Home > Banco de Questões > História > Brasil Império >Imigração no Segundo Reinado

Imigração no Segundo Reinado

Lista de 10 exercícios de História com gabarito sobre o tema Imigração no Segundo Reinado com questões de Vestibulares.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Imigração no Segundo Reinado.




01. (ESPM) A cafeicultura, nas regiões pioneiras do oeste de São Paulo, estava em franca expansão e demandava maiores contingentes de trabalhadores rurais. Os fazendeiros, diante do problema, recorreram à imigração, trazendo, a partir da segunda metade do século XIX, milhares de estrangeiros para trabalhar nos cafezais.

Foi desenvolvida uma iniciativa que consistia em custear, a título de antecipação dos rendimentos, o transporte de trabalhadores europeus até as fazendas, bem como sustentá-los e as suas famílias nos primeiros tempos de sua permanência na propriedade.

Assim que instalados, os imigrantes deviam dar início aos trabalhos, cultivando café e gêneros de subsistência e, dos resultados com suas lavouras, retinham 1/3 dos lucros, entregando o restante ao fazendeiro para amortizar a dívida inicial.

(Cláudio Vicentino e Gianpaolo Dorigo. História do Brasil.)

A iniciativa descrita no texto deve ser relacionada com:

  1. sistema de colonato;
  2. imigração interna;
  3. imigração custeada pelo governo;
  4. imigração ilegal;
  5. sistema de parceria.

02. (UEA - SIS) Convencidos de que a escravidão estava destinada a desaparecer [...], os latifundiários brasileiros decidiram preparar-se para o inevitável. Já nos anos 1850 fazendeiros das áreas cafeeiras – alguns dos mais necessitados de mão de obra – tornaram-se interessados em promover a imigração e em substituir os escravos por imigrantes. As primeiras experiências falharam, e os fazendeiros de café recorreram ao tráfico de escravos interno. Mais tarde, quando as pressões abolicionistas aumentaram e leis contra o tráfico entre províncias foram promulgadas, os fazendeiros das áreas pioneiras buscaram na Itália os trabalhadores de que necessitavam.

(Emília Viotti da Costa. Da Monarquia à República: momentos decisivos, 1987.)

O texto caracteriza o fim da escravidão e o avanço da imigração no Brasil como

  1. a imposição dos propósitos e das ações abolicionistas contra os interesses do conjunto dos cafeicultores brasileiros.
  2. um processo gradual, que ganhou força depois da proibição do tráfico atlântico de africanos escravizados.
  3. uma tentativa, liderada pelos setores avançados da cafeicultura, de implementar uma democracia racial no país.
  4. o sucesso da ação do governo brasileiro, que coordenou o abolicionismo e decretou a libertação dos escravos antes das demais nações do continente.
  5. uma surpresa, dado seu caráter repentino, para os setores cafeicultores e para os participantes da luta abolicionista.

03. (FGV-SP) Terra do sonho é distante/e seu nome é Brasil/ plantarei a minha vida/ debaixo de céu anil/ Minha Itália, Alemanha/ Minha Espanha, Portugal/ talvez nunca mais eu veja/ minha terra natal.

Milton Nascimento. Sonho imigrante.

Acerca do processo de imigração para o Brasil, registrado no século XIX, é correto afirmar:

  1. O Brasil tornou-se o destino preferencial dos imigrantes europeus graças à possibilidade de se constituírem pequenos proprietários rurais devido à promulgação da Lei de Terras em 1850.
  2. Desde a proclamação da independência do Brasil, a imigração europeia foi estimulada pelo governo central como uma maneira de atender às pressões inglesas pelo fim da escravidão no país.
  3. O fluxo imigratório só deslanchou no Brasil após as alterações nas leis trabalhistas que garantiram condições de trabalho análogas àquelas oferecidas no continente europeu.
  4. A partir da década de 1870, com as iniciativas do governo de São Paulo, intensificou-se o fluxo imigratório de europeus para a província paulista destinados, sobretudo, à produção cafeeira.
  5. A modernização das atividades agrícolas brasileiras iniciaram-se a partir do declínio da produção canavieira e com o desenvolvimento do complexo cafeeiro na região do Recôncavo Baiano e do Sul da Bahia.

