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Manifestações Culturais

Lista de 10 exercícios de História da Arte com gabarito sobre o tema Manifestações Culturais com questões de Vestibulares.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Manifestações Culturais.




01. (ENEM 2019) Com o enredo que homenageou o centenário do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, a Unidos da Tijuca foi coroada no Carnaval 2012.

A penúltima escola a entrar na Sapucaí, na segunda noite de desfiles, mergulhou no universo do cantor e compositor brasileiro e trouxe a cultura nordestina com criatividade para a Avenida, com o enredo O dia em que toda a realeza desembarcou na Avenida para coroar o Rei Luiz do Sertão.

Disponível em: www.cultura.rj.gov.br. Acesso em: 15 maio 2012 (adaptado).

A notícia relata um evento cultural que marca a

  1. primazia do samba sobre a música nordestina.
  2. inter-relação entre dois gêneros musicais brasileiros.
  3. valorização das origens oligárquicas da cultura nordestina.
  4. proposta de resgate de antigos gêneros musicais brasileiros.
  5. criatividade em compor um samba-enredo em homenagem a uma pessoa.

02. (UPE) Observe a imagem a seguir:

Ela representa a produção artística de Euclides Francisco Amâncio (Bajado). Sobre sua contribuição para a arte pernambucana, analise as afirmativas a seguir:

I. Na década de 1960, inaugurou, em companhia com outros artistas de Olinda, o movimento de arte da Ribeira.

II. A sua arte reproduzia a vida cotidiana e as condições socioculturais da população pernambucana.

III. A imagem possui traços da arte contemporânea, cuja tendência artística era a liberdade estética.

IV. Esse quadro é intitulado “Viva o homem da meia-noite” e demonstra a influência do carnaval de Olinda nas obras de Bajado.

Estão CORRETAS

  1. I, II e III, apenas.
  2. II e IV, apenas.
  3. III e IV, apenas.
  4. I, II, III e IV.
  5. I e IV, apenas.

03. (UEL) Observe a figura e leia o texto a seguir.

Corpo é um grupo de dança mineiro que, em 2016, comemora quarenta anos de história. Seu tempo de atuação é marcado pela pluralidade, questão reconhecida tanto na arte contemporânea, quanto na constituição dos aspectos identitários da cultura brasileira. O espetáculo intitulado Benguelê, executado pelo grupo em 2009, é uma exaltação ao passado africano e às suas marcantes e profundas raízes na cultura brasileira. Riscando o palco, sem nenhum pudor, o coreógrafo evoca, do início ao fim, ritmos afro-brasileiros como o maracatu, o candomblé e o congado. Anarquia e frenesi se dão através das batidas de pé, remelexos de quadril, ombros e pélvis. A diversidade rítmica ganha vida ao som da música do compositor, cantor e violonista João Bosco. Ora festivos, ora ritualísticos, os movimentos sugerem danças tribais, em que a representação das figuras humanas, vergadas pelo tempo, ou animalizadas, pontua o espetáculo.

(Adaptado de: . Acesso em: 12 ago. 2016.)

Com base no texto, nas imagens e nos conhecimentos sobre manifestações artísiticas, considere as afirmativas a seguir.

I. Benguelê é um espetáculo de dança popular que parte de pressupostos como a simetria, a beleza e a leveza para a composição coreográfica, a fim de abordar os aspectos folclóricos da arte.

II. Na arte contemporânea, convivem temporalidades diversas da tradição artística, em consonância com o tempo presente.

III. Dança é um movimento executado dentro de certas regras, não necessariamente regulares ou aparentes, e que se desenvolve no espaço e num tempo.

IV. Em Benguelê, a variedade rítmica e a diversidade de movimentos executados atestam o caráter plural do espetáculo.

Assinale a alternativa correta.

  1. Somente as afirmativas I e II são corretas.
  2. Somente as afirmativas I e IV são corretas.
  3. Somente as afirmativas III e IV são corretas.
  4. Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
  5. Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

04. (Enem PPL 2010) O Arlequim, o Pierrô, a Brighella ou a Colombina são personagens típicos de grupos teatrais da Commedia dell’art, que, há anos, encontram-se presentes em marchinhas e fantasias de carnaval. Esses grupos teatrais seguiam, de cidade em cidade, com faces e disfarces, fazendo suas críticas, declarando seu amor por todas as belas jovens e, ao final da apresentação, despediam-se do público com músicas e poesias.

