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Sócrates

Lista de 10 exercícios de Filosofia com gabarito sobre o tema Sócrates com questões de Vestibulares.






01. (PUC-PR) Leia a estrofe do texto a seguir e, em seguida, assinale a alternativa que corresponde ao verdadeiro sentido das acusações contra Sócrates.

“O que vós, cidadãos atenienses, haveis sentido com o manejo dos meus acusadores, não sei; o certo é que eu, devido a eles, quase me esquecia de mim mesmo, tão persuasivos foram. Contudo, não disseram nada de verdadeiro. Mas, entre as muitas mentiras que divulgaram, uma, acima de todas, eu admiro: aquela pela qual disseram que deveis ter cuidado para não serdes enganados por mim, como homem hábil no falar”

(PLATÃO, 1987, p. 33)

  1. Para Aristóteles, principal acusador de Sócrates, o problema consiste nas falácias que o filósofo ensina como conhecimento verdadeiro para os jovens de Atenas, os quais acabam por fazer de Sócrates uma espécie de ídolo em contraposição aos verdadeiros deuses.
  2. De acordo com o próprio Sócrates, nesse seu texto autobiográfico, as acusações contra ele têm um caráter eleitoral, visto que seus acusadores estavam interessados nas próximas eleições, mais do que no próprio julgamento.
  3. A acusação contra Sócrates é, para Platão, um problema de relacionamento afetivo entre o acusado e seus acusadores, na verdade, tratou-se de uma questão passional ligada ao amor de Alcebíades por Sócrates.
  4. O principal motivo das acusações contra Sócrates diz respeito à suposta revelação feita pelo Oráculo de Delfos de que ele seria o homem mais sábio da Grécia, o que acabou causando muita inveja a Meleto, que almejava tal status de sábio.
  5. Sócrates não está sendo acusado simplesmente porque não respeita o culto aos deuses ou por perverter a juventude, mas sim pelo fato de estar incomodando a aristocracia ateniense ao denunciar seus vícios baseados na ignorância e defender a busca da verdade e da virtude.

02. (UNICAMP) A sabedoria de Sócrates, filósofo ateniense que viveu no século V a.C., encontra o seu ponto de partida na afirmação “sei que nada sei”, registrada na obra Apologia de Sócrates. A frase foi uma resposta aos que afirmavam que ele era o mais sábio dos homens. Após interrogar artesãos, políticos e poetas, Sócrates chegou à conclusão de que ele se diferenciava dos demais por reconhecer a sua própria ignorância.

O “sei que nada sei” é um ponto de partida para a Filosofia, pois

  1. aquele que se reconhece como ignorante torna-se mais sábio por querer adquirir conhecimentos.
  2. é um exercício de humildade diante da cultura dos sábios do passado, uma vez que a função da Filosofia era reproduzir os ensinamentos dos filósofos gregos.
  3. a dúvida é uma condição para o aprendizado e a Filosofia é o saber que estabelece verdades dogmáticas a partir de métodos rigorosos.
  4. é uma forma de declarar ignorância e permanecer distante dos problemas concretos, preocupando-se apenas com causas abstratas.

03. (UFPE) Os gregos construíram reflexões importantes para a formação do pensamento ocidental, contribuindo para compreender o mundo e a sua complexidade.

Sócrates, um dos seus filósofos mais conhecidos:

  1. defendeu a existência da democracia e a organização de uma Assembleia Popular para definir o governo ateniense.
  2. polemizou com os filósofos sofistas que defendiam princípios religiosos diferentes dos princípios gregos.
  3. teve muitas das suas teorias incorporadas ao pensamento idealista de Platão, outro grande pensador grego.
  4. foi contra as reformas políticas defendidas por Aristóteles, pois era favorável à existência de um governo democrático.
  5. propagou a necessidade do fortalecimento militar de Atenas, para evitar os ataques dos inimigos asiáticos.