04. (FAMERP) Entre os esforços de estímulo à imigração para o Brasil, empreendidos durante o Segundo Reinado, podemos citar

  1. o apoio do imperador à introdução da mão de obra assalariada nas lavouras de cana, nos anos 1840 e 1850, e a campanha abolicionista, nos anos 1870 e 1880.
  2. a experiência com o sistema de parceria, nas décadas de 1840 e 1850, e as propagandas do governo brasileiro na Europa, nas décadas de 1870 e 1880.
  3. o reconhecimento da importância da mão de obra especializada para a nascente indústria brasileira e a súbita elevação, na década de 1880, do preço dos escravos.
  4. o fim do tráfico de escravos, na década de 1850, e o declínio da produção de café e de açúcar, entre as décadas de 1870 e 1880.
  5. a tolerância à diversidade religiosa dos imigrantes e a proibição, nos anos 1850, do emprego de mão de obra escrava nas lavouras de café do Oeste paulista.

05. (UEA) Com a imigração, o mercado interno se alarga consideravelmente. Os colonos do café e os demais trabalhadores do complexo cafeeiro – ferroviários, ensacadores, portuários, empregados das casas de comércio e dos bancos – recebiam salários, que deveriam lhes permitir algum consumo de produtos da indústria, sobretudo, roupas e outros artigos de tecidos.

(Paul Singer. “Interpretação do Brasil: uma experiência histórica de desenvolvimento”. In: O Brasil republicano, 1986.)

A economia do café exerceu um papel essencial no início da industrialização do Brasil, na medida em que

  1. exigiu do governo brasileiro o controle da qualidade do produto exportado.
  2. aboliu a polaridade senhor/escravo e extinguiu a economia de exportação.
  3. nacionalizou o processo produtivo do plantio à exportação da mercadoria.
  4. atraiu trabalhadores do Nordeste brasileiro e contraiu o mercado consumidor.
  5. estimulou outras atividades econômicas e diversificou a sociedade.

06. (UFT) O ano de 1850 significou, de fato, um marco decisivo na história do Segundo Reinado. No poder desde 1848, estava um Ministério nitidamente conservador, Araújo Lima (Marquês de Olinda), Euzébio de Queiroz, Paulino José Soares de Souza e Joaquim José Rodrigues Torres. Esse Ministério legislaria sobre questões fundamentais: o problema da estrutura agrária, a questão da escravidão e o incentivo à imigração.

São medidas vinculadas a esse Ministério:

  1. A Lei de Terras, a abolição do tráfico de escravos e a reforma da Guarda Nacional.
  2. A abolição do tráfico de escravos, a criação de corpos de voluntários para combater na Guerra do Paraguai e a reforma da Guarda Nacional.
  3. A Lei do Sexagenário, a criação de corpos de voluntários para combater na Guerra do Paraguai e a abolição do tráfico de escravos.
  4. A Lei de Terras, a Lei do Ventre Livre e a reforma da Guarda Nacional.
  5. A Lei do Sexagenário, a Lei de Terras e a Lei do Ventre Livre.

07. (FUVEST) A imigração de italianos (desde o final do século XIX) e a de japoneses (desde o início do século XX), no Brasil, estão associadas a

  1. uma política nacional de atração de mão-de-obra para a lavoura e às transformações sociais provocadas pelo capitalismo na Itália e no Japão.
  2. interesses geopolíticos do governo brasileiro e às crises industrial e política pelas quais passavam a Itália e o Japão.
  3. uma demanda de mão-de-obra para a indústria e às pressões políticas dos fazendeiros do sudeste do país.
  4. uma política nacional de fomento demográfico e a um acordo com a Itália e o Japão para exportação de matérias-primas.
  5. acordos internacionais que proibiram o tráfico de escravos e à política interna de embranquecimento da população brasileira.

08. (PUC-PR) Em 1850, no Segundo Império brasileiro, diversas medidas de caráter político e econômico buscaram a modernização do Brasil Imperial: extinguiu-se o tráfico negreiro e essa medida proibitiva da importação de escravos liberou capital para outras atividades de negócios no Brasil imperial: surgiram bancos e indústrias, bem como empresas de navegação. Promulgouse, ainda, a Lei de Terras e foi aprovado o primeiro Código Comercial. Na esfera política, o Brasil Imperial conheceu a conciliação entre liberais e conservadores num ministério presidido pelo Marquês de Paraná. Concomitantemente a todas essas transformações, apontava-se também para a extinção do uso de mão de obra escrava negra no Império brasileiro: o Brasil inicia sua grande imigração e busca de mão de obra europeia para trabalhar nas fazendas de café. Ao buscar mão de obra europeia livre e assalariada para a lavoura, o Brasil nega a si mesmo a possibilidade de transformar os escravos negros em trabalhadores livres assalariados. Tendo em vista a temática acerca da mão de obra escrava e da mão de obra branca livre e assalariada, marque a alternativa CORRETA.

