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Movimento Abolicionista

Lista de 10 exercícios de História com gabarito sobre o tema Movimento Abolicionista com questões de Vestibulares.


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01. (ENEM PPL 2017) O movimento abolicionista, que levou à libertação dos escravos pela Lei Aurea em 13 de maio de 1888, foi a primeira campanha de dimensões nacionais com participação popular. Nunca antes tantos brasileiros se haviam mobilizado de forma tão intensa por uma causa comum, nem mesmo durante a Guerra do Paraguai. Envolvendo todas as regiões e classes sociais, carregou multidões a comícios e manifestações públicas e mudou de forma dramática as relações políticas e sociais que até então vigoravam no país.

GOMES, L. 1889. São Paulo: Globo, 2013 (adaptado).

  1. imprensa escrita.
  2. oficialato militar.
  3. corte palaciana.
  4. clero católico.
  5. câmara de representantes.

02. (PUC-RS) Responder à questão com base nas afirmativas abaixo, sobre o movimento abolicionista no Brasil, na segunda metade do século XIX.

I. A campanha abolicionista reforçava-se pela pressão antiescravista internacional e pelo fato de o Brasil ser o último país independente a manter a escravidão após 1865.

II. O movimento abolicionista tinha a participação de setores agrários não-vinculados à escravidão e das camadas médias urbanas: intelectuais, profissionais liberais e estudantes universitários.

III. Importantes setores do abolicionismo viam a necessidade de serem criados meios de integração dos negros à sociedade na condição de trabalhadores assalariados após a abolição.

Pela análise das afirmativas, conclui-se que

  1. apenas a I está correta.
  2. apenas a III está correta.
  3. apenas a I e a II estão corretas.
  4. apenas a II e a III estão corretas.
  5. a I, a II e a III estão corretas.

03. (CN) Após três séculos de construção de um espaço geográfico formado por luso-brasileiros, indígenas e negros, a partir do século XIX o Brasil passaria a receber uma renovação populacional. As elites agrárias, sentindo o peso do movimento abolicionista e das pressões da Grã-Bretanha pelo fim da escravidão, começaram a ter cada vez mais dificuldades para manter o tráfico de escravos.

Martini, Alice de. Geografia Ação e Transformação. 1. ed. São Paulo: Escala Educacional, 2016, pg. 84.

Sobre a realidade que envolve o contexto dos principais fluxos imigratórios para o Brasil e que contribuíram para a sua formação étnica e econômica, assinale a opção correta.

  1. Os portugueses representam o grupo mais numeroso de imigrantes que vieram para o Brasil, mesmo considerando apenas a imigração a partir de 1822. Esse grupo se dedicou apenas a atividades urbanas e se concentrou especialmente no Estado de São Paulo.
  2. A imigração italiana ocorreu a partir de 1870, concentrando-se no Estado do Rio Grande do Sul e Paraná, onde desenvolveram atividades ligadas ao setor vinícola. Somente a partir da segunda metade do século XIX e início dos anos 1970 esses imigrantes se fixaram no Estado de São Paulo.
  3. A imigração dos espanhóis teve início no fim do século XIX, quando foram encaminhados para trabalhar nas fazendas de café no Estado de São Paulo. São considerados um dos cinco maiores grupos de imigrantes europeus que se deslocaram para o Brasil.
  4. A imigração alemã associou-se a um programa de colonização idealizado pelo governo brasileiro, cujo objetivo era o desenvolvimento da agricultura e ocupação da Região Sudeste. Esse grupo de imigrantes teve grande importância na formação do mercado consumidor dessa região.
  5. A entrada de japoneses no país teve início na primeira metade do século XIX, com a chamada “imigração subsidiada”. Esse grupo se fixou no Estado de São Paulo e contribuiu para o desenvolvimento das plantações de café e, ali, especialmente, da pimenta do reino.

04. (UFRR) Diversos projetos abolicionistas invadiram a cena política brasileira no último quarto do século XIX. O de André Rebouças foi um dos mais radicais. Talvez, por isso, tenha acabado derrotado. [...] Dedicado a compreender os mecanismos que emperravam o desenvolvimento do país, chegou à conclusão de que vivíamos um bloqueio estrutural para a emergência de indivíduos livres. E que a libertação dos escravos, por si só, não seria suficiente.

(CARVALHO, Maria Alice Rezende de. “Liberdade é terra”. In FIGUEIREDO, Luciano (org.). A era da escravidão. Rio de Janeiro: Sabin, 2009. (Coleção Revista de História no Bolso;3), p. 85).

A trajetória e as ideias do engenheiro baiano André Rebouças – mulato e filho de um relevante membro da elite política monárquica no Brasil – demonstram a diversidade do movimento abolicionista no século XIX.