04. (PUC-PR) Na terceira parte da Apologia de Sócrates há a seguinte afirmação: “é possível que tenhais acreditado, ó cidadãos, que eu tenha sido condenado por pobreza de raciocínios, com os quais eu poderia vos persuadir, se eu tivesse acreditado que era preciso dizer e fazer tudo para evitar a condenação. Mas não é assim. Caí por falta, não de raciocínios, mas de audácia e imprudência, e não por querer dizer-vos coisas tais que vos teriam sido gratíssimas de ouvir, choramingando, lamentando e fazendo e dizendo muitas outras coisas indignas, as quais, é certo, estais habituados a ouvir de outros”.

Considerando esta passagem, já sendo a transcrição de suas últimas palavras, é possível afirmar que Sócrates:

  1. Lamenta sua fraqueza argumentativa perante a quantidade de pessoas que o condenou.
  2. Ressalta a preocupação de seu discurso com a verdade e não com elegante retórica, como os pretensos “sábios” o faziam.
  3. Reconhece sua dificuldade de elaborar um discurso persuasivo, mesmo com todo seu esforço para isso.
  4. Desculpa-se por decepcionar tantos admiradores e os aconselha a não empregar seus recursos argumentativos.
  5. Conclui que sua derrota decorreu de seu discurso audacioso e imprudente.

05. (UNICENTRO) É comum se afirmar que Sócrates era um filósofo dado ao diálogo e que se encontrar com ele para debater era sempre uma atividade de risco. Isso porque a forma dialogal preferida desse pensador consistia em colocar em prática a sua Maiêutica, cuja primeira parte era a Ironia. Essa Ironia Socrática deve ser interpretada como

  1. uma postura de deboche e desconsideração em relação ao saber popular da época.
  2. uma etapa do método socrático segundo o qual o saber dos filósofos pitagóricos precisava ser ironizado para demonstrar sua fragilidade e inconsistência.
  3. um método criado por Sófocles e adotado por Sócrates para provar a existência de seres superiores, também chamados deuses.
  4. uma prática discursiva criada pelos sofistas e adotada por Sócrates para defender a importância da filosofia crítica.
  5. uma etapa do método socrático que consiste em utilizar-se de perguntas com o objetivo de levar o interlocutor a reconhecer a impropriedade de seu saber e, assim, torná-lo apto a construir um novo saber a partir das ideias inatas.

06. (UFU) Leia o trecho abaixo, que se encontra na Apologia de Sócrates de Platão e traz algumas das concepções filosóficas defendidas pelo seu mestre.

Com efeito, senhores, temer a morte é o mesmo que se supor sábio quem não o é, porque é supor que sabe o que não sabe. Ninguém sabe o que é a morte, nem se, porventura, será para o homem o maior dos bens; todos a temem, como se soubessem ser ela o maior dos males. A ignorância mais condenável não é essa de supor saber o que não se sabe?

Platão, A Apologia de Sócrates, 29 a-b, In. HADOT, P. O que é a Filosofia Antiga? São Paulo: Ed. Loyola, 1999, p. 61.

Com base no trecho acima e na filosofia de Sócrates, assinale a alternativa INCORRETA.

  1. Sócrates prefere a morte a ter que renunciar a sua missão, qual seja: buscar, por meio da filosofia, a verdade, para além da mera aparência do saber.
  2. Sócrates leva o seu interlocutor a examinar-se, fazendo-o tomar consciência das contradições que traz consigo.
  3. Para Sócrates, pior do que a morte é admitir aos outros que nada se sabe. Deve-se evitar a ignorância a todo custo, ainda que defendendo uma opinião não devidamente examinada.
  4. Para Sócrates, o verdadeiro sábio é aquele que, colocado diante da própria ignorância, admite que nada sabe. Admitir o não-saber, quando não se sabe, define o sábio, segundo a concepção socrática.

07. (UNICENTRO) Sobre o filósofo Sócrates, considere as afirmativas abaixo e assinale o que for INCORRETO.

