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Trabalho II

Lista de 08 exercícios de Sociologia com gabarito sobre o tema Trabalho II com questões do Enem.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Trabalho II.

1. (Enem 2011) Em geral, os nossos tupinambás ficam bem admirados ao ver os franceses e os outros dos países longínquos terem tanto trabalho para buscar o seu arabotã, isto é, pau-brasil. Houve uma vez um ancião da tribo que me fez esta pergunta: “Por que vindes vós outros, mairs e perós (franceses e portugueses), buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra?”

(LÉRY, J. Viagem à Terra do Brasil. In: FERNANDES, F. Mudanças Sociais no Brasil. São Paulo: Difel, 74)

O viajante francês Jean de Léry (1534-1611) reproduz um diálogo travado, em 1557, com um ancião tupinambá, o qual demonstra uma diferença entre a sociedade europeia e a indígena no sentido:

  1. do destino dado ao produto do trabalho nos seus sistemas culturais.
  2. da preocupação com a preservação dos recursos ambientais.
  3. do interesse de ambas em uma exploração comercial mais lucrativa do pau-brasil.
  4. da curiosidade, reverência e abertura cultural recíprocas.
  5. da preocupação com o armazenamento de madeira para os períodos de inverno.

2. (Enem PPL 2011) As relações sociais, produzidas a partir da expansão do mercado capitalista ― e o sistema de fábrica é seu “estágio superior” ―, tornaram possível o desenvolvimento de uma determinada tecnologia, isto é, aquela que supõe a priori a expropriação dos saberes daqueles que participam do processo de trabalho. Nesse sentido, foi no sistema de fábrica que uma dada tecnologia pôde se impor, não apenas como instrumento para incrementar a produtividade do trabalho, mas, muito principalmente, como instrumento para controlar, disciplinar e hierarquizar esse processo de trabalho.

(DECCA, E. S. O Nascimento das Fábricas. São Paulo: Brasiliense, 1986 - fragmento)

Mais do que trocar ferramentas pela utilização de máquinas, o capitalismo, por meio do “sistema de fábrica”, expropriou o trabalhador do seu “saber fazer”, provocando, assim,

  1. a divisão e a hierarquização do processo laboral, que ocasionaram o distanciamento do trabalhador do seu produto final.
  2. o movimento dos trabalhadores das áreas urbanas em direção às rurais, devido à escassez de postos de trabalho nas fábricas.
  3. a associação da figura do trabalhador à do assalariado, fato que favorecia a valorização do seu trabalho e a inserção no processo fabril.
  4. a organização de grupos familiares em galpões para elaboração e execução de manufaturas que seriam comercializadas.
  5. a desestruturação de atividades lucrativas praticadas pelos artesãos ingleses desde a Baixa Idade Média

3. (Enem PPL 2011) Parece-me bastante significativo que a questão muito discutida sobre se o homem deve ser “ajustado” à máquina ou se a máquina deve ser ajustada à natureza do homem nunca tenha sido levantada a respeito dos meros instrumentos e ferramentas. E a razão disto é que todas as ferramentas da manufatura permanecem a serviço da mão, ao passo que as máquinas realmente exigem que o trabalhador as sirva, ajuste o ritmo natural do seu corpo ao movimento mecânico delas.

Com base no texto, as principais consequências da substituição da ferramenta manual pela máquina são:

  1. o adestramento do corpo e a perda da autonomia do trabalhador.
  2. a reformulação dos modos de produção e o engajamento político do trabalhador.
  3. o aperfeiçoamento da produção manufatureira criativa e a rejeição do trabalho repetitivo.
  4. o abandono da produção manufatureira e o aperfeiçoamento da máquina.
  5. a flexibilização do controle ideológico e a manutenção da liberdade do trabalhador.

4. (Enem 2010) Quem construiu a Tebas das sete portas?

Nos livros estão nomes de reis.

Arrastaram eles blocos de pedra?

E a Babilônia várias vezes destruída. Quem a reconstruiu Tantas vezes?

Em que casas da lima dourada moravam os construtores?

Para onde foram os pedreiros, na noite em que a Muralha da China ficou pronta?

A grande Roma está cheia de arcos do triunfo.

Quem os ergueu? Sobre que triunfaram os césares?

(BRECHT, B. Perguntas de um trabalhador que lê. Disponível em: http://recantodasletras.uol.com.br. Acesso em: 28 abr. 2010)

Partindo das reflexões de um trabalhador que Le um livro de historia o leitor censura a memória construída sobre determinados monumentos e acontecimentos históricos. A crítica refere-se ao fato de que:

  1. os agentes históricos de uma determinada sociedade deveriam ser aqueles que realizaram feitos heroicos ou grandiosos e, por isso, ficaram na memória?
  2. a História deveria se preocupar em memorizar os nomes de reis ou dos governantes que das civilizações e que se desenvolveram ao longo dos tempos.
  3. os grandes monumentos históricos foram construídos por trabalhadores, mas sua memória está vinculada aos governantes das sociedades que os construíram.
  4. os trabalhadores consideram que a História é uma Ciência de difícil compreensão, pois trata de sociedades antigas e distantes no tempo.
  5. as civilizações citadas no texto embora muito importantes permanecem sem terem sido alvos de pesquisas históricas.

