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Barroco Mineiro

Lista de 15 exercícios de História da Arte com gabarito sobre o tema Barroco Mineiro com questões de Vestibulares.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Barroco Mineiro.




01. (UEL) Leia o texto e responda à questão:

O estilo barroco chega ao Brasil pelas mãos dos colonizadores, sobretudo portugueses. Desenvolve-se no século XVIII, 100 anos após o surgimento do Barroco na Europa, – recebe influências tanto portuguesas quanto francesas, italianas e espanholas. Em Minas Gerais, a expressão estética tanto deverá corresponder às solicitações dos elementos transpostos como dos elementos locais espontâneos. Isso vai se verificar tanto em relação aos fatores estruturais, como no que diz respeito às ideias, aos conhecimentos e valores. (MACHADO, L. R. Barroco Mineiro. São Paulo: Perspectiva, 1983. p. 167-169.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o barroco mineiro, considere as afirmativas a seguir.

I. Nascido da herança europeia, o barroco mineiro é uma arte que traz em si o diálogo entre sua origem e um novo contexto, caracterizando-se como um meio de expressão ao mesmo tempo barroco e mineiro.

II. O aspecto social contemporâneo à chegada do barroco a Minas contribuiu para que sua organização fosse caótica e para que as características desse movimento acabassem contrastando com a vida mineira.

III. Posto em contato com o clima de efervescência cultural e com as descobertas no campo estético de Minas, o barroco mineiro rompeu com a ideia do barroco universal e se destacou pela ambivalência.

IV. Os elementos transpostos pelos colonizadores apresentavam em suas raízes algumas semelhanças com o universo mineiro, mas o poder instituído pela Academia Nacional de Belas Artes encaminhou o movimento para rumos distintos.

Assinale a alternativa correta:

  1. Somente as afirmativas I e II são corretas.
  2. Somente as afirmativas I e III são corretas.
  3. Somente as afirmativas II e IV são corretas.
  4. Somente as afirmativas I, III e IV são corretas.
  5. Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

02. (UNICAMP) A arte colonial mineira seguia as proposições do Concílio de Trento (1545-1553), dando visibilidade ao catolicismo reformado. O artífice deveria representar passagens sacras. Não era, portanto, plenamente livre na definição dos traços e temas das obras. Sua função era criar, segundo os padrões da Igreja, as peças encomendadas pelas confrarias, grandes mecenas das artes em Minas Gerais.

(Adaptado de Camila F. G. Santiago, “Traços europeus, cores mineiras: três pinturas coloniais inspiradas em uma gravura de Joaquim Carneiro da Silva”, em Junia Furtado (org.), Sons, formas, cores e movimentos na modernidade atlântica. Europa, Américas e África. São Paulo: Annablume, 2008, p. 385.)

Considerando as informações do enunciado, a arte colonial mineira pode ser definida como:

  1. renascentista, pois criava na colônia uma arte sacra própria do catolicismo reformado, resgatando os ideais clássicos, segundo os padrões do Concílio de Trento.
  2. barroca, já que seguia os preceitos da Contrarreforma. Era financiada e encomendada pelas confrarias e criada pelos artífices locais.
  3. escolástica, porque seguia as proposições do Concílio de Trento. Os artífices locais, financiados pela Igreja, apenas reproduziam as obras de arte sacra europeias.
  4. popular, por ser criada por artífices locais, que incluíam escravos, libertos, mulatos e brancos pobres que se colocavam sob a proteção das confrarias.

03. (UEL) Leia o texto, analise a figura e responda à questão abaixo:

Há a propensão para uma forma que se abre em indeterminação de limites e imprecisão de contornos, apelando para os recursos da impressão sensorial, que não quer apenas conter a informação estética, mas sobretudo, comunicá-la sob um alto grau de tensão que transporte o receptor, o espectador, da simples esfera da plenitude intelectual e contemplativa para uma estesia mais franca e envolvente – mais do que isso, para o êxtase dos sentidos sugestionadamente acesos e livres. (ÁVILA, A. O lúdico e as projeções do Barroco. São Paulo: Perspectiva, 1980. p. 20.)