  1. Sócrates, ao criticar o saber dogmático, não quis com isso dizer que ele próprio é detentor de um saber. Despertava as consciências adormecidas, não como um “farol” que ilumina, mas afirmava que o caminho novo deve ser construído pela discussão e pela busca das soluções.
  2. Sócrates foi considerado subversivo pois desnorteou e perturbou a ordem vigente, o que incomodou aos poderosos de Atenas.
  3. Embora Sócrates tenha difundido o método da maiêutica e da ironia, não foi ele autor dessa metodologia, mas sim seu discípulo, Platão.
  4. A Sócrates atribui-se a máxima “só sei que nada sei”.
  5. A ironia, método utilizado por Sócrates, consistia em perguntar, simulando não saber. Desse modo, o interlocutor expõe sua opinião, à qual Sócrates contrapõe argumentos que o fazem perceber a ilusão do conhecimento.

08. (UNCISAL) Na Grécia Antiga, o filósofo Sócrates ficou famoso por interpelar os transeuntes e fazer perguntas aos que se achavam conhecedores de determinado assunto. Mas durante o diálogo, Sócrates colocava o interlocutor em situação delicada, levando-o a reconhecer sua própria ignorância. Em virtude de sua atuação, Sócrates acabou sendo condenado à morte sob a acusação de corromper a juventude, desobedecer às leis da cidade e desrespeitar certos valores religiosos.

Considerando essas informações sobre a vida de Sócrates, assim como a forma pela qual seu pensamento foi transmitido, pode-se afirmar que sua filosofia

  1. transmitia conhecimentos exclusivamente sob a forma escrita entre a população ateniense.
  2. transmitia conhecimentos de natureza científica.
  3. baseava-se em uma contemplação passiva da realidade.
  4. ficou consagrada sob a forma de diálogos, posteriormente redigidos pelo filósofo Platão.
  5. procurava transmitir às pessoas conhecimentos de natureza mitológica.

09. (FATEC) Sócrates, grande filósofo grego, formou numerosos discípulos, que seguiram diferentes caminhos para buscar o conhecimento real.

A grande preocupação socrática era:

  1. interpretar o mundo como sendo espiritual e organizado segundo uma moral baseada em verdadeiros conceitos imutáveis.
  2. compreender as causas primeiras e os fins últimos de todas as coisas, pois só se pode dizer que se conhece alguma coisa quando se conhece sua causa primeira.
  3. o autoconhecimento que poderia ser obtido por meio da ironia e da maiêutica, métodos que consistiam em fazer indagação, fingindo ignorância, para despertar no interlocutor o conhecimento latente.
  4. fazer um estudo crítico da História, comparando a História Grega com a dos povos orientais, a fim de mostrar que o mundo era mais amplo do que se imaginava.
  5. mostrar que todo o conhecimento era obtido por intermédio dos sentidos humanos e que, por esses serem falhos, era relativo e limitado.

10. (UNCISAL) Na Grécia Antiga, o filósofo Sócrates ficou famoso por interpelar os transeuntes e fazer perguntas aos que se achavam conhecedores de determinado assunto. Mas durante o diálogo, Sócrates colocava o interlocutor em situação delicada, levando-o a reconhecer sua própria ignorância. Em virtude de sua atuação, Sócrates acabou sendo condenado à morte sob a acusação de corromper a juventude, desobedecer às leis da cidade e desrespeitar certos valores religiosos. Considerando essas informações sobre a vida de Sócrates, assim como a forma pela qual seu pensamento foi transmitido, pode-se afirmar que sua filosofia

  1. transmitia conhecimentos de natureza científica.
  2. baseava-se em uma contemplação passiva da realidade.
  3. transmitia conhecimentos exclusivamente sob a forma escrita entre a população ateniense.
  4. ficou consagrada sob a forma de diálogos, posteriormente redigidos pelo filósofo Platão.
  5. procurava transmitir às pessoas conhecimentos de natureza mitológica.

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