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Jesuítas

Lista de 10 exercícios de História do Brasil com gabarito sobre o tema Jesuítas com questões de Vestibulares.

Confira as videoaulas, teoria e questões sobre: Brasil Colônia.






01. (UFAM) No século XVII, um missionário jesuíta afirmou em carta ao rei de Portugal que: “Cativar índios e tirar de suas veias o ouro vermelho foi sempre a mina daquele Estado [do Maranhão e Grão-Pará]”. No século seguinte, outro jesuíta afirmou algo semelhante: “Sabem todos os europeu moradores do Amazonas, e o dizem publicamente, que os nervos daquele Estado [do Grão-Pará e Maranhão] são as missões dos índios”.

Assinale a alternativa CORRETA quanto aos respectivos padres jesuítas:

  1. Luís Figueira e Cristóvão de Lisboa.
  2. Antônio Vieira e João Daniel.
  3. Samuel Fritz e Serafim Leite.
  4. Cristóbal de Acuña e Gaspar de Carvajal.
  5. Gabriel Malagrida e Miguel de Bulhões.

02. (ACAFE) A História do Brasil Colônia é marcada por diversas revoltas sociais e complexos processos de resistência ao Estado português e à Igreja.

Acerca desse contexto, analise as afirmações a seguir.

I. A resistência dos escravos ocorreu, dentre outras formas, através das fugas, revoltas e na formação de agrupamentos conhecidos como quilombos.

II. A Inquisição que se instalou no Brasil no século XVIII, em Minas Gerais, perseguiu principalmente as seitas cristãs dissidentes do catolicismo. A revolta desses grupos, pouco conhecida, acabou por ser duramente reprimida com execuções sumárias, degredo e prisões.

III. As populações indígenas sofreram com a escravização. Os conflitos foram muito violentos e levaram, em muitos casos, à extinção de vários povos indígenas.

IV. As Guerras Guaraníticas opuseram, no século XVIII, milhares de índios às tropas portuguesas lideradas pelos Jesuítas, que desejavam a conversão ou a escravização dos índios.

V. Durante a ocupação holandesa no nordeste, no século XVII, foram os grupos indígenas que mais resistiram, pois a Companhia das Índias Ocidentais escravizou e deportou grande quantidade de índios para suas colônias de produção de açúcar no Caribe.

Todas as afirmações corretas estão em:

  1. III - IV
  2. I - III
  3. II - III - V
  4. I - II - IV

03. (UEFS) A maioria das ordens religiosas que se instalaram nas capitanias do Norte possuía engenhos. Os carmelitas e os beneditinos contavam com mais de um engenho na Bahia, cujos lucros revertiam em benefício das atividades dessas ordens. Os jesuítas chegaram a possuir seis engenhos na Bahia, entre eles, o de Sergipe do Conde, no Recôncavo, e o Engenho Santana, em Ilhéus. Os engenhos das corporações religiosas, bem como aqueles que pertenciam a particulares, utilizavam os mesmos métodos de trabalho e a mesma mão de obra presentes nas demais propriedades da colônia.

(Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do Brasil: uma interpretação, 2008. Adaptado.)

A partir do texto é correto concluir que, no Brasil colonial, a Igreja Católica

  1. apoiou os interesses dos senhores de engenho, mas evitou envolver-se diretamente em qualquer atividade econômica.
  2. lutou para impedir a escravidão, protegendo os indígenas nas reduções e defendendo o fim do tráfico de africanos.
  3. tolerou a presença de mão de obra escrava nos engenhos, mas não a utilizou nas propriedades que controlava.
  4. rejeitou a política abolicionista da metrópole, estimulando o emprego de mão de obra escrava nas lavouras.
  5. atuou no sentido de impedir a escravização dos indígenas, mas aceitava o emprego da mão de obra de africanos escravizados.