A intenção desses atores era expressar sua mensagem voltada para a

  1. crença na dignidade do clero e na divisão entre o mundo real e o espiritual.
  2. ideologia de luta social que coloca o homem no centro do processo histórico.
  3. crença na espiritualidade e na busca incansável pela justiça social dos feudos.
  4. ideia de anarquia expressa pelos trovadores iluministas do início do século XVI.
  5. ideologia humanista com cenas centradas no homem, na mulher e no cotidiano.

05. (ENEM 2020) Sou o coração do folclore nordestino

Eu sou Mateus e Bastião do Boi-bumbá

Sou o boneco de Mestre Vitalino

Dançando uma ciranda em Itamaracá

Eu sou um verso de Carlos Pena Filho

Num frevo de Capiba

Ao som da Orquestra Armorial

Sou Capibaribe

Num livro de João Cabral

Sou mamulengo de São Bento do Una

Vindo no baque solto de maracatu

Eu sou um auto de Ariano Suassuna

No meio da Feira de Caruaru

Sou Frei Caneca do Pastoril do Faceta

Levando a flor da lira

Pra Nova Jerusalém

Sou Luiz Gonzaga .

E sou do mangue também

Eu sou mameluco, sou de Casa Forte

e Sou de Pernambuco, sou o Leão do Norte

dg (ENEPIERO PO Leto co ota E gos (ragmento) São Paulo: Velas, 1993 (fragmento.

O fragmento faz parte da canção brasileira contemporânea e celebra a cultura popular nordestina.

Nele, o artista exalta as diferentes manifestações culturais pela

  1. valorização do teatro, música, artesanato, literatura, dança, personagens históricos e artistas populares, compondo um tecido diversificado e enriquecedor da cultura popular como patrimônio regional e nacional.
  2. identificação dos lugares pernambucanos, manifestações culturais, como o bumba meu boi, as cirandas, os bonecos mamulengos e heróis locais, fazendo com que essa canção se apresente como uma referência à cultura popular nordestina.
  3. exaltação das raízes populares, como a poesia, a literatura de cordel e o frevo, misturadas ao erudito, como a Orquestra Armorial, compondo um rico tecido cultural, que transforma o popular em erudito.
  4. caracterização das festas populares como identidade cultural localizada e como representantes de uma cultura que reflete valores históricos e sociais próprios da população local.
  5. apresentação do Pastoril do Faceta, do maracatu, do bumba meu boi e dos autos como representação da musicalidade e do teatro popular religioso, bastante comum ao folclore brasileiro.

06. (ENEM 2009) A dança é importante para o índio preparar o corpo e a garganta e significa energia para o corpo, que fica robusto. Na aldeia, para preparo físico, dançamos desde cinco horas da manhã até seis horas da tarde, passa-se o dia inteiro dançando quando os padrinhos planejam a dança dos adolescentes. O padrinho é como um professor, um preparador físico dos adolescentes. Por exemplo, o padrinho sonha com um determinado canto e planeja para todos entoarem. Todos os tipos de dança vêm dos primeiros xavantes: Wamarĩdzadadzeiwawẽ, Butséwawẽ, Tseretomodzatsewawẽ, que foram descobrindo através da sabedoria como iria ser a cultura Xavante. Até hoje existe essa cultura, essa celebração. Quando o adolescente fura a orelha é obrigatório ele dançar toda a noite, tem de acordar meia-noite para dançar e cantar, é obrigatório, eles vão chamando um ao outro com um grito especial.

WÉRÉ' É TSI'RÓBÓ, E. A dança e o canto-celebração da existência xavante. VIS-Revista do Programa de Pós-Graduação em Arte da UnB. V. 5, n. 2, dez. 2006.