5. (Enem 2010) A poluição e outras ofensas ambientais ainda não tinha messe nome, mas já eram largamente notadas no século XIX, nas grandes cidades inglesas e continentais. E a própria chegada ao campo das estradas de ferro suscitou protestos. A reação antimaquinista, protagonizada pelos diversos luddismos, antecipa a batalha atual dos ambientalistas. Esse era, então, o combate social contra os miasmas urbanos.

(SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: EDUSP, 02 - adp)

O crescente desenvolvimento tecno-produtivo impõe modificações nas paisagens e nos objetos culturais vivenciados pelas sociedades. De acordo com o texto, pode-se dizer que tais movimentos sociais emergiram e se expressaram por meio:

  1. das ideologias conservacionistas, com milhares de adeptos no meio urbano.
  2. das políticas governamentais de preservação dos objetos naturais e culturais.
  3. das teorias sobre a necessidade de harmonização entre técnica e natureza.
  4. dos boicotes aos produtos das empresas exploradoras e poluentes.
  5. da contestação à degradação do trabalho, das tradições e da natureza

6. (Enem 2010) Homens da Inglaterra, por que arar para os senhores que vos mantem na miséria?

Por que tecer com esforços e cuidado as ricas roupas que vossos tiranos vestem?

Por que alimentar, vestir e poupar do berço até o túmulo esses parasitas ingratos que exploram vosso suor — ah, que bebem vosso sangue?

(SHELLEY. Os homens da Inglaterra. História da Riqueza do Homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1982)

A análise do trecho permite identificar que o poeta romântico Shelley (1792-1822) registrou uma contradição nas condições socioeconômicas da nascente classe trabalhadora inglesa durante a Revolução Industrial. Tal contradição esta identificada:

  1. na pobreza dos empregados, que estava dissociada da riqueza dos patrões.
  2. no salário dos operários, que era proporcional aos seus esforços nas indústrias.
  3. na burguesia, que tinha seus negócios financiados pelo proletariado.
  4. no trabalho, que era considerado uma garantia de liberdade.
  5. na riqueza, que não era usufruída por aqueles que a produziam.

7. (Enem 2010) Um banco inglês decidiu cobrar de seus clientes cinco libras toda vez que recorressem aos funcionários de suas agências. E o motivo disso é que, na verdade, não querem clientes em suas agências; o que querem é reduzir o número de agências, fazendo com que os clientes usem as maquinas automáticas em todo tipo de transações. Em suma, eles querem se livrar de seus funcionários.

(HOBSBAWM, E. O novo século. São Paulo: Companhia das Letras, 2000 - adaptado)

O exemplo mencionado permite identificar um aspecto da adoção de novas tecnologias na economia capitalista contemporânea.

Um argumento utilizado pelas empresas e uma consequência social de tal aspecto estão em:

  1. qualidade total e estabilidade no trabalho.
  2. pleno emprego e enfraquecimento dos sindicatos.
  3. diminuição dos custos e insegurança no emprego.
  4. responsabilidade social e redução do desemprego.
  5. maximização dos lucros e aparecimento de empregos.

8. (Enem PPL 2009) Entre 2004 e 2008, pelo menos 8 mil brasileiros foram libertados de fazendas onde trabalhavam como se fossem escravos. O governo criou uma lista em que ficaram expostos os nomes dos fazendeiros flagrados pela fiscalização. No Norte, Nordeste e Centro-Oeste, regiões que mais sofrem com a fraqueza do poder público, o bloqueio dos canais de financiamento agrícola para tais fazendeiros tem sido a principal arma de combate a esse problema, mas os governos ainda sofrem com a falta de informações, provocada pelas distâncias e pelo poder intimidador dos proprietários. Organizações não governamentais e grupos como a Pastoral da Terra têm agido corajosamente, acionando as autoridades públicas e ministrando aulas sobre direitos sociais e trabalhistas.

(“Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo”. Disponível em: http://www.mte.gov.br. Acesso em: 17 mar. 2009 - adaptado)

Nos lugares mencionados no texto, o papel dos grupos de defesa dos direitos humanos tem sido fundamental, porque eles:

  1. negociam com os fazendeiros o reajuste dos honorários e a redução da carga horária de trabalho.
  2. defendem os direitos dos consumidores junto aos armazéns e mercados das fazendas e carvoarias.
  3. substituem as autoridades policiais e jurídicas na resolução dos conflitos entre patrões e empregados.
  4. encaminham denúncias ao Ministério Público e promovem ações de conscientização dos trabalhadores.
  5. fortalecem a administração pública ao ministrarem aulas aos seus servidores.

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