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Democracia e Sociedade

Lista de 09 exercícios de Sociologia com gabarito sobre o tema Democracia e Sociedade com questões do Enem.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Democracia e Sociedade.

1. (Enem 2019) No sistema capitalista, as muitas manifestações de crise criam condições que forçam a algum tipo de racionalização. Em geral, essas crises periódicas têm o efeito de expandir a capacidade produtiva e de renovar as condições de acumulação. Podemos conceber cada crise como uma mudança do processo de acumulação para um nivel novo e superior.

HARVEY, D.A produção capitalista do espaço São Paulo: Annablume, 2005 (adaplado)

A condição para a inclusão dos trabalhadores no novo processo produtivo descrito no texto é a

  1. associação sindical.
  2. participação eleitoral.
  3. migração internacional
  4. qualificacao profissional.
  5. regulamentação funcional.

2. (Enem PPL 2019) A ausência quase completa de fantasmas na Bíblia deve ter favorecido também a vontade de rejeição dos fantasmas pela cultura cristã. Várias passagens dos Evangelhos manifestam mesmo uma grande reticência com relação a um culto dos mortos: “Deixa os mortos sepultar os mortos”, diz Jesus (Mt 8:21), ou ainda: “Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos” (Mt 22:32). Por certo, numerosos mortos são ressuscitados por Jesus (e, mais tarde, por alguns de seus discípulos), mas tal milagre — o mais notório possível segundo as classificações posteriores dos hagiógrafos medievais — não é assimilável ao retorno de um fantasma. Ele prefigura a própria ressurreição do Cristo três dias depois de sua Paixão. Antecipa também a ressurreição universal dos mortos no fim dos tempos.

SCHMITT, J.-C. Os vivos e os mortos na sociedade medieval. São Paulo: Cia. das Letras, 1999.

De acordo com o texto, a representação da morte ganhou novos significados nessa religião para

  1. extinguir as formas de ritualismo funerário.
  2. evitar a expressão de antigas crenças politeístas.
  3. sacramentar a execução do exorcismo de infiéis.
  4. enfraquecer a convicção na existência de demônios.
  5. consagrar as práticas de contato mediúnico transcendental.

3. (Enem 2018) A primeira fase da dominação da economia sobre a vida social acarretou, no modo de definir toda realização humana, uma evidente degradação do ser para o ter. A fase atual, em que a vida social está totalmente tomada pelos resultados da economia, leva a um deslizamento generalizado do ter para o parecer, do qual todo ter efetivo deve extrair seu prestígio imediato e sua função última. Ao mesmo tempo, toda realidade individual tornou-se social, diretamente dependente da força social, moldada por ela.

DEBORD, G. A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 2015.

Uma manifestação contemporânea do fenômeno descrito no texto é o(a)

  1. valorização dos conhecimentos acumulados.
  2. exposição nos meios de comunicação.
  3. aprofundamento da vivência espiritual.
  4. fortalecimento das relações interpessoais.
  5. reconhecimento na esfera artística.

4. (Enem 2017) Procuramos demonstrar que o desenvolvimento pode ser visto como um processo de expansão das liberdades reais que as pessoas desfrutam. O enfoque nas liberdades humanas contrasta com visões mais restritas de desenvolvimento, como as que identificam desenvolvimento com crescimento do Produto Nacional Bruto, ou industrialização. O crescimento do PNB pode ser muito importante como um meio de expandir as liberdades. Mas as liberdades dependem também de outros determinantes, como os serviços de educação e saúde e os direitos civis.

SEN, A. Desenvolvimento como liberdade. São Paulo: Cia. das Letras, 2010.

A concepção de desenvolvimento proposta no texto fundamenta-se no vínculo entre

  1. incremento da indústria e atuação no mercado financeiro.
  2. criação de programas assistencialistas e controle de preços.
  3. elevação da renda média e arrecadação de impostos.
  4. garantia da cidadania e ascensão econômica.
  5. ajuste de políticas econômicas e incentivos fiscais.

5. (Enem 2017) A participação da mulher no processo de decisão política ainda é extremamente limitada em praticamente todos os países, independentemente do regime econômico e social e da estrutura institucional vigente em casa um deles. É fato público e notório, além de empiricamente comprovado, que as mulheres estão em geral sub-representadas nos órgãos do poder, pois a proporção não corresponde jamais ao peso relativo dessa parte da população.

TABAK, G, Mulheres públicas: participação política e poder. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2002.

