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Brasil Império

Lista de 08 exercícios de História com gabarito sobre o tema Brasil Império com questões da Fuvest.




01. (Fuvest 2021) A economia do Império do Brasil foi caracterizada por:

  1. Prevalecimento do trabalho assalariado imigrante e investimentos estatais na indústria primária.
  2. Desenvolvimento de relações comerciais e diplomáticas com países americanos, em detrimento das relações com os países europeus.
  3. Conjugação entre desenvolvimento agrícola e industrial, responsável por tornar o Brasil a 42 maior economia do mundo.
  4. Crescimento progressivo da dívida externa e preponderância de uma economia agroexportadora.
  5. Redução contínua do tráfico de escravos e políticas públicas voltadas à alfabetização e capacitação profissional de trabalhadores pobres.

02. (Fuvest 2021) A Cabanagem foi uma revolta social ocorrida no norte do Brasil entre 1835 e 1840 e se insere em um contexto frequentemente chamado de “Período Regencial”.

Trata-se de uma revolta que, junto a outras do mesmo período, tipifica

  1. o impacto, no Brasil, de conflitos de fronteira com os países hispânicos recém-formados na América.
  2. a expansão de interesses imperialistas franceses e alemães em meio à geopolítica da Segunda Revolução Industrial.
  3. a capacidade negociadora das elites imperiais em evitar que questões regionais desembocassem em conflitos armados.
  4. a persistência, no contexto nacional brasileiro, de disputas entre jesuítas e governantes em torno da exploração do trabalho escravo.
  5. o caráter violento e socialmente excludente do processo de formação do Estado nacional brasileiro.

03. (Fuvest 2019) Observe as imagens das duas charges de Angelo Agostini publicadas no periódico Vida Fluminense. Ambas oferecem representações sobre a Guerra do Paraguai, que causaram forte impacto na opinião pública. A imagem I retrata Solano López como o “Nero do século XIX”; a imagem II figura um soldado brasileiro que retorna dos campos de batalha.

Sobre as imagens, é correto afirmar, respectivamente:

  1. Atribui um caráter redentor ao chefe da tropa paraguaia; fixa o assombro do soldado brasileiro ao constatar a persistência da opressão escravista.
  2. Denuncia os efeitos da guerra entre a população brasileira; ilustra a manutenção da violência entre a população cativa.
  3. Reconhece os méritos militares do general López; denota a incongruência entre o recrutamento de negros libertos e a manutenção da escravidão.
  4. Personifica o culpado pelo morticínio do povo paraguaio; estimula o debate sobre o fim do trabalho escravo no Brasil.
  5. Fixa atributos de barbárie ao ditador Solano López; sublinha a incompatibilidade entre o Exército e o exercício da cidadania.

04. (Fuvest 2017) No Brasil, do mesmo modo que em muitos outros países latino-americanos, as décadas de 1870 e 1880 foram um período de reforma e de compromisso com as mudanças. De maneira geral, podemos dizer que tal movimento foi uma reação às novas realidades econômicas e sociais resultantes do desenvolvimento capitalista não só como fenômeno mundial mas também em suas manifestações especificamente brasileiras.

Emília Viotti da Costa, “Brasil: a era da reforma, 1870-1889”. In: Leslie Bethell, História da América Latina, v.5. São Paulo: Edusp, 2002. Adaptado.

A respeito das mudanças ocorridas na última década do Império do Brasil, cabe destacar a reforma

  1. eleitoral, que, ao instituir o voto direto para os cargos eletivos do Império, ao mesmo tempo em que proibiu o voto dos analfabetos, reduziu notavelmente a participação eleitoral dos setores populares.
  2. religiosa, com a adoção do ultramontanismo como política oficial para as relações entre o Estado brasileiro e o poder papal, o que permitiu ao Império ganhar suporte internacional.
  3. fiscal, com a incorporação integral das demandas federativas domovimento republicano por meio da revisão dos critérios de tributação provincial e municipal.
  4. burocrática, que rompeu as relações de patronato empregadas para a composição da administração imperial, com a adoção de um sistema unificado de concursos para preenchimento de cargos públicos.
  5. militar, que abriu espaço para que o alto comando do Exército, vitorioso na Guerra do Paraguai, assumisse um maior protagonismo na gestão dos negócios internos do Império.