Sobre as lutas pela abolição do sistema escravocrata brasileiro, assinale a alternativa CORRETA.

  1. A luta radical pela extinção imediata da escravidão, no século XIX, comprova a existência de uma elite aristocrática abolicionista ligada à agroexportação cafeeira em permanente enfrentamento com a Coroa brasileira, desde os tempos da assembleia constituinte de 1823.
  2. A defesa da abolição da escravidão, da reforma agrária e da consequente transformação dos exescravos em pequenos produtores rurais independentes comprova a presença de um ideário modernizante nas lutas abolicionistas no Brasil.
  3. O projeto de abolição radical, que compreendia a libertação dos escravizados, mas também a democratização do acesso à terra, teve o apoio de setores da alta cúpula do Exército, a despeito da manutenção do respeito hierárquico à função estatal de punir as fugas de escravizados no Brasil.
  4. A proposta de promoção da cidadania política plena aos ex-escravos acompanhou o debate abolicionista brasileiro, atenuando, ao longo do século XIX, o crescimento das revoltas escravas e, consequentemente, arrefecendo o preconceito racial no Brasil monárquico.
  5. A ala radical do movimento abolicionista consolidou a articulação de todos os senadores do Império, ao defender a inserção dos ex-escravos na sociedade e a desobediência civil contra a “Lei Saraiva-Cotegipe” aprovada pelo Parlamento brasileiro, na segunda metade do século XIX.

05. (ENEM 2015) TEXTO I

Em todo o país, a lei de 13 de maio de 1888 libertou poucos negros em relação à população de cor. A maioria já havia conquistado a alforria antes de 1888, por meio de estratégias possíveis. No entanto, a importância histórica da lei de 1888 não pode ser mensurada apenas em termos numéricos. O impacto que a extinção da escravidão causou numa sociedade constituída a partir da legitimidade da propriedade sobre a pessoa não cabe em cifras.

ALBUQUERQUE. W. O jogo da dissimulação: abolição e cidadania negra no Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 2009 (adaptado).

TEXTO II

Nos anos imediatamente anteriores à Abolição, a população livre do Rio de Janeiro tornou-se mais numerosa e diversificada. Os escravos, bem menos numerosos que antes, e com os africanos mais aculturados, certamente não se distinguiam muito facilmente dos libertos e dos pretos e pardos livres habitantes da cidade. Também já não é razoável presumir que uma pessoa de cor seja provavelmente cativa, pois os negros libertos e livres poderiam ser encontrados em toda parte.

CHALHOUB, S. Visões da liberdade: uma história das últimas décadas da escravidão na Corte. São Paulo: Cia. das Letras, 1990 (adaptado).

Sobre o fim da escravidão no Brasil, o elemento destacado no Texto I que complementa os argumentos apresentados no Texto II é o(a)

  1. variedade das estratégias de resistência dos cativos.
  2. controle jurídico exercido pelos proprietários.
  3. inovação social representada pela lei.
  4. ineficácia prática da libertação.
  5. significado político da Abolição.

06. (Unicentro) O movimento abolicionista, na Província do Paraná,

  1. produziu acirrado debate político entre defensores e opositores, igualmente dependentes do trabalho escravo.
  2. passou despercebido do grande público que, por desconhecê-lo, não se interessou pelo problema.
  3. recebeu o apoio da maioria da sociedade livre, que acreditava ser o imigrante europeu a solução para o problema da mão de obra local.
  4. foi sistematicamente combatido pelos imigrantes norte-americanos, que pretendiam reproduzir na Província a experiência escravista trazida dos Estados Unidos.
  5. foi pioneiro, sendo ela a primeira província, no Brasil, a libertar seus escravos.

07. (Cesupa) No Brasil de 1883 foi publicado um dos mais importantes livros escritos sobre a questão escrava, intitulado O Abolicionismo. Esta obra, escrita por Joaquim Nabuco, tornou-se a marca de um movimento social importante no período final do Império.

Embora não fosse a única forma de pensar a extinção da escravidão no Brasil, a referida obra tornou-se um modelo fundamental da campanha abolicionista que pregava a extinção da escravidão por meio de um (a)

  1. lei chamada Áurea, decretada pela força da monarquia constitucional e através do poder moderador do rei, que deveria fazer este ato tanto por louvor à liberdade, quanto por questões religiosas e humanitárias.
  2. campanha nacional abolicionista que incluía tanto a conscientização dos senhores donos de escravos para um processo de abolição gradual da escravidão, quanto a pressão popular e escrava e sua luta contra os que não agissem como abolicionistas.
  3. série de leis parlamentares, em especial a do Ventre Livre, e de uma campanha que estimulasse senhores a libertarem seus escravos de maneira gradual e segura, sem a participação direta dos escravos.
  4. conjunto de leis anti escravistas (lei anti tráfico -1831), Lei do Ventre Livre (1883) e Lei dos Sexagenários (1885), que preparariam o escravo e seu senhor para uma lei maior (Áurea de 1888), feita pelo Parlamento e promulgada pela Imperatriz Izabel em um ato de filantropia e bondade régia.