  1. Os grandes fazendeiros não conseguiam imaginar transformar o regime de trabalho da grande massa de trabalhadores escravos num regime de trabalho livre e assalariado; ainda em relação à temática do trabalho escravo versus trabalho livre e assalariado executado por imigrantes, podemos afirmar que chegavam ao Brasil ideias de caráter racista de autores europeus como Buckle e Gobineau, ou seja, escravos, ex-escravos e mestiços eram vistos como inferiores por essa corrente ideológica, portanto, receber imigrantes brancos poderia promover o branqueamento da raça no Brasil.
  2. É possível afirmar que a massa de escravos adaptar-se-ia, rapidamente, à nova condição de trabalhador livre e assalariado, afinal, o mercado de trabalho estaria recebendo mão de obra especializada e habituada ao trabalho capitalista.
  3. As teorias raciais que chegavam ao Brasil não encontravam eco nas preocupações da elite brasileira porque aqui a mestiçagem não era comum, sendo a maioria da população branca, ou seja, não havia interesse em europeizar o Brasil.
  4. A proibição do tráfico negreiro, estabelecida em 1850, e sua consequente extinção, não provocaram o aumento do preço do escravo no Brasil do Segundo Império.
  5. Após 1850, o suprimento de cativos no Brasil não ocorreu de maneira nenhuma, ou seja, também não houve o chamado tráfico interprovincial.

09. (UDESC) Assinale a alternativa incorreta, sobre o processo de imigração no Brasil, nos séculos XIX e XX.

  1. Pressionados pelos vários relatos de maus tratos sofridos pelos imigrantes no território brasileiro, governos europeus, como o italiano e o espanhol no início do século XX , restringiriam a emigração para o Brasil.
  2. Depois de 1822 o novo governo imperial procurou trazer imigrantes europeus para colonizar o vasto território brasileiro. A imigração de alemães, suíços e de outros germânicos dominaria a primeira metade do século XIX.
  3. A partir, mais ou menos, de 1880, o problema da mão-de-obra para manter as lavouras de café, base da economia nacional, provocaria uma explosão da imigração no Brasil.
  4. Dentro da questão da imigração, também havia outras motivações claramente racistas: branquear o Brasil, para civilizá-lo .
  5. O processo de imigração no Brasil foi bastante uniforme, principalmente se compararmos os imigrantes instalados em Santa Catarina com aqueles instalados em São Paulo, no final do século XIX.

10. (UFPR) No Brasil, desde 2011, tem havido diversas comemorações dos 150 anos da Unificação Italiana, relembrando os fortes laços culturais entre os dois países. Sobre a relação entre a Unificação Italiana e a imigração de italianos para as Américas, é correto afirmar:

  1. A Unificação Italiana foi o resultado de uma série de revoltas populares, que culminaram em 1861 com a formação de uma república socialista sob a direção de Giuseppe Mazzini. A burguesia, que não concordava com o novo regime, emigrou para as Américas, levando capital suficiente para iniciar a industrialização em países como a Argentina, o Brasil e os Estados Unidos.
  2. O processo da Unificação Italiana contou com a intensa participação do Império brasileiro, pois D. Pedro II almejava estabelecer relações comerciais com os italianos. É notória a participação de Giuseppe Garibaldi na política brasileira do período imperial. Após a unificação, contudo, nem o Brasil nem os demais países aliados conseguiram levantar a Itália de uma profunda crise econômica, o que levou a uma grande leva emigratória para as Américas de 1880 a 1930.
  3. A Unificação Italiana foi um processo iniciado no início do século XIX, que se concluiu em 1861, com uma monarquia constitucionalista, sob o comando de uma aliança entre burgueses e latifundiários, que afastou os setores populares do poder. Muitos italianos camponeses e trabalhadores saíram empobrecidos após a unificação, o que estimulou uma intensa emigração para as Américas entre 1880 e 1930, engrossando fileiras de trabalhadores agrícolas e operários.
  4. A Unificação Italiana durou de 1861 a 1870, agregando estados independentes sob a direção do reino de Piemonte-Sardenha. Porém, sua conclusão só foi possível após a Unificação Alemã, que marcou o fim da ingerência de Otto Von Bismark na política europeia. Após esse processo, o monarca instituído perseguiu duramente seus inimigos políticos, que emigraram para as Américas.
  5. A emigração italiana para as Américas teve início por conta de uma série de dificuldades financeiras causadas por problemas climáticos, que, por volta de 1850, prejudicaram as colheitas. O volume de emigrantes intensificou-se após a Unificação em 1861, em decorrência do fato de que o governo anarquista instituído fracassou na tentativa de reerguer o país.

Clique Para Compartilhar Esta Página Nas Redes Sociais



Você acredita que o gabarito esteja incorreto? Avisa aí 😰| Email ou WhatsApp