A partir das informações sobre a dança Xavante, conclui-se que o valor da diversidade artística e da tradição cultural apresentados originam-se da

  1. iniciativa individual do indígena para a prática da dança e do canto.
  2. excelente forma física apresentada pelo povo Xavante.
  3. multiculturalidade presente na sua manifestação cênica.
  4. inexistência de um planejamento da estética da dança, caracterizada pelo ineditismo.
  5. preservação de uma identidade entre a gestualidade ancestral e a novidade dos cantos a serem entoados.

07. (UP) Leia o texto a seguir:

As danças africanas desenvolvidas no Brasil têm também suas matrizes no binômio África Ocidental e África Banta (centro-oeste africano). Dos africanos ocidentais, principalmente dos iorubas, a cultura brasileira herdou as danças dos orixás, ricas em mímica e teatralidade. E dos bantos, chegaram-nos, principalmente, as danças em círculo e em cortejo, que geralmente expressam um enredo, um drama, sendo, por isso, denominadas “danças dramáticas”.

LOPES, Nei. Heranças Culturais. In: ______. História e Cultura africanas e afro-brasileira. São Paulo: Barsa Planeta, 2011, p. 86.

As danças africanas contribuíram significativamente para as manifestações culturais de Pernambuco, que estão quase sempre associadas aos principais ciclos festivos. Sobre esse assunto e de acordo com o texto, assinale a alternativa que indica uma dança pernambucana de herança banta.

  1. Coco de roda
  2. Baião
  3. Quadrilha
  4. Frevo
  5. Caboclinho

08. (ENEM 2009) No programa do balé Parade, apresentado em 18 de maio de 1917, foi empregada publicamente, pela primeira vez, a palavra sur-realisme. Pablo Picasso desenhou o cenário e a indumentária, cujo efeito foi tão surpreendente que se sobrepôs à coreografia. A música de Erik Satie era uma mistura de jazz, música popular e sons reais tais como tiros de pistola, combinados com as imagens do balé de Charlie Chaplin, caubóis e vilões, mágica chinesa e Ragtime. Os tempos não eram propícios para receber a nova mensagem cênica demasiado provocativa devido ao repicar da máquina de escrever, aos zumbidos de sirene e dínamo e aos rumores de aeroplano previstos por Cocteau para a partitura de Satie. Já a ação coreográfica confirmava a tendência marcadamente teatral da gestualidade cênica, dada pela justaposição, colagem de ações isoladas seguindo um estímulo musical.

SILVA, S. M. O surrealismo e a dança. GUINSBURG, J.; LEIRNER (Org.). O surrealismo. São Paulo: Perspectiva, 2008 (adaptado).

  1. a falta de diversidade cultural na sua proposta estética.
  2. a alienação dos artistas em relação às tensões da Segunda Guerra Mundial.
  3. uma disputa cênica entre as linguagens das artes visuais, do figurino e da música.
  4. as inovações tecnológicas nas partes cênicas, musicais, coreográficas e de figurino.
  5. uma narrativa com encadeamentos claramente lógicos e lineares.

09. (PUC-RS) Zé Carioca, personagem de histórias em quadrinhos e filmes de Hollywood, foi criado por Walt Disney a partir de uma interpretação da figura popular do malandro carioca ligado ao samba e ao carnaval. A criação desse personagem caricatural para representar a identidade nacional brasileira está relacionada com qual dos contextos abaixo?

  1. À Primeira Guerra e ao esforço de penetração comercial dos EUA no Brasil.
  2. Ao esforço de aproximação e alinhamento do Brasil aos EUA, no contexto da II Guerra Mundial.
  3. À internacionalização da economia brasileira da Era JK.
  4. À expansão da cultura pop de influência norte-americana na Guerra Fria.
  5. Ao imperialismo cultural dos EUA no contexto da ditadura militar.

10. (PUC-RS) "Aquarela do Brasil", de Ary Barroso, foi um samba-exaltação composto num contexto caracterizado pela censura às letras de música que falassem da malandragem e pela utilização política do samba através do rádio - inclusive com a composição de marchinhas de carnaval - no sentido de forjar o consenso político ao redor de um projeto de modernização populista e autoritário, que caracterizou o governo de:

  1. Juscelino Kubitschek
  2. Eurico Gaspar Dutra
  3. Castelo Branco
  4. Jânio Quadros
  5. Getúlio Vargas

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