08. (UNICAMP) “Ninguém é mais do que eu partidário de uma política exterior baseada na amizade íntima com os Estados Unidos. A Doutrina Monroe impõe aos Estados Unidos uma política externa que se começa a desenhar. (…) Em tais condições a nossa diplomacia deve ser principalmente feita em Washington (...). Para mim a Doutrina Monroe (...) significa que politicamente nós nos desprendemos da Europa tão completamente e definitivamente como a lua da terra.”

(Adaptado de Joaquim Nabuco, citado por José Maria de Oliveira Silva, “Manoel Bonfim e a ideologia do imperialismo na América Latina”, em Revista de História, n. 138. São Paulo, jul. 1988, p.88.)

Sobre o contexto ao qual o político e diplomata brasileiro Joaquim Nabuco se refere, é possível afirmar que:

  1. A Doutrina Monroe a que Nabuco se refere, estabelecida em 1823, tinha por base a ideia de “a América para os americanos”.
  2. Joaquim Nabuco, em sua atuação como embaixador, antecipou a política imperialista americana de tornar o Brasil o “quintal” dos Estados Unidos.
  3. Ao declarar que a América estava tão distante da Europa “como a lua da terra”, Nabuco reforçava a necessidade imediata de o Brasil romper suas relações diplomáticas com Portugal.
  4. O pensamento americano considerava legítimas as intenções norte-americanas na América Central, bem como o apoio às ditaduras na América do Sul, desde o século XIX.

09. (ENEM 2008) O abolicionista Joaquim Nabuco fez um resumo dos fatores que levaram à abolição da escravatura com as seguintes palavras: “Cinco ações ou concursos diferentes cooperaram para o resultado final: 1º-) o espírito daqueles que criavam a opinião pela idéia, pela palavra, pelo sentimento, e que a faziam valer por meio do Parlamento, dos meetings[reuniões públicas], da imprensa, do ensino superior, do púlpito, dos tribunais; 2º-) a ação coercitiva dos que se propunham a destruir materialmente o formidável aparelho da escravidão, arrebatando os escravos ao poder dos senhores; 3º-) a ação complementar dos próprios proprietários, que, à medida que o movimento se precipitava, iam libertando em massa as suas ‘fábricas’; 4º-) a ação política dos estadistas, representando as concessões do governo; 5º-) a ação da família imperial.”

Joaquim Nabuco. Minha formação. São Paulo: Martin Claret, 2005, p. 144 (com adaptações).

Nesse texto, Joaquim Nabuco afirma que a abolição da escravatura foi o resultado de uma luta

  1. de idéias, associada a ações contra a organização escravista, com o auxílio de proprietários que libertavam seus escravos, de estadistas e da ação da família imperial.
  2. de classes, associada a ações contra a organização escravista, que foi seguida pela ajuda de proprietários que substituíam os escravos por assalariados, o que provocou a adesão de estadistas e, posteriormente, ações republicanas.
  3. partidária, associada a ações contra a organização escravista, com o auxílio de proprietários que mudavam seu foco de investimento e da ação da família imperial.
  4. política, associada a ações contra a organização escravista, sabotada por proprietários que buscavam manter o escravismo, por estadistas e pela ação republicana contra a realeza.
  5. religiosa, associada a ações contra a organização escravista, que fora apoiada por proprietários que haviam substituído os seus escravos por imigrantes, o que resultou na adesão de estadistas republicanos na luta contra a realeza.

10. (Univag) Vimos o que foi o tráfico. Pois bem, essa trilogia infernal, cuja primeira cena era a África, a segunda o mar, a terceira o Brasil, é toda a nossa escravidão.

O abolicionismo foi publicado em primeira edição em 1883.

No excerto, o autor alude

  1. à uniformidade cultural resultante das relações de trabalho no Hemisfério Sul.
  2. à crise da economia de exportação com os custos elevados do trabalho.
  3. à intensificação do trabalho obrigatório com as independências coloniais.
  4. à conquista militar brasileira de territórios fornecedores de mão de obra.
  5. à rede intercontinental que sustentou a exploração do trabalho compulsório.

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