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Idade Moderna

Lista de 10 exercícios de História com gabarito sobre o tema Idade Moderna com questões da Fuvest.




01. (Fuvest 2020) A entrega pacífica do governo a um adversário pressupunha um elevado nível de automoderação. O mesmo determinou a boa vontade de um governo em não usar os seus grandes recursos do poder na humilhação ou destruição de predecessores hostis ou opositores (...). As técnicas militares deram lugar às técnicas verbais do debate feitas de retórica e de persuasão, a maior parte das quais exigia mais contenção geral, identificando, de modo nítido, esta mudança com um avanço da civilização.

Norbert Elias, A busca da excitação. Lisboa: Difel, 1992.

O processo histórico britânico ofereceu, entre os séculos XVII e XIX, modelos institucionais e práticas políticas importantes. A respeito deles, é correto afirmar que

  1. os debates acalorados no Parlamento, que desencadearam uma série de lutas sociais no século XVIII, foram apenas superados no início do século XIX com a instauração do Regime Parlamentar.
  2. após o turbulento século XVII, marcado por sucessivas lutas sociais e golpes de Estado, a pacificação entre as classes dominantes ocorreu com o fortalecimento do Regime Parlamentar ao longo do século XVIII.
  3. a instauração da República de Cromwell e do parlamentarismo, em meados do século XVIII, foi responsável pelo fim das turbulências políticas características do absolutismo monárquico.
  4. o avanço da civilização mencionado no texto ocorreu com o estabelecimento do princípio da tolerância religiosa entre anglicanos, calvinistas e católicos pelo Parlamento no final do século XVIII.
  5. o estabelecimento do parlamento bicameral, com representação para os nobres e para a burguesia enriquecida, e do direito de voto universal, ambos no século XVIII, foram responsáveis pela contenção daslutassociais naGrã‐Bretanha.

02. (Fuvest 2018) Tanto no desenvolvimento político como no científico, o sentimento de funcionamento defeituoso, que pode levar à crise, é um pré-requisito para a revolução.

T. S. Kuhn. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1989.

Analise as quatro afirmações seguintes, acerca das revoluções políticas e científicas da Época Moderna.

I. A concepção heliocêntrica de Nicolau Copérnico,ustentada na obra Das revoluções das esferas celestes, de 1543, reforçava a doutrina católica contra os postulados protestantes.

II. A Lei da Gravitação Universal, proposta por Isaac Newton no século XVII, reforçava as radicais perspectivas ateístas que haviam pautado as ações dos grupos revolucionários nanglaterra à época da Revolução Puritana.

III. Às experiências com eletricidade realizadas por Benjamin Franklin no século XVIII, somou-se sua atuação no processo de emancipação política dos Estados Unidos da América.

IV. Os estudos sobre o oxigênio e sobre a conservação da matéria, feitos por Antoine Lavoisier ao final do século XVIII, estavam em consonância com a racionalização do conhecimento, característica da Ilustração.

Estão corretas apenas as afirmações

  1. I, II e III.
  2. II, III e IV.
  3. I, III e IV.
  4. I e II.
  5. III e IV.

03. (Fuvest 2017) Em uma significativa passagem da tragédia Macbeth, de Shakespeare, seu personagem principal declara: “Ouso tudo o que é próprio de um homem; quem ousa fazermais do que isso não o é”. De acordo com muitos intérpretes, essa postura revela, com extraordinária clareza, toda a audácia da experiência renascentista.

Com relação à cultura humanista, é correto afirmar que

  1. o mecenato de príncipes, de instituições e de famílias ricas e poderosas evitou os constrangimentos, prisão e tortura de artistas e de cientistas.
  2. a presença majoritária de temáticas religiosas nas artes plásticas demonstrava as dificuldades de assimilar as conquistas científicas produzidas naquele momento.
  3. a observação da natureza, os experimentos e a pesquisa empírica contribuíram para o rompimento de alguns dos dogmas fundamentais da Igreja.
  4. a reflexão dedutiva e o cálculo matemático limitaram-se à pesquisa teórica e somente seriam aplicados na chamada revolução científica do século XVII.
  5. a avidez de conhecimento e de poder favoreceu a renovação das universidades e a valorização dos saberes transmitidos pela cultura letrada.

04. (Fuvest 2016) A imagem pode ser corretamente lida como uma

  1. defesa do mercantilismo e do protecionismo comercial ingleses, ameaçados pela cobiça de outros impérios, sobretudo o francês.
  2. crítica à monarquia inglesa, vista, no contexto da expansão revolucionária francesa, como opressora da própria sociedade inglesa.
  3. alegoria das pretensões francesas sobre a Inglaterra, já que Napoleão Bonaparte era frequentemente considerado, pela burguesia, um líder revolucionário ateu.
  4. apologia da monarquia e da igreja inglesas, contrárias à laicização da política e dos costumes típicos da Europa da época.
  5. propaganda de setores comerciais ingleses, defensores dos monopólios comerciais e contrários ao livre-cambismo que, à época, ganhava força no país.

05. (Fuvest 2014) As chamadas “revoluções inglesas”, transcorridas entre 1640 e 1688, tiveram como resultados imediatos

  1. a proclamação dos Direitos do Homem e do Cidadão e o fim dos monopólios comerciais.
  2. o surgimento da monarquia absoluta e as guerras contra a França napoleônica.
  3. o reconhecimento do catolicismo como religião oficial e o fortalecimento da ingerência papal nas questões locais.
  4. o fim do anglicanismo e o início das demarcações das terras comuns.
  5. o fortalecimento do Parlamento e o aumento, no governo, da influência dos grupos ligados às atividades comerciais.