05. (Fuvest 2012) Examine a seguinte tabela:

A tabela apresenta dados que podem ser explicados

  1. pela lei de 1831, que reduziu os impostos sobre os escravos importados da África para o Brasil.
  2. pelo descontentamento dos grandes proprietários de terras em meio ao auge da campanha abolicionista no Brasil.
  3. pela renovação, em 1844, do Tratado de 1826 com a Inglaterra, que abriu nova rota de tráfico de escravos entre Brasil e Moçambique.
  4. pelo aumento da demanda por escravos no Brasil, em função da expansão cafeeira, a despeito da promulgação da Lei Aberdeen, em 1845.
  5. pela aplicação da Lei Eusébio de Queirós, que ampliou a entrada de escravos no Brasil e tributou o tráfico interno.

06. (Fuvest 2012) Fui à terra fazer compras com Glennie. Há muitas casas inglesas, tais como celeiros e armazéns não diferentes do que chamamos na Inglaterra de armazéns italianos, de secos e molhados, mas, em geral, os ingleses aqui vendem suas mercadorias em grosso a retalhistas nativos ou franceses. (...) As ruas estão, em geral, repletas de mercadorias inglesas. A cada porta as palavras Superfino de Londres saltam aos olhos: algodão estampado, panos largos, louça de barro, mas, acima de tudo, ferragens de Birmingham, podem-se obter um pouco mais caro do que em nossa terra nas lojas do Brasil.

Maria Graham. Diário de uma viagem ao Brasil. São Paulo, Edusp, 1990, p. 230 (publicado originalmente em 1824). Adaptado.

Esse trecho do diário da inglesa Maria Graham referese à sua estada no Rio de Janeiro em 1822 e foi escrito em 21 de janeiro deste mesmo ano. Essas anotações mostram alguns efeitos

  1. do Ato de Navegação, de 1651, que retirou da Inglaterra o controle militar e comercial dos mares do norte, mas permitiu sua interferência nas colônias ultramarinas do sul.
  2. do Tratado de Methuen, de 1703, que estabeleceu a troca regular de produtos portugueses por mercadorias de outros países europeus, que seriam também distribuídas nas colônias.
  3. da abertura dos portos do Brasil às nações amigas, decretada por D. João em 1808, após a chegada da família real portuguesa à América.
  4. do Tratado de Comércio e Navegação, de 1810, que deu início à exportação de produtos do Brasil para a Inglaterra e eliminou a concorrência hispanoamericana.
  5. da ação expansionista inglesa sobre a América do Sul, gradualmente anexada ao Império Britânico, após sua vitória sobre as tropas napoleônicas, em 1815.

07. (Fuvest 2009) “Nossas instituições vacilam, o cidadão vive receoso, assustado; o governo consome o tempo em vãs recomendações... O vulcão da anarquia ameaça devorar o Império: aplicai a tempo o remédio.”

Padre Antonio Feijó, em 1836.

Essa reflexão pode ser explicada como uma reação à

  1. revogação da Constituição de 1824, que fornecia os instrumentos adequados à manutenção da ordem.
  2. intervenção armada brasileira na Argentina, que causou grandes distúrbios nas fronteiras.
  3. disputa pelo poder entre São Paulo, centro econômico importante, e Rio de Janeiro, sede do governo.
  4. crise decorrente do declínio da produção cafeeira, que produziu descontentamento entre proprietários rurais.
  5. eclosão de rebeliões regionais, entre elas, a Cabanagem no Pará e a Farroupilha no sul do país.

08. (Fuvest 2009) A imigração de italianos (desde o final do século XIX) e a de japoneses (desde o início do século XX), no Brasil, estão associadas a

  1. uma política nacional de atração de mão-de-obra para a lavoura e às transformações sociais provocadas pelo capitalismo na Itália e no Japão.
  2. interesses geopolíticos do governo brasileiro e às crises industrial e política pelas quais passavam a Itália e o Japão.
  3. uma demanda de mão-de-obra para a indústria e às pressões políticas dos fazendeiros do sudeste do país.
  4. uma política nacional de fomento demográfico e a um acordo com a Itália e o Japão para exportação de matérias-primas.
  5. acordos internacionais que proibiram o tráfico de escravos e à política interna de embranquecimento da população brasileira.