04. (Fuvest) Os primeiros jesuítas chegaram à Bahia com o governador-geral Tomé de Sousa, em 1549, e em pouco tempo se espalharam por outras regiões da colônia, permanecendo até sua expulsão, pelo governo de Portugal, em 1759. Sobre as ações dos jesuítas nesse período, é correto afirmar que:

  1. criaram escolas de arte que foram responsáveis pelo desenvolvimento do barroco mineiro.
  2. defenderam os princípios humanistas e lutaram pelo reconhecimento dos direitos civis dos nativos.
  3. foram responsáveis pela educação dos filhos dos colonos, por meio da criação de colégios secundários e escolas de “ler e escrever”.
  4. causaram constantes atritos com os colonos por defenderem, esses religiosos, a preservação das culturas indígenas.
  5. formularam acordos políticos e diplomáticos que garantiram a incorporação da região amazônica ao domínio português.

05. (UNIFENAS) Em 1640, os paulistas expulsaram os jesuítas da cidade, criando as condições para uma atividade que obteria o apoio de todos os donos de escravos, da Bahia ao Sul. Livres dos padres, os paulistas tornaram-se caçadores implacáveis de índios.

(Jorge Caldeira, Viagem pela História do Brasil, Companhia das Letras, SP, 1997, p. 57)

Tendo como base a leitura do texto, identifique a atividade colonial descrita.

  1. tráfico de escravos africanos.
  2. extrativismo.
  3. bandeirismo.
  4. conquista de terras para a agricultura.
  5. mineração.

06. (UnirG) Leia o texto a seguir.

A diferenciação entre o tocantinense e o goiano, entre o explorado e o explorador, entre a ocupação do norte por jesuítas pacíficos e a do sul por bandeirantes violentos, serviu de alimento à narração da epopeia tocantinense e de base para justificar a separação do território goiano.

RODRIGUES, Jean Carlos. O estado do Tocantins: política e religião na construção do espaço de representação tocantinense. Tese de doutorado. Unesp, 2008, p. 73. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/105048/rodrigues_jc_dr_prud.pdf?sequence=1. Acesso em: 10 maio 2019. (Adaptado).

O texto destaca um argumento utilizado nos discursos sobre a identidade tocantinense na década de 1980.

Esse argumento permitiu a afirmação da ideia de que a histórica do estado foi originalmente marcada pela preocupação com

  1. a valorização dos rituais tradicionais e com a manutenção do sistema religioso dos povos indígenas.
  2. a exploração das riquezas naturais e com o isolamento das comunidades indígenas.
  3. os direitos dos colonos e com a legitimação da escravização das populações indígenas.
  4. os saberes dos nativos e com a preservação das sociedades indígenas.

07. (UNITAU) “A reforma católica foi um movimento que nasceu dentro do próprio cristianismo, buscando o ordenamento e o equilíbrio dos perdidos. [...] A tarefa de reformar, contudo, era difícil, dado o caráter particularmente mundano que dominava o alto clero. Vencendo uma série enorme de obstáculos, pouco a pouco foram surgindo novas ordens religiosas que atendiam ao anseio da sociedade. As ordens mendicantes surgidas, já com este novo espírito, eram respostas geradas no seio da própria igreja. Fala-se, portanto, de reformas, no plural, pois advoga-se a existência de uma reforma católica e outra protestante”.

MEYHI, J. C. S. B. Os Jesuítas. São Paulo: Brasiliense, 1982, p.23-24.

De acordo com o texto, assinale a alternativa CORRETA.

  1. A reforma católica foi uma resposta do cristianismo ao avanço das ideias muçulmanas no continente europeu.
  2. As reformas católicas e protestantes buscaram coibir os anseios da sociedade.
  3. A reforma católica estabeleceu paralelos entre o mundo espiritual e o mundo mundano, a fim de justificar a riqueza do alto clero.
  4. Advoga-se a existência de uma reforma católica e outra protestante, pois ambas temiam o poder insurgente da cultura do novo mundo.
  5. A reforma católica foi uma resposta da própria Igreja às novas tendências apresentadas pela sociedade, e também à reforma protestante.

08. (UNICAMP) Entre os séculos XVII e XVIII, o nheengatu se tornou a língua de comunicação interétnica falada por diversos povos da Amazônia. Em 1722, a Coroa exortou os carmelitas e os franciscanos a capacitarem seus missionários a falarem esta língua geral amazônica tão fluentemente como os jesuítas, já que em 1689 havia determinado seu ensino aos filhos de colonos.