ATAÍDE, M. C. Pintura do forro da nave da Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto (MG)

Sobre o texto e a figura, é correto afirmar:

  1. O texto apresenta as principais características do rococó e a figura refere-se à pintura do Barroco, principal movimento artístico do período colonial brasileiro.
  2. Enquanto a figura representa a arte colonial brasileira, o texto discorre sobre a projeção do barroco na arte concreta e sua busca por um envolvimento mais efetivo e completo do espectador com a obra.
  3. Não é possível afirmar que o texto e a imagem estejam relacionados ao mesmo assunto, pois a figura é do Barroco Mineiro, mas o texto trata do Barroco Baiano.
  4. Tanto o texto como a imagem tratam da arte neoclássica no momento máximo de sua penetração na cultura brasileira como um todo e não sobre algo específico.
  5. O texto explicita as principais características da pintura barroca tal qual foi praticada em Minas Gerais no século XVIII, muitas delas presentes na obra de Manoel da Costa Ataíde.

04. (Enem 2012)

(BARDI, P. M. Em torno da escultura no Brasil. São Paulo: Banco Sudameris Brasil, 1989.)

Com contornos assimétricos, riqueza de detalhes nas vestes e nas feições, a escultura barroca no Brasil tem forte influência do rococó europeu e está representada aqui por um dos profetas do pátio do Santuário do Bom Jesus de Matosinho, em Congonhas (MG), esculpido em pedra-sabão por Aleijadinho. Profundamente religiosa, sua obra revela:

  1. liberdade, representando a vida de mineiros à procura da salvação.
  2. credibilidade, atendendo a encomendas dos nobres de Minas Gerais.
  3. simplicidade, demonstrando compromisso com a contemplação do divino.
  4. personalidade, modelando uma imagem sacra com feições populares.
  5. singularidade, esculpindo personalidades do reinado nas obras divinas.

05. (UNIFOR)

Cena da Paixão de Cristo, no Santuário de Bom Jesus do Matosinhos, em Congonhas (Foto: Pedro Ângelo/ G1). Disponível em: <http://g1.globo.com/minas-gerais/ noticia/2014/11/bicentenario-de-morte-de-aleijadinho-ecelebrado-nesta-terca-feira.html>. Acesso em 06/05/2015.

A arte barroca nasceu em oposição à arte renascentista, que se baseava na razão e nos modelos greco-romanos de equilíbrio e simplicidade. Entre os maiores artistas da época está Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. Foi o maior artista do período colonial e suas criações vão de projetos inteiros de igrejas a esculturas e entalhes delicados. As características próprias do Barroco adquirem em seus trabalhos uma feição particular, tais como:

I – Os olhos são expressivos, espaçados e amendoados e apresentam certa semelhança aos orientais.

II – As maçãs do rosto mostram forte semelhança com as esculturas dos anjos barrocos.

III – O nariz é reto e alongado, o que dá muita força às fisionomias.

IV – Os lábios são entreabertos, o que traz uma ideia de movimento e vida à figura.

V – O queixo é sutilmente retangular, o que confere altivez à imagem esculpida.

É correto apenas o que se afirma em:

  1. I, II, III.
  2. II, III, V.
  3. I, III, IV.
  4. II, IV, V.
  5. I, IV, V.

06. (UEMG)

Em 2014, foram comemorados os 200 anos da morte do criador das belíssimas peças em pedra sabão, uma das quais é apresentada na imagem acima, sendo a mesma de autoria do mais importante artista brasileiro do período colonial: Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1737-1814). Ele nasceu em Vila Rica, atual Ouro Preto, e antes dos 50 anos, foi acometido por uma doença degenerativa que atrofiava seu corpo. Mesmo assim, tornou-se um dos maiores mestres do Barroco no Brasil.

O Barroco teve terreno fértil para a expansão em Minas Gerais, pois

  1. o enriquecimento provocado pela mineração e a forte religiosidade dos povos das Minas, conjugados com a intensa vida cultural ligada ao catolicismo, favoreceram o desenvolvimento desse estilo artístico na região.
  2. a pouca presença de protestantes na região, por causa da distância do litoral, fez com que não houvesse forte influência desse ramo religioso, deixando caminho livre para a expansão do Barroco, tão ligado ao catolicismo.
  3. fortaleceu-se com os altos investimentos feitos pelo governo português na região, já que por causa da produção aurífera, buscava-se fazer de Minas, e principalmente de Vila Rica, a referência americana para a Europa.
  4. a decadência da produção açucareira no Nordeste e a descoberta do ouro em Minas levaram os principais artistas da Colônia a migrarem para Vila Rica, em busca de financiamento para suas obras e apoio para novos empreendimentos.

