Bioacumulação e Magnificação Trófica
Lista de 10 exercícios de Biologia com gabarito sobre o tema Bioacumulação e Magnificação Trófica com questões de Vestibulares.
Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Bioacumulação e Magnificação Trófica.
01. (UFRN) As dioxinas são substâncias emitidas durante os procedimentos de incineração de resíduos industriais, podendo contaminar diretamente as pessoas por inalação de emissões atmosféricas. Contudo, mais de 90% da exposição humana às dioxinas é atribuída à ingestão de alimentos contaminados. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma vez que as dioxinas penetram no corpo, elas perduram por muito tempo devido à sua estabilidade química e à capacidade de serem absorvidas pelo tecido adiposo. Esse fato se relaciona ao conceito ecológico de magnificação trófica, que significa
- bioacumulação de dioxina nos animais de menor porte, porque estes consomem maior quantidade de alimento.
- aumento gradativo da concentração de dioxina a cada nível trófico da cadeia alimentar.
- eutrofização pela dioxina biodegradável nos níveis tróficos superiores da cadeia alimentar.
- maior resistência de animais de níveis tróficos inferiores à toxidade da dioxina em comparação com animais de níveis tróficos superiores.
02. (ENEM PPL 2009) O mercúrio é um metal muito utilizado, em indústrias e garimpos, para extração de ouro. As perdas decorrentes da má utilização desse metal atingem os ecossistemas aquáticos e chegam ao homem quando este come peixes pescados em ecossistemas contaminados. O processo que torna o peixe prejudicial à saúde humana é chamado bioacumulação, na qual a concentração do mercúrio aumenta em cada organismo ao longo da cadeia alimentar trófica, de modo que o homem consome alimento com alta concentração de mercúrio e, portanto, com alta toxicidade. A utilização de métodos de reaproveitamento do mercúrio nas atividades industriais e mineradoras constitui importante medida de controle da poluição causada por esse metal e capaz de reduzir as consequências nefastas para a biota aquática e para a saúde humana.
Suponha que um curso d’ água esteja contaminado por mercúrio proveniente de local onde se desenvolvam atividades de garimpo. Nesse caso, ao se examinarem os seres que vivem nesse ambiente aquático, é possível encontrar
- maior concentração de mercúrio nos consumidores primários da cadeia alimentar.
- baixíssima concentração de mercúrio no pescado consumido pelos seres humanos.
- maior concentração de mercúrio nos animais que estão no topo da cadeia alimentar.
- alta concentração de mercúrio nos seres que compõem o zooplancton e o fitoplancton.
- ausência de mercúrio nas plantas aquáticas, pois eles são seres que estão fora da cadeia trófica.
03. (Universidade de Caxias do Sul) O diclorodifeniltricloroetano (DDT) foi amplamente utilizado em muitos países no século passado, considerado o primeiro inseticida moderno, e que teve o auge da sua utilização durante a Segunda Guerra Mundial. Além de possuir uma toxicidade comprovada na atualidade, uma característica do DDT é o processo de biomagnificação.
Considerando uma cadeia trófica de um ambiente marinho contaminado com DDT, em qual dos seguintes organismos se espera encontrar a maior concentração dessa substância?
- Crustáceos
- Zooplâncton
- Peixes
- Aves
- Fitoplâncton
04. (Afya) “Zinco, cádmio e cromo. A ameaça gerada pela contaminação das águas do rio São Francisco por metais pesados atende por vários nomes. Pesquisa realizada pelo Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais alerta para o risco da perigosa presença desses elementos no ambiente. Em trabalho desenvolvido durante seu mestrado, a geógrafa Elizêne Veloso Ribeiro coletou amostras em 59 pontos ao longo de 160 Km para avaliar a qualidade das águas do Velho Chico e afluentes no trecho entre as cidades mineiras de Três Marias e Pirapora. Os índices de contaminação variam de 2 a 200 vezes mais do que o permitido pela legislação, constatou Ribeiro (...). A geógrafa lembra que a água contaminada é nociva aos organismos aquáticos e à saúde humana” .
O principal motivo da bioacumulação dessas substâncias é o fato de elas não serem biodegradáveis.
(FONTE: Ciência Hoje, julho 2011)
Considerando as informações dadas e seus conhecimentos sobre o assunto, podemos afirmar sobre o índice de contaminação dos níveis tróficos que:
- o mais afetado é o nível trófico I.
- o mais afetado é o nível trófico II.
- o mais afetado é o último nível trófico.
- todos os níveis tróficos são igualmente afetados.
