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Idade Antiga

Lista de 11 exercícios de História com gabarito sobre o tema Idade Antiga com questões da Unesp.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Idade Antiga.




01. (Unesp 2021) Leia o texto para responder à questão.

Atualmente, muitos estudiosos acreditam que é possível identificar processos de globalização em sociedades pré-modernas, em vista de fenômenos como o encurtamento relativo das distâncias (através de meios de transporte e comunicação mais eficazes), maior conectividade entre regiões previamente isoladas [...].

(Rafael Scopacasa. Revista de História, no 177, 2018.)

A expansão romana pelo mar Mediterrâneo pode ser considerada um exemplo de “globalização em sociedades pré-modernas”, pois envolveu

  1. eliminação da influência helenista e homogeneização dos hábitos alimentares na zona mediterrânica.
  2. imposição do monoteísmo romano e unidade monetária em todas as províncias controladas.
  3. descaracterização cultural dos povos dominados e interrupção da circulação marítima na região.
  4. uniformização linguística no entorno do mar e intercâmbios culturais entre os povos da região.
  5. mobilidade intensa de bens e interdependência entre regiões e povos distantes.

02. (Unesp 2020) A Odisseia choca-se com a questão do passado. Para perscrutar o futuro e o passado, recorre-se geralmente ao adivinho. Inspirado pela musa, o adivinho vê o antes e o além: circula entre os deuses e entre os homens, não todos os homens, mas os heróis, preferencialmente mortos gloriosamente em combate. Ao celebrar aqueles que passaram, ele forja o passado, mas um passado sem duração, acabado.

(François Hartog. Regimes de historicidade: presentismo e experiências do tempo, 2015. Adaptado.)

O texto afirma que a obra de Homero

  1. questiona as ações heroicas dos povos fundadores da Grécia Antiga, pois se baseia na concepção filosófica de physis.
  2. valoriza os mitos em que os gregos acreditavam e que estão no fundamento das concepções modernas de tempo e história.
  3. é fundadora da ideia de história, pois concebe o passado como um tempo que prossegue no presente e ensina os homens a aprenderem com seus erros.
  4. identifica uma forma do pensamento mítico e uma visão de passado estranha à ideia de diálogo entre temporalidades, que caracteriza a história.
  5. desenvolve uma abordagem crítica do passado e uma reflexão de caráter racionalista, semelhantes à da filosofia pré-socrática.

03. (Unesp 2019) – São uma formosura os governantes que tu modelaste, como se fosses um estatuário, ó Sócrates! [...]

– Ora pois! Concordais que não são inteiramente utopias o que estivemos a dizer sobre a cidade e a constituição; que, embora difíceis, eram de algum modo possíveis, mas não de outra maneira que não seja a que dissemos, quando os governantes, um ou vários, forem filósofos verdadeiros, que desprezem as honrarias atuais, por as considerarem impróprias de um homem livre e destituídas de valor, mas, por outro lado, que atribuem a máxima importância à retidão e às honrarias que dela derivam, e consideram o mais alto e o mais necessário dos bens a justiça, à qual servirão e farão prosperar, organizando assim a sua cidade?

(Platão. A República, 1987.)

O texto, concluído na primeira metade do século IV a.C., caracteriza

  1. a predominância das atividades econômicas rurais sobre as urbanas e enfatiza o primado da racionalidade.
  2. a organização da pólis e sustenta a existência de um governo baseado na justiça e na sabedoria.
  3. o caráter aristocrático da pólis durante o período das tiranias em Atenas e defende o princípio da igualdade social.
  4. a estruturação social da pólis e destaca a importância da democracia, consolidada durante o período de Clístenes.
  5. a importância da ação de legisladores, como Drácon e Sólon em Atenas, e apoia a consolidação da militarização espartana.

04. (Unesp 2018)

O mapa do Império Romano na época de Augusto (27 a.C. – 14 d.C.) demonstra

  1. a dificuldade das tropas romanas de avançar sobre territórios da África e a concentração dos domínios imperiais no continente europeu.
  2. a resistência do Egito e de Cartago, que conseguiram impedir o avanço romano sobre seus territórios.
  3. a conformação do maior império da Antiguidade e a imposição do poder romano sobre os chineses e indianos.
  4. a iminência de conflitos religiosos, resultantes da tensão provocada pela conquista de Jerusalém pelos cristãos.
  5. a importância do Mar Mediterrâneo para a expansão imperial e para a circulação entre as áreas de hegemonia romana.

05. (Unesp 2016) 129. Se a esposa de alguém for surpreendida em flagrante com outro homem, ambos devem ser amarrados e jogados dentro d’água, mas o marido pode perdoar a sua esposa, assim como o rei perdoa a seus escravos. [...]

133. Se um homem for tomado como prisioneiro de guerra, e houver sustento em sua casa, mas mesmo assim sua esposa deixar a casa por outra, esta mulher deverá ser judicialmente condenada e atirada na água. [...]

135. Se um homem for feito prisioneiro de guerra e não houver quem sustente sua esposa, ela deverá ir para outra casa e criar seus filhos. Se mais tarde o marido retornar e voltar à casa, então a esposa deverá retornar ao marido, assim como as crianças devem seguir seu pai. [...]

