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Brasil Império

Lista de 07 exercícios de História com gabarito sobre o tema Brasil Império com questões da Unesp.


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01. (UFRR 2020) A revolução social dos cabanos que explodiu em Belém do Pará, em 1835, deixou mais de 30 mil mortos e uma população local que só voltou a crescer significativamente em 1860. Este movimento matou mestiços, índios e africanos pobres ou escravos, mas também dizimou boa parte da elite da Amazônia. O principal alvo dos cabanos era os brancos, especialmente os portugueses mais abastados. A grandiosidade desta revolução extrapola o número e a diversidade das pessoas envolvidas.

(RICCI, Magda. “Cabanagem, cidadania e identidade revolucionária: o problema do patriotismo na Amazônia entre 1835 e 1840”. Tempo, Niterói, v. 11, n. 22, 2007, p. 6).

Sobre as Revoltas Regenciais, é CORRETO afirmar que:

  1. foram movimentos de contestação armada em relação à ordem monárquica brasileira e que alteraram profundamente as estruturas sociais e econômicas estabelecidas, a partir do estabelecimento da harmonia entre os poderes constitucionais do Império.
  2. foram levantes majoritariamente republicanos que conseguiram mobilizar populações pobres e, em particular, escravizados no Brasil monárquico, demonstrando que a questão da centralização do poder foi objeto de muitas disputas ao longo de todo o século XIX.
  3. foram movimentos que eclodiram nas províncias nordestinas, que lutaram pelo estabelecimento de um sistema monárquico descentralizado, que delegasse às províncias brasileiras a solução da chamada “questão servil”.
  4. podem ser entendidas como respostas radicais à política centralizadora do Império, que restringia a autonomia financeira e administrativa das províncias brasileiras e tinham em comum a crítica liberal às tendências absolutistas, persistentes no governo de D. Pedro II.
  5. em sua maioria, eram revoltas lideradas pelos grandes proprietários de terras, que exigiam uma posição mais forte e centralizadora do governo imperial brasileiro, provocando embates entre portugueses e brasileiros que chegaram a colocar em risco a independência brasileira.

02. (UFRR 2020) Diversos projetos abolicionistas invadiram a cena política brasileira no último quarto do século XIX. O de André Rebouças foi um dos mais radicais. Talvez, por isso, tenha acabado derrotado. [...] Dedicado a compreender os mecanismos que emperravam o desenvolvimento do país, chegou à conclusão de que vivíamos um bloqueio estrutural para a emergência de indivíduos livres. E que a libertação dos escravos, por si só, não seria suficiente.

(CARVALHO, Maria Alice Rezende de. “Liberdade é terra”. In FIGUEIREDO, Luciano (org.). A era da escravidão. Rio de Janeiro: Sabin, 2009. (Coleção Revista de História no Bolso;3), p. 85).

A trajetória e as ideias do engenheiro baiano André Rebouças – mulato e filho de um relevante membro da elite política monárquica no Brasil – demonstram a diversidade do movimento abolicionista no século XIX. Sobre as lutas pela abolição do sistema escravocrata brasileiro, assinale a alternativa CORRETA.

  1. A luta radical pela extinção imediata da escravidão, no século XIX, comprova a existência de uma elite aristocrática abolicionista ligada à agroexportação cafeeira em permanente enfrentamento com a Coroa brasileira, desde os tempos da assembleia constituinte de 1823.
  2. A defesa da abolição da escravidão, da reforma agrária e da consequente transformação dos exescravos em pequenos produtores rurais independentes comprova a presença de um ideário modernizante nas lutas abolicionistas no Brasil.
  3. O projeto de abolição radical, que compreendia a libertação dos escravizados, mas também a democratização do acesso à terra, teve o apoio de setores da alta cúpula do Exército, a despeito da manutenção do respeito hierárquico à função estatal de punir as fugas de escravizados no Brasil.
  4. A proposta de promoção da cidadania política plena aos ex-escravos acompanhou o debate abolicionista brasileiro, atenuando, ao longo do século XIX, o crescimento das revoltas escravas e, consequentemente, arrefecendo o preconceito racial no Brasil monárquico.
  5. A ala radical do movimento abolicionista consolidou a articulação de todos os senadores do Império, ao defender a inserção dos ex-escravos na sociedade e a desobediência civil contra a “Lei Saraiva-Cotegipe” aprovada pelo Parlamento brasileiro, na segunda metade do século XIX.