07. (UFG) O Barroco foi um estilo artístico predominante na Europa entre os séculos XVII e XVIII, alcançando a América Portuguesa. Esse estilo é representativo do trânsito cultural entre os continentes, pois

  1. incorporou à arquitetura religiosa os vitrais góticos, auxiliando a Igreja reformista na conversão das populações nativas ao protestantismo.
  2. implicou em uma adaptação das técnicas às condições da Colônia, utilizando como material a pedrasabão em lugar do mármore.
  3. consolidou a pintura como modalidade artística na Colônia, disseminando escolas para o ensino dessa técnica nas cidades.
  4. privilegiou a proporcionalidade, a racionalidade e o equilíbrio, associando-se às características da empresa colonial.
  5. ampliou o horizonte temático dos artistas coloniais, enfatizando cenas do cotidiano que substituíram as cenas bíblicas renascentistas.

08. (UEPB) “A arte mineira caracterizou-se pelo estilo barroco que esteve em voga na Europa até princípios do século XVIII.”

(José Alves de Freitas Neto e Célio Ricardo Tasinafo. História Geral e do Brasil. HARBRA. p. 325).

Sobre o barroco é correto afirmar:

  1. Como forma única de expressão, as imagens barrocas são uniformes e regulares, conforme o pensamento religioso católico.
  2. O barroco expressava o racionalismo da época moderna, condenando as expressões metafísicas e o sentimento religioso.
  3. Era um estilo intimamente ligado à Contrarreforma, pois expressava os fundamentos da devoção religiosa por meio de construções, esculturas e iconografias que enalteciam os princípios da fé católica.
  4. O barroco esteve intimamente ligado ao protestantismo, condenando as iconografias e dando ênfase apenas ao estilo arquitetônico.
  5. O barroco mineiro desenvolveu características universais evitando as especificidades e o regionalismo.

09. (UFPE) O estilo barroco - que nos séculos XVII e XVIII, se destacou com a arte, de Diogo Velázquez, Rubens, Caravaggio, entre outros - pode ser considerado como:

  1. expressão do respeito aos princípios da arte clássica greco-romana.
  2. imitação dos pintores renascentistas florentinos.
  3. reflexo das concepções estéticas do Antigo Oriente.
  4. consagração do racionalismo cartesianismo na arte.
  5. resultado de uma arte que desafiava os padrões clássicos.

10. (UEL) Sobre o Barroco, no Nordeste do Brasil, é correto afirmar:

I. Em comparação com o Barroco Mineiro, apresenta maior originalidade e sofisticação, especialmente em Pernambuco, devido ao enriquecimento gerado pelo comércio e produção açucareira.

II. Os interiores de suas igrejas apresentam rica decoração de talha e azulejaria e tetos com pinturas ilusionistas de alta qualidade.

III. Na pintura, destaca-se o trabalho de Manuel da Costa Ataíde, o Mestre Ataíde, em especial pelo teto da Igreja de São Pedro dos Clérigos, em Recife.

IV. A arquitetura de suas igrejas se destaca pelas fachadas, que apresentam elegantes ornamentações em pedra entalhada, material típico da região.

Assinale a alternativa que contém todas as afirmativas corretas.

  1. I e II.
  2. I e III.
  3. II e IV.
  4. I, III e IV.
  5. II, III e IV.

11. (PUC-Campinas) Gregório de Matos tanto exprimiu os sentimentos e a ideologia da Contrarreforma, em poemas contritos e moralistas, vazados no estilo barroco, como denunciou a sociedade seiscentista da “cidade da Bahia”, dominada pelas negociatas e falcatruas no comércio do açúcar. Sua perspectiva crítica, a um tempo rancorosa, enérgica e desbocada, deu vazão à série de poemas satíricos, cujos alvos eram os clérigos viciosos, os “mulatos desavergonhados”, os conselheiros corruptos, os falsos “fidalgos caramurus”. Mas há quem veja em sua atitude muito mais o despeito de um aristocrata deslocado do que a indignação de fundo social. O que ninguém contesta é seu talento de poeta.