138. Se um homem quiser se separar de sua esposa que lhe deu filhos, ele deve dar a ela a quantia do preço que pagou por ela e o dote que ela trouxe da casa de seu pai, e deixá-la partir.

(www.direitoshumanos.usp.br)

Esses quatro preceitos, selecionados do Código de Hamurabi (cerca de 1780 a.C.), indicam uma sociedade caracterizada

  1. pelo respeito ao poder real e pela solidariedade entre os povos.
  2. pela defesa da honra e da família numa perspectiva patriarcal.
  3. pela isonomia entre os sexos e pela defesa da paz.
  4. pela liberdade de natureza numa perspectiva iluminista.
  5. pelo antropocentrismo e pela valorização da fertilidade feminina.

06. (Unesp 2015) A partir do século VII a.C., muitas comunidades nas ilhas, na Grécia continental, nas costas da Turquia e na Itália construíram grandes templos destinados a deuses específicos: os deuses de cada cidade.

As construções de templos foram verdadeiramente monumentais. [...] Tornaram-se as novas moradias dos deuses. Não eram mais deuses de uma família aristocrática ou de uma etnia, mas de uma pólis. Eram os deuses da comunidade como um todo. A religião surgiu, assim, como um fator aglutinador das forças cooperativas da pólis. [...]

A construção monumental foi influenciada por modelos egípcios e orientais. Sem as proezas de cálculo matemático, desenvolvidas na Mesopotâmia e no Egito, os grandes monumentos gregos teriam sido impossíveis.

(Norberto Luiz Guarinello. História antiga, 2013.)

Segundo o texto, um papel fundamental da religião, na Grécia antiga, foi o de

  1. eliminar as diferenças étnicas e sociais e permitir a igualdade social.
  2. estabelecer identidade e vínculos comunitários e unificar as crenças.
  3. impedir a persistência do paganismo e afirmar os valores cristãos.
  4. eliminar a integração política, militar e cultural entre as cidades-estados.
  5. valorizar as crenças aristocráticas e eliminar as formas de culto populares.

07. (Unesp 2013) [Na Mesopotâmia,] todos os bens produzidos pelos próprios palácios e templos não eram suficientes para seu sustento. Assim, outros rendimentos eram buscados na exploração da população das aldeias e das cidades. As formas de exploração eram principalmente duas: os impostos e os trabalhos forçados.

(Marcelo Rede. A Mesopotâmia, 2002.)

Entre os trabalhos forçados a que o texto se refere, podemos mencionar a

  1. internação de doentes e loucos em áreas rurais, onde deviam cuidar das plantações de algodão, cevada e sésamo.
  2. utilização de prisioneiros de guerra como artesãos ou pastores de grandes rebanhos de gado bovino e caprino.
  3. escravidão definitiva dos filhos mais velhos das famílias de camponeses, o que caracterizava o sistema econômico mesopotâmico como escravista.
  4. servidão por dívidas, que provocava a submissão total, pelo resto da vida, dos devedores aos credores.
  5. obrigação de prestar serviços, devida por toda a população livre, nas obras realizadas pelo rei, como templos ou muralhas.

08. (Unesp 2011) O Templo da Concórdia foi construído no sul da Sicília, no século V a.C., e é um marco da

  1. arte românica, caracterizada pelos arcos de meia volta e pela inspiração religiosa politeísta.
  2. arquitetura clássica, imposta pelos macedônios à ilha no processo de helenização empreendido por Alexandre, o Grande.
  3. arte etrusca, oriunda do norte da península itálica e desenvolvida no Mediterrâneo durante o período de hegemonia romana.
  4. arquitetura dórica, levada à ilha pelos gregos na expansão e colonização mediterrânea da chamada Magna Grécia.
  5. arte gótica, marcada pela verticalização das construções e pela sugestão de ascese dos homens ao reino dos céus.

09. (Unesp 2009) De cidade em cidade, de civilização em civilização, a ciência viaja com as caravanas de mercadores, os exércitos invasores e os viajantes solitários. A matemática dos gregos, entre eles Pitágoras, chegou até nós por meio de Alexandria, cidade egípcia às margens do Nilo. Ali um grego chamado Euclides, que chegou à cidade no ano 300 a.C., escreveu um dos livros mais copiados e traduzidos de toda a História: Elementos de Geometria.

A história dessa cidade e da “viagem” do conhecimento grego se confunde com a trajetória dos macedônios.

(Flavio Campos e Renan Garcia Miranda, A escrita da História)

A respeito dos macedônios, pode-se afirmar que foram

  1. um povo guerreiro, que acabou dominado pelos exércitos romanos de César e Marco Antônio, após décadas de resistência.
  2. grandes matemáticos, que souberam aplicar seus conhecimentos na construção de algumas das maravilhas da Antiguidade.
  3. conquistadores da Grécia, que expandiram seu império para o Oriente e promoveram o que passou a ser conhecido como Helenismo.
  4. precursores da cultura grega; atribui-se aos seus filósofos e pensadores a criação do pensamento mítico.
  5. grandes mercadores, responsáveis por disseminar junto aos gregos os avanços técnicos da arquitetura egípcia.

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