No âmbito do Poder Legislativo brasileiro, a tentativa de reverter esse quadro de sub-representação tem envolvido a implementação, pelo Estado, de

  1. leis de com bate à violência doméstica.
  2. cotas de gênero nas candidaturas partidárias.
  3. programas de mobilização política nas escolas.
  4. propagandas de incentivo ao voto consciente.
  5. apoio financeiro às lideranças femininas.

6. (Enem 2017) Durante o Estado Novo, os encarregados da propaganda procuraram aperfeiçoar-se na arte da empolgação e envolvimento das “multidões” através das mensagens políticas. Nesse tipo de discurso, o significado das palavras importa pouco, pois, como declarou Goebbels, “não falamos para dizer alguma coisa, mas para obter determinado efeito”.

CAPELATO, M. H. Propaganda política e controle dos meios de comunicação. In: PANDOLFI, D. (Org.). Repensando o Estado Novo. Rio de Janeiro: FGV, 1999.

O controle sobre os meios de comunicação foi uma marca do Estado Novo, sendo fundamental á propaganda política, na medida em que visava

  1. conquistar o apoio popular na legitimação do novo governo.
  2. ampliar o envolvimento das multidões nas decisões políticas.
  3. aumentar a oferta de informações públicas para a sociedade civil.
  4. estender a participação democrática dos meios de comunicação no Brasil.
  5. alargar o entendimento da população sobre as intenções do novo governo.

7. (Enem 2017) O conceito de democracia, no pensamento de Habermas, é construído a partir de uma dimensão procedimental, calcada no discurso e na deliberação. A legitimidade democrática exige que o processo de tomada de decisões políticas ocorra a partir de uma ampla discussão pública, para somente então decidir. Assim, o caráter deliberativo corresponde a um processo coletivo de ponderação e análise, permeado pelo discurso, que antecede a decisão.

deliberativa. Cadernos do CRH (UFBA), v. 19, 2006 (adaptado).

O conceito de democracia proposto por Jürgen Habermas pode favorecer processos de inclusão social. De acordo com o texto, é uma condição para que isso aconteça o(a)

  1. participação direta periódica do cidadão.
  2. debate livre e racional entre cidadãos e Estado.
  3. interlocução entre os poderes governamentais.
  4. eleição de lideranças políticas com mandatos temporários.
  5. controle do poder político por cidadãos mais esclarecidos.

8. (Enem 2017) O New Deal visa restabelecer o equilíbrio entre o custo de produção e o preço, entre a cidade e o campo, entre os preços agrícolas e os preços industriais, reativar o mercado interno — o único que é importante —, pelo controle de preços e da produção, pela revalorização dos salários e do poder aquisitivo das massas, isto é, dos lavradores e operários, e pela regulamentação das condições de emprego.

CROUZET,M. Os Estados perante a crise. In: História geral das civilizações.São Paulo: Difel, 1966(adaptado).

Tendo como referência os condicionantes históricos do entreguerras, as medidas governamentais descritas objetivavam

  1. flexibilizar as regras do mercado financeiro.
  2. fortalecer o sistema de tributação regressiva.
  3. introduzir os dispositivos de contenção creditícia.
  4. racionalizar os custos da automação industrial mediante negociação sindical.
  5. recompor os mecanismos de acumulação econômica por meio da intervenção estatal.

9. (Enem 2015) Diante de ameaças surgidas com a engenharia genética de alimentos, vários grupos da sociedade civil conceberam o chamado "princípio da precaução". O fundamento desse princípio é: quando uma tecnologia ou produto comporta alguma ameaça à saúde ou ao ambiente, ainda que não se possa avaliar a natureza precisa ou a magnitude do dano que venha a ser causado por eles, deve-se evitá-los ou deixá-los de quarentena para maiores estudos e avaliações antes de sua liberação.

SEVCENKO, N. A corrida para o século XXI: no loop da montanha-russa. São Paulo: Cia. das Letras, 2001 (adaptado).

O texto expõe uma tendência representativa do pensamento social contemporâneo, na qual o desenvolvimento de mecanismos de acautelamento ou administração de riscos tem como objetivo

  1. priorizar os interesses econômicos em relação aos seres humanos e à natureza.
  2. negar a perspectiva científica e suas conquistas por causa de riscos ecológicos.
  3. instituir o diálogo público sobre mudanças tecnológicas e suas consequências.
  4. combater a introdução de tecnologias para travar o curso das mudanças sociais.
  5. romper o equilíbrio entre benefícios e riscos do avanço tecnológico e científico.

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