(GOMES, Raimundo Piva. Inédito)

A autoridade católica foi questionada em diversos momentos da Idade Média. Essas manifestações ocorreram em um contexto histórico no qual a Igreja Católica exercia grande controle sobre as sociedades europeias. Contudo, no século XVI, a autoridade da Igreja começou a enfrentar

  1. as revoltas camponesas contra a opressão feudal dos senhores e do clero nas cidades, inaugurando um período de confronto entre católicos e protestantes que deu origem à Reforma da Igreja Católica.
  2. as guerras religiosas, que opuseram católicos e protestantes, condenavam a doutrina da predestinação absoluta formulada pelo pensamento tomista medieval e as mudanças no cristianismo e na Igreja Católica.
  3. os movimentos de reformulação doutrinal e administrativa do cristianismo para combater as heresias, impedir sua proliferação, reafirmar os dogmas da Igreja e estabelecer vigilância sobre as práticas dos fiéis.
  4. as lutas promovidas pelas assembleias de religiosos e pelo órgão responsável de julgar atos dos católicos e manter os textos bíblicos, a fim de abolirem a confissão, o jejum, o celibato clerical e o culto aos santos.
  5. a oposição dos estados em formação e mudanças nos campos filosófico, econômico e social que acabaram por diminuir a capacidade das autoridades eclesiásticas no combate a seus oponentes e críticos.

12. (FDF) “(...) a pujança dos centros urbanos coloniais mineiros não se deveu essencialmente ao ouro; foram outras as atividades e os setores que forneceram e mantiveram o vigor daquelas populações citadinas.”

Caio C. Boschi. O barroco mineiro: artes e trabalho. São Paulo: Brasiliense, 1988, p. 11

Entre as 'outras atividades' e os outros 'setores' a que o texto se refere como responsáveis pelo vigor dos centros urbanos das Minas Gerais no período da mineração, podemos incluir

  1. o comércio e os bandeirantes.
  2. a borracha e os escravos.
  3. o extrativismo e os aventureiros.
  4. a produção de cana de açúcar e a oligarquia rural.
  5. o artesanato e os trabalhadores livres.

13. (UFSM) A igreja de São Francisco (foto), construída em Ouro Preto no século XVIII, é um marco do barroco e da arquitetura brasileira. O contexto histórico que explica a realização dessa obra é criado pelo(a)

  1. crise do sistema colonial e eclosão das revoltas regenciais.
  2. deslocamento do centro administrativo da Colônia para a cidade de Ouro Preto.
  3. exploração econômica das minas de ouro e consolidação da agricultura canavieira.
  4. ciclo da mineração e decorrente diversificação do sistema produtivo.
  5. distanciamento em relação à autoridade colonial e consequente maior liberdade de expressão.

14. (FAMECA) O processo colonizador para Minas Gerais teve na urbanização um de seus traços característicos mais expressivos.

(Caio C. Boschi. O barroco mineiro: artes e trabalho, 1988.)

A afirmação contida no excerto é

  1. errada, pois a exploração de ouro era feita principalmente no interior da capitania das Minas, em áreas distantes das principais vilas da colônia.
  2. correta, pois a exploração aurífera favoreceu o surgimento, na região das Minas, de uma expressiva camada de comerciantes e profissionais liberais.
  3. errada, pois a agricultura cresceu bastante na região das Minas, para abastecer a população que participava da exploração aurífera.
  4. correta, pois, com o advento do ouro, Minas tornou-se a capital da colônia, passando a sediar o governo geral.
  5. correta, pois a região das Minas proporcionou o surgimento das primeiras vilas e cidades da colônia.

15. (Enem PPL 2021) O Barroco foi o estilo das formas dramáticas, grandiosas e opulentas, voltado ao intenso decorativismo e caracterizado pela exuberância dos dourados nas volutas e espirais. O Barroco exprimiu as incertezas de uma época — a Idade Moderna — que oscilava entre velhos e novos valores. Foi largamente utilizado pela Igreja da Contrarreforma como elemento de propaganda, destinado a atrair as criaturas pela pompa e magnificência. Através do Barroco, a Igreja compeliu Deus a vestir as mais suntuosas roupagens humanas, reproduzindo o Céu em toda a sua magnificência, grandeza e esplendor, extasiando e arrebatando os fiéis que frequentavam os templos.

LOPEZ, L. R. História do Brasil colonial. Porto Alegre: Novo Século, 2001.

O movimento estético-cultural no texto constitui-se historicamente em uma resposta às

  1. contestações aos domínios espiritual e terreno exercidos pelo papado.
  2. oposições ao absolutismo monárquico como base do poder político.
  3. divisões da nobreza fortalecida pelas expansões maritima e comercial.
  4. críticas ao heliocentrismo como modelo de funcionamento do cosmos.
  5. revoltas do campesinato oprimido pela multiplicidade de seitas religiosas.

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