05. (Universidade de Caxias do Sul) Praia tóxica! Filtros solares comercializados no Brasil têm substâncias que podem provocar distúrbios no sistema hormonal... Pesquisadores encontraram índices alarmantes de interferentes ou desreguladores endócrinos oriundos de filtros solares em golfinhos... A indústria cosmética utiliza cerca de 26 substâncias orgânicas e, muitas delas, causam alterações hormonais.
Fonte: Revista Ciência Hoje. RJ: Ed. ICH, 2014, n. 315, vol. 53, p. 44-47. (Adaptado.)
Analise as proposições a seguir quanto à veracidade (V) ou falsidade (F).
( ) O uso de bloqueadores de raios ultravioleta é fundamental em função do buraco na camada de ozônio, não importando os efeitos colaterais.
( ) A presença dessas substâncias no fígado dos golfinhos se deve ao fato de eles serem animais de topo de cadeia alimentar, explicado pelo fenômeno de bioacumulação.
( ) Os seres humanos podem estar contaminados por essas substâncias: há grande probabilidade de que isso seja verdade.
( ) Esses poluentes alteram a fisiologia dos animais de maneira crítica, podendo ser precursores de cânceres e comprometer o sistema imunológico.
Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente os parênteses, de cima para baixo.
- V – V – V – F
- F – F – F – V
- V – F – V – F
- V – F – F – V
- F – V – V – V
06. (ENCCEJA) O mercúrio é utilizado pelos garimpeiros para separar o ouro do cascalho. Durante o processo de separação parte do mercúrio é lançada no ambiente, provocando a contaminação de diferentes grupos de seres vivos. O organismo contaminado por mercúrio não consegue eliminá-lo e essa substância se acumula nos tecidos e órgãos dos seres vivos.
Nos rios contaminados, a maior concentração de mercúrio será encontrada nos seres vivos que
- ingerem plantas contaminadas por mercúrio, como insetos herbívoros.
- absorvem o mercúrio diretamente pelas folhas, como as plantas aquáticas.
- incorporam mercúrio da matéria que decompõem, como bactérias e fungos.
- consomem plantas e animais contaminados por mercúrio, como certos peixes.
07. (ENEM Digital 2020) Metais são contaminantes encontrados em efluentes oriundos de diversas atividades antrópicas. Dentre esses, o mercúrio (Hg) é aquele que apresenta a maior toxicidade e o único metal que reconhecidamente causou óbitos em humanos em razão de contaminação pela via ambiental, particularmente pela ingestão de organismos aquáticos contaminados. Considere que, em um ecossistema aquático cujas águas foram contaminadas por mercúrio, esse metal será incorporado pelos organismos integrantes de toda a cadeia alimentar nos diferentes níveis tróficos.
LACERDA, L. D.; MALM, O. Contaminação por mercúrio em ecossistemas aquáticos: uma análise das áreas críticas. Estudos Avançados, n. 63, 2008 (adaptado).
Na situação apresentada, as concentrações relativas de mercúrio encontradas nos organismos serão
- mais altas nos produtores do que nos decompositores.
- iguais para todos nos diferentes níveis tróficos da cadeia alimentar.
- mais baixas nos consumidores secundários e terciários do que nos produtores.
- mais altas nos consumidores primários do que nos consumidores de maior ordem.
- mais baixas nos de níveis tróficos de menor ordem do que nos de níveis tróficos mais altos.
08. (UFGD) Assado, frito, na brasa ou cozido. Não importa o modo de preparo, o peixe tem espaço garantido na mesa da população de Roraima. No entanto, o hábito saudável e tradicional está ameaçado pelo garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. Segundo estudo de pesquisadores da Fiocruz, do Instituto Socioambiental (ISA), do Instituto Evandro Chagas e da Universidade Federal de Roraima (UFRR), os pescados coletados em três de quatro pontos na Bacia do Rio Branco apresentaram concentrações de mercúrio maiores ou iguais ao limite estabelecido pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS). [...] A pesquisa aponta que barba chata, coroataí, filhote, piracatinga e pirandirá são peixes carnívoros com risco muito alto, que devem ser consumidos no máximo em uma porção de 50 gramas, uma vez ao mês. Dourada, mandubé, liro, pescada, piranha preta e tucunaré são peixes carnívoros com alto risco, não devendo o consumo exceder 200 gramas por semana. Já curimatã, jaraqui, matrinxã, pacu seriam peixes não carnívoros com médio e baixo riscos, que não apresentam restrições para o consumo e podem ser consumidos em porções de até 300 gramas por dia. Para as mulheres grávidas, é indicado evitar, durante toda a gravidez, o consumo de peixes carnívoros (barba chata, coroataí, filhote, piracatinga, pirandirá).