03. (UFRR 2017) TEXTO I

“ ...na cidade de Óbidos, em 11 de janeiro de 1854 [...] Raimunda, “24 anos de idade, crioula, bem retinta, um tanto baixa, bem figurada, muito humilde” [...] estava fugida com seu companheiro José Moisés, “de 26 anos de idade, cafuz bastante fornido do corpo, estatura regular, mal encarado, olhos pequenos, e fundos”. Os dois fugiram com a ajuda do forro Antônio Maranhoto, natural do Maranhão que [...antes] “foi marinheiro de embarcação de guerra”[...]. Em fevereiro de 1861, a escrava Benedita, “cafuza, natural de Óbidos, com falta de dentes na frente, cabelos cacheados, cheia de corpo, cara risonha” fugiu na companhia do soldado mulato Francisco Lima. Levou uma rede nova, um balaio e um baú de cedro contendo “um par de chinela, um fio de conta de ouro, uma camisa de chita amarela, uma saia de cambraia branca com três folhos e duas camisas brancas”. Em abril do mesmo ano, a escrava Maria, “crioula retinta, magra, alta, olhos e beiços grandes” fugiu com Hipólito, “crioulo bem retinto, barbado, falta de dentes na parte superior”. Maria e Hipólito fugiram pouco tempo depois do falecimento de seu senhor Antônio Guerra, diretor de índios no rio Madeira.

A viúva pedia sua captura e ainda oferecia 100 mil réis de recompensa por cada escravo.”

CAVALCANTI, Y.R.O; SAMPAIO, P.M. Histórias de Joaquinas, Mulheres, Escravidão e Liberdade (Brasil, Amazonas: séc.XIX). Revista Afro-Ásia, 46. p.97-120. Disponível em < http://www.scielo.br/pdf/afro/n46/a03n46.pdf>

Com base no texto I e nos seus conhecimentos sobre a escravidão negra no Brasil durante a segunda metade do século XIX, é CORRETO afirmar:

  1. Embora submetidas ao trabalho compulsório, as mulheres no cativeiro recebiam especiais cuidados e preocupação de seus senhores, por isso tinham liberdade plena para constituir e manter laços familiares;
  2. O estado do Amazonas foi um dos primeiros a decidir pelo fim da escravidão e isso aconteceu porque não havia mais escravos negros na região;
  3. Em 1871, a Lei do Ventre Livre libertou milhares de filhos de escravos, diminuindo consideravelmente as fugas de mulheres, como as apresentadas no texto;
  4. A má influência masculina explica as fugas das mulheres escravas, pois o trabalho escravo feminino era feito exclusivamente no interior das casas grandes, onde geralmente as negras eram tratadas como parte da família;
  5. Em 1850, pela Lei Euzébio de Queiroz, foi proibido o tráfico internacional e, consequentemente, a importação de escravos, mas continuava sendo legal manter escravos em cativeiro.

04. (UFRR 2017) TEXTO I

“ ...na cidade de Óbidos, em 11 de janeiro de 1854 [...] Raimunda, “24 anos de idade, crioula, bem retinta, um tanto baixa, bem figurada, muito humilde” [...] estava fugida com seu companheiro José Moisés, “de 26 anos de idade, cafuz bastante fornido do corpo, estatura regular, mal encarado, olhos pequenos, e fundos”. Os dois fugiram com a ajuda do forro Antônio Maranhoto, natural do Maranhão que [...antes] “foi marinheiro de embarcação de guerra”[...]. Em fevereiro de 1861, a escrava Benedita, “cafuza, natural de Óbidos, com falta de dentes na frente, cabelos cacheados, cheia de corpo, cara risonha” fugiu na companhia do soldado mulato Francisco Lima. Levou uma rede nova, um balaio e um baú de cedro contendo “um par de chinela, um fio de conta de ouro, uma camisa de chita amarela, uma saia de cambraia branca com três folhos e duas camisas brancas”. Em abril do mesmo ano, a escrava Maria, “crioula retinta, magra, alta, olhos e beiços grandes” fugiu com Hipólito, “crioulo bem retinto, barbado, falta de dentes na parte superior”. Maria e Hipólito fugiram pouco tempo depois do falecimento de seu senhor Antônio Guerra, diretor de índios no rio Madeira.

A viúva pedia sua captura e ainda oferecia 100 mil réis de recompensa por cada escravo.”

CAVALCANTI, Y.R.O; SAMPAIO, P.M. Histórias de Joaquinas, Mulheres, Escravidão e Liberdade (Brasil, Amazonas: séc.XIX). Revista Afro-Ásia, 46. p.97-120. Disponível em < http://www.scielo.br/pdf/afro/n46/a03n46.pdf>

Durante o Período Regencial, a atuação política dos partidos Liberal e Conservador não impediu ocorrência de diversos conflitos, entre eles a Cabanagem, que envolveu a população civil, políticos influentes e as forças militares leais aos governos regenciais, entre 1835 e 1840.

