética: a de um objeto que assume a substância do material em que se sente à vontade.

(Marcel Paquet. René Magritte: o pensamento tornado visível, 2000. Adaptado.)

Tal comentário aplica-se à seguinte obra do pintor belga René Magritte (1898-1967):

20. (UNESP) Instrução: A questão toma por base duas passagens do livro A linguagem harmônica da Bossa Nova, do docente e pesquisador da Unesp José Estevam Gava.

Momento Bossa Nova

Nos anos 1940, o samba-canção já era uma alternativa para o samba tradicional, batucado, quadrado. Em sua gênese foram empregados recursos correntes na música erudita europeia e na música popular norte-americana. Já era algo mais sofisticado, praticado por compositores e arranjadores com maior preparo musical e sempre de ouvido aberto para as soluções propostas pela música estrangeira. O jazz, por exemplo, mais tarde permitiria fusões interessantes como o “samba-jazz” e o “samba moderno”, com arranjos grandiosos e com base nos instrumentos de sopro. Mas, em termos de poesia e expressividade, o samba-canção tendia a manter seu caráter escuro, sombrio, com muitos elementos que lembravam a atmosfera tensa e pessimista do tango argentino e do bolero, gêneros latinos por excelência.

O samba-canção esteve desde logo ambientado em Copacabana,lugar de vida noturna intensa, boates enfumaçadas, mulheres adultas e fatais envoltas num clima de pecado e traição, enquanto a Bossa Nova ambientou-se mais para o Sul, em Ipanema, além de tornar-se representativa de um público mais jovem, amante do sol e da praia. Nesse ambiente solar, a mulher passou a ser a garota da praia, a namorada. Deu-se um descanso às imagens de “amante proibida e vingativa, com uma navalha na liga. E as letras da Bossa Nova não tinham nada de enfumaçado. Eram uma saga oceânica: a nado, numa prancha ou num barquinho, seus compositores prestaram todas as homenagens possíveis ao mar e ao verão. Esse mar e esse verão eram os de Ipanema” (Castro, 1999, p. 59).

A Bossa Nova levou aos extremos a tendência intimista de cantar sobre temas do cotidiano, sem muita complicação poética. Em vez da negatividade do samba-canção, explorou ao máximo a positividade expressiva e um otimismo sem precedentes. Esse foi o grande traço distintivo entre a Bossa Nova e o samba-canção. O otimismo diante do amor trouxe consigo imagens de paz e estabilidade possibilitadas por relacionamentos amorosos felizes e amores correspondidos, sem as cores patológicas e dramáticas que tanto marcavam os sambas canções. Mesmo a dor, quando ocorria, era encarada como um estágio passageiro, deixando de assumir o antigo caráter terminal.

Em plenos anos 1950, quando nas rádios predominava o derramamento vocal e sentimental, Tom Jobim já buscava um retraimento expressivo pautado por um discurso poético/musical mais sereno, mais em tom de conversa do que de súplica. Se os mais jovens identificavam-se com essas coisas novas, os mais velhos e tradicionalistas viam-nas com estranheza, sendo compreensível que as descrevessem como canções bobas e ingênuas, não obstante a sofisticação harmônica e rítmica.

(José Estevam Gava. A linguagem harmônica da Bossa Nova. São Paulo: Editora Unesp, 2002.)

Seguindo as lições do fragmento apresentado sobre as características temáticas de cada gênero musical, aponte quais dos quatro seguintes exemplos fazem parte de letras de sambascanções.

I. Não falem dessa mulher perto de mim, / Não falem pra não me lembrar minha dor

(Cabelos brancos, de Marino Pinto e Herivelto Martins.)

II. Doce é sonhar / E pensar que você / Gosta de mim / Como eu de você

(Este seu olhar, de A. C. Jobim.)

III. Eu não seria essa mulher que chora / Eu não teria perdido você

(Castigo, de Dolores Duran.)

IV. Ah! se eu pudesse te mostrar as flores / Que cantam suas cores pra manhã que nasce

(Ah! se eu pudesse, de Roberto Menescal e Ronaldo Boscoli.)

  1. I e II.
  2. I e III.
  3. II e III.
  4. I, II e III.
  5. II, III e IV.

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