ENESB. Estudo revela que peixes de rios de Roraima estão contaminados por mercúrio. FIOCRUZ, [S.l.], 29 ago. 2022.
O que ocorre no caso dos rios amazônicos, contaminados por mercúrio, e que leva às recomendações feitas sobre o modo de consumo da pesca, é o processo de bioacumulação. Sobre esse processo, é correto afirmar que substâncias ingeridas
- como o mercúrio são metabolizadas e excretadas no ambiente, poluindo (no caso dos peixes) os cursos d’água e contaminando toda a comunidade de seres vivos de uma região. As maiores concentrações ocorrem em espécies populosas.
- e não metabolizadas, como o mercúrio, acumulam-se nos tecidos dos seres vivos e aumentam suas concentrações dos primeiros aos últimos níveis de consumidores da cadeia alimentar, com maiores concentrações em carnívoros.
- e não metabolizadas, como o mercúrio, acumulam-se nos tecidos dos seres vivos e diminuem suas concentrações dos primeiros aos últimos níveis de cadeia alimentar, com menores concentrações em predadores carnívoros.
- como o mercúrio são metabolizadas e excretadas no ambiente, poluindo (no caso dos peixes) os cursos d’água e contaminando toda a comunidade de seres vivos de uma região. As maiores concentrações ocorrem em espécies com poucos indivíduos.
- como o mercúrio são metabolizadas e excretadas no ambiente. Por serem biodegradáveis, diluem-se na água (no caso dos peixes) e se espalham por imensas áreas que ficam contaminadas e se concentram, indiscriminadamente, nos tecidos dos seres
09. (FAMERP) Um novo estudo realizado pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz) na população indígena Yanomami constatou a presença de mercúrio nas amostras de cabelo de 56% das mulheres e crianças da região de Maturacá, no Amazonas, em níveis acima do tolerado pela Organização Mundial da Saúde. “O mercúrio é disseminado pelas águas dos rios e a contaminação de seres humanos se dá, especialmente, por meio da ingestão de peixes contaminados”, afirmou o coordenador da pesquisa, Paulo Basta.
(Filipe Leonel. “Contaminação por mercúrio se alastra na população Yanomami”. www.ensp.fiocruz.br, 16.08.2019. Adaptado.)
A contaminação por mercúrio apresentada no excerto está associada
- à calagem para eliminar a acidez do solo.
- ao terraceamento sem o controle de erosão.
- ao garimpo ilegal para a extração de ouro.
- à laterização para a extração da canga.
- a aterros sanitários sem a impermeabilização do terreno.
10. (UNESP) Leia o texto para responder à questão.
Lâmpadas sem mercúrio
Agora que os LEDs estão jogando para escanteio as lâmpadas fluorescentes compactas e seu conteúdo pouco amigável ao meio ambiente, as preocupações voltam-se para as lâmpadas ultravioletas, que também contêm o tóxico mercúrio.
Embora seja importante proteger-nos de muita exposição à radiação UV do Sol, a luz ultravioleta também tem propriedades muito úteis. Isso se aplica à luz UV com comprimentos de onda curtos, de 100 a 280 nanômetros, chamada luz UVC, que é especialmente útil por sua capacidade de destruir bactérias e vírus.
Para eliminar a necessidade do mercúrio para geração da luz UVC, Ida Hoiaas, da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, montou um diodo pelo seguinte procedimento: inicialmente, depositou uma camada de grafeno (uma variedade cristalina do carbono) sobre uma placa de vidro. Sobre o grafeno, dispôs nanofios de um semicondutor chamado nitreto de gálio-alumínio (AlGaN). Quando o diodo é energizado, os nanofios emitem luz UV, que brilha através do grafeno e do vidro.
(www.inovacaotecnologica.com.br. Adaptado.)
Uma das principais razões que levam o mercúrio a ser considerado “pouco amigável ao meio ambiente” é o fato de esse elemento
- ser altamente volátil, poluindo o ar das grandes metrópoles e intensificando o efeito estufa.
- interagir com compostos orgânicos de seres vivos, acumulando-se nas cadeias alimentares.
- interagir com compostos de enxofre, formando sulfeto de mercúrio (HgS), um composto insolúvel em água.
- ocorrer na crosta terrestre sob forma de um metal líquido de baixa densidade.
- ser inerte nas condições ambientais, acumulando-se no solo e no leito dos rios.