Sobre esse contexto pode-se afirmar, EXCETO:

  1. Fugas e deserções como as descritas no texto I demonstravam o descontentamento popular e a resistência aos serviços forçados, fatores que fomentaram a participação de mestiços e negros na Cabanagem;
  2. A exemplo do que aconteceu em Minas Gerais, o partido Conservador do Grão-Pará não aceitou a posse de D. Pedro I depois da independência e esse foi o estopim do conflito, que terminou sem derramamento de sangue;
  3. Os governos regenciais não eram considerados representativos dos interesses de fazendeiros e comerciantes do Norte, desejosos de maior participação política na organização do Império;
  4. Ribeirinhos, negros, índios, mestiços e brancos compuseram, em diferentes escalas, a enorme massa de mortos em consequência da Cabanagem;
  5. O Período Regencial trouxe mudanças na legislação que demonstram a limitada participação popular no governo, pois não abordavam problemas como saúde, habitação, educação, etc. e geraram grande instabilidade política no Império.

05. (UFRR 2015) Sobre a Cabanagem, é INCORRETO afirmar que:

  1. a rebelião foi liderada por ex-escravos que pretendiam assumir o governo e garantir melhoria nas condições de vida;
  2. ocorreu em Belém, na primeira metade do século XIX e teve como objetivo tomar o poder, situação que se concretizou com o assassinato do, então, governador da província, durante a ocupação da cidade pelos revoltosos;
  3. o inconformismo de fazendeiros e comerciantes com a nomeação do presidente da província do Pará, definido pelo poder central e a miséria da população são os dois fatos que deram início à Cabanagem;
  4. a Cabanagem foi uma das rebeliões regenciais que refletia uma insatisfação geral da população brasileira com o governo central, em um contexto de crise econômica e as condições de vida das classes populares;
  5. a origem do nome está na característica da maioria dos participantes que eram trabalhadores rurais e que moravam em cabanas nas margens dos rios.

06. (UFRR 2012) Deus meu! Há pessoas que nasceram depois da Guerra do Paraguai! Há rapazes que fazem a barba, que namoram, que se casam, que têm filhos e, não obstante, nasceram depois da batalha de Aquidaban. A longa duração da guerra, que perdurou de dezembro de 1864 a março de 1870, criou uma nova realidade, uma "vida intensa ”, no Rio de janeiro. Numa época em que não existia o telégrafo internacional, esperava-se a chegada de navios vindos do Rio da Prata com notícias da frente de batalha. O cotidiano se alterou nas outras duas capitais aliadas, Buenos Aires e Montevidéu, por onde passavam tropas brasileiras enviadas ao Paraguai e doentes evacuados da frente de batalha.

(Machado de Assis. Trecho de crônica publicada na revista A Semana, 1894)

A Guerra do Paraguai trouxe inúmeras transformações sociais e políticas para os países que nela estiveram evolvidos, como narra o texto de Machado de Assis. Sobre a Guerra do Paraguai, assinale a alternativa correta:

  1. as causas da guerra foram econômicas, pois o Paraguai do século XIX era a maior potência da região porque tinha acesso privilegiado a portos marítimos e era independente do comércio capitalista internacional;
  2. a Guerra do Paraguai representa um dos pilares do início da desestruturação do sistema monárquico brasileiro, pois uma das consequências do conflito foi o fortalecimento social do papel dos militares do Exército;
  3. no Brasil, Dom Pedro II aproveitou a Vitória na Guerra do Paraguai para promover internamente reformas políticas e sociais que a população esperava e assim fortaleceu o seu governo;
  4. a infantaria brasileira era formada pelo grupo conhecido como Voluntários da Pátria, que agregava soldados profissionais e a elite agrícola ligada à monarquia;
  5. a Guerra do Paraguai findou com a derrota do Paraguai pela Tríplice Aliança (Argentina, Brasil e Uruguai) e o Brasil auxiliou, após o fim do conflito, no processo de recuperação do país destruído.

07. (UFRR 2010) Durante o reinado de D. Pedro II ocorreram diversas mudanças no país. Sobre estas mudanças é correto afirmar que:

  1. As lavouras de cana de açúcar vão continuar sendo o pilar de sustentação da economia nacional.
  2. Faz um plebiscito para a escolha do Primeiro Ministro.
  3. Proíbe a exploração do transporte ferroviário pelo capital estrangeiro.
  4. Incentiva a migração japonesa para a Amazônia.
  5. Promoveu a substituição da mão-de-obra escrava pelo imigrante europeu.

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