06. (Fuvest 2014) A ideia de ocupação do continente pelo povo americano teve também raízes populares, no senso comum e também em fundamentos religiosos. O sonho de estender o princípio da “união” até o Pacífico foi chamado de “Destino Manifesto”.

Nancy Priscilla S. Naro. A formação dos Estados Unidos. São Paulo: Atual, 1986, p. 19.

A concepção de “Destino Manifesto”, cunhada nos Estados Unidos da década de 1840,

  1. difundiu a ideia de que os norte-americanos eram um povo eleito e contibuiu para justificar o desbravamento de fronteiras e a expansão em direção ao Oeste.
  2. tinha origem na doutrina judaica e enfatizava que os homens deviam temer a Deus e respeitar a todos os semelhantes, independentemente de sua etnia ou posição social.
  3. baseava-se no princípio do multiculturalismo e impediu a propagação de projetos ou ideologias racistas no Sul e no Norte dos Estados Unidos.
  4. derivou de princípios calvinistasa e rejeitava a valorização do individualismo e do aventureirismo nas campanhas militares de conquista territorial, privilegiando as ações coordenadas pelo Estado.
  5. defendia a necessidade de se preservar a natureza e impediu o prosseguimento das guerras contra indígenas, na conquista do Centro e do Oeste do território norte-americano.

07. (Fuvest 2013) Oh! Aquela alegria me deu náuseas. Sentia-me ao mesmo tempo satisfeito e descontente. E eu disse: tanto melhor e tanto pior. Eu entendia que o povo comum estava tomando a justiça em suas mãos. Aprovo essa justiça, mas poderia não ser cruel? Castigos de todos os tipos, arrastamentos e esquartejamentos, tortura, a roda, o cavalete, a fogueira, verdugos proliferando por toda parte trouxeram tanto prejuízo aos nossos costumes! Nossos senhores colherão o que semearam.

Graco Babeuf, citado por R. Darnton. O beijo de Lamourette. Mídia, cultura e revolução. São Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 31. Adaptado.

O texto é parte de uma carta enviada por Graco Babeuf à sua mulher, no início da Revolução Francesa de 1789. O autor

  1. discorda dos propósitos revolucionários e defende a continuidade do Antigo Regime, seus métodos e costumes políticos.
  2. apoia incondicionalmente as ações dos revolucionários por acreditar que não havia outra maneira de transformar o país.
  3. defende a criação de um poder judiciário, que atue junto ao rei.
  4. caracteriza a violência revolucionária como uma reação aos castigos e à repressão antes existentes na França.
  5. aceita os meios de tortura empregados pelos revolucionários e os considera uma novidade na história francesa.

08. (Fuvest 2013) “O senhor acredita, então”, insistiu o inquisidor, “que não se saiba qual a melhor lei?” Menocchio respondeu: “Senhor, eu penso que cada um acha que sua fé seja a melhor, mas não se sabe qual é a melhor; mas, porque meu avô, meu pai e os meus são cristãos, eu quero continuar cristão e acreditar que essa seja a melhor fé”.

Carlo Ginzburg. O queijo e os vermes. São Paulo: Companhia das Letras, 1987, p. 113.

O texto apresenta o diálogo de um inquisidor com um homem (Menocchio) processado, em 1599, pelo Santo Ofício. A posição de Menocchio indica

  1. uma percepção da variedade de crenças, passíveis de serem consideradas, pela Igreja Católica, como heréticas.
  2. uma crítica à incapacidade da Igreja Católica de combater e eliminar suas dissidências internas.
  3. um interesse de conhecer outras religiões e formas de culto, atitude estimulada, à época, pela Igreja Católica.
  4. um apoio às iniciativas reformistas dos protestantes, que defendiam a completa liberdade de opção religiosa.
  5. uma perspectiva ateísta, baseada na sua experiência familar.

09. (Fuvest 2011) Quando a expansão comercial europeia ganhou os oceanos, a partir do século XV, rapidamente o mundo conheceu um fenômeno até então inédito: populações que jamais tinham tido qualquer contato umas com as outras passaram a se aproximar, em diferentes graus. Uma das dimensões dramáticas desses novos contatos foi o choque entre ambientes bacteriológicos estranhos, do qual resultou a “mundialização” de doenças e, consequentemente, altas taxas de mortalidade em sociedades cujos indivíduos não possuíam anticorpos para enfrentar tais doenças. Isso ocorreu, primeiro, entre as populações

  1. orientais do continente europeu.
  2. nativas da Oceania.
  3. africanas do Magreb.
  4. indígenas da América Central.
  5. asiáticas da Indonésia.

10. (Fuvest 2010) Carlos III, rei da Espanha entre 1759 e 1788, implementou profundas reformas – conhecidas como bourbônicas – que tiveram grandes repercussões sobre as colônias espanholas na América. Entre elas,

  1. o estabelecimento de medidas econômicas e políticas, para maior controle da Coroa sobre as colônias.
  2. o redirecionamento da economia colonial, para valorizar a indústria em detrimento da agricultura de exportação.
  3. a promulgação de medidas políticas, levando à separação entre a Igreja Católica e a Coroa.
  4. a reestruturação das tradicionais comunidades indígenas, visando instituir a propriedade privada.
  5. a decretação de medidas excepcionais, permitindo a escravização dos africanos e, também, a dos indígenas.