(Adaptado de José Bessa Freire, Da “fala boa” ao português na Amazônia brasileira. Ameríndia, Paris, n. 8, 1983, p.25.)

Com base na passagem acima, assinale a alternativa correta.

  1. Os jesuítas criaram um dicionário baseado em línguas indígenas entre os séculos XVI e XIX, que foi amplamente usado na correspondência e na administração colonial nos dois lados do Atlântico.
  2. O texto permite compreender a necessidade de o colonizador português conhecer e dominar a língua para poder disciplinar os índios em toda a Amazônia durante o período pombalino e no século XIX.
  3. O aprendizado dessa língua associava-se aos projetos de colonização, visando ao controle da mão de obra indígena pelos agentes coloniais, como missionários, colonos e autoridades.
  4. A experiência do nheengatu desapareceu no processo de exploração da mão de obra indígena na Amazônia e em função da interferência da Coroa, que defendia o uso da língua portuguesa.

09. (UPF) Um conhecido deputado brasileiro, durante uma reunião pública, fez comentários profundamente ofensivos contra os índios brasileiros e outras minorias. Outro deputado pediu a expulsão de povos indígenas que tentam reocupar suas terras ancestrais. Nixiwaka Yawanawá, um índio da Amazônia, disse: “Por mais de 500 anos, os índios do Brasil têm sofrido racismo, preconceito e violência nas mãos de pessoas que querem ver a nossa extinção. Mas ainda estamos aqui, nós somos os protetores da floresta e exigimos respeito. Me deixa triste e com raiva quando ouço os comentários de ódio e racismo desses políticos”.

(Disponível em: http://www.survivalinternational.org. Acesso em 27 set. 2014)

Quase 500 anos antes da situação mencionada, os colonizadores portugueses tentaram escravizar os índios. Considerando que o processo de escravização do índio foi marcado por uma série de dificuldades, tendo em vista os fins da colonização, analise as seguintes afirmações:

I. Os índios eram vadios e preguiçosos e por essa razão não serviram para o trabalho nas grandes propriedades.

II. A catástrofe demográfica, isto é, a liquidação de milhares de índios vítimas de epidemias decorrentes do contato com os brancos – os quais, entre 1562 e 1563, mataram mais de 60 mil índios –, foi um dos fatores que inviabilizou a escravização desses grupos.

III. A escravização do indígena era um negócio interno da colônia, ao passo que o tráfico de escravos negros era muito mais rentável ao mercantilismo da época, uma vez que mobilizava poderosos grupos externos e configurava uma das pontas do chamado comércio triangular.

IV. As ordens religiosas, principalmente a dos jesuítas, também tentaram sujeitar os índios, embora o tenham feito sob argumentos missionários. Tentaram converter os índios em “bons cristãos”, reunindo-os em pequenos povoados ou aldeias, o que acabava facilitando a criação de um grupo de cultivadores indígenas flexível às necessidades da Colônia.

É verdadeiro apenas o que se afirma em:

  1. I e II.
  2. I, II e III.
  3. II.
  4. II, III e IV.
  5. IV.

10. (IFMT) Nóbrega era o chefe do primeiro grupo de jesuítas, que chegou juntamente com os colonizadores portugueses, para tentar, de uma forma mais sistemática, colonizar a vasta Terra de Santa Cruz, servindo a Igreja Católica e a Coroa Portuguesa. Sobre as ações dos jesuítas, pode-se afirmar que:

  1. eram os grandes defensores da teoria da raça, e acreditavam que os indígenas nasceram para ser escravos, pois eram sem dúvida os melhores e mais adaptados para o mundo do trabalho.
  2. foram grandes evangelizadores do Brasil. O mais famoso jesuíta foi o São Francisco Xavier, sendo o seu maior feito a conversão de mais de 30 mil indígenas brasileiros e espanhóis.
  3. Manoel da Nóbrega foi decisivo na fundação de Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro , e José de Anchieta foi o grande pregador, criou uma gramática tupi-português e converteu centenas de indígenas.
  4. chegaram para difundir o protestantismo na América do Sul e na África, evitando o avanço do catolicismo nessas regiões.
  5. Foram convidados pelo Marquês de Pombal a levar o catolicismo para as regiões recém descobertas, especialmente a colônia, Brasil.

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