Antiguidade Oriental (Mesopotâmia e Egito)
Lista de 06 exercícios de História com gabarito sobre o tema Antiguidade Oriental (Mesopotâmia e Egito) com questões de Vestibulares.
Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Mesopotâmia.
Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Egito.
01. (Enem PPL 2021) 196º — Se alguém arranca o olho a um outro, se lhe deverá arrancar o olho.
197º — Se ele quebra o osso a um outro, se lhe deverá quebrar o osso.
198º — Se ele arranca o olho de um liberto, deverá pagar uma mina.
199º — Se ele arranca um olho de um escravo alheio, ou quebra um osso ao escravo alheio, deverá pagar a metade de seu preço.
Código de Hamurabi. Disponível em: www.dhnet.org.br. Acesso em: 6 dez. 2017.
Esse trecho apresenta uma característica de um código legal elaborado no contexto da Antiguidade Oriental explicitada no(a)
- recusa do direito natural para expressão da vontade divina.
- caracterização do objeto do delito para a definição da pena.
- engajamento da coletividade para a institucionalização da justiça.
- flexibilização das normas para garantia do arbítrio dos magistrados.
- cerceamento da possibilidade de defesa para preservação da autoridade.
Resposta:B
Resolução: O Código de Hamurabi segue o princípio da lei de talião ("olho por olho, dente por dente"), ou seja, as penas eram diretamente proporcionais ao crime cometido, considerando inclusive a posição social da vítima. Por exemplo, arrancar o olho de um homem livre resultava na perda do olho do agressor, mas se a vítima fosse um escravo, a punição era apenas monetária. Isso demonstra a caracterização precisa do delito para a aplicação da pena, o que caracteriza a alternativa B como correta.
02. (Enem 2020) Sexto rei sumério (governante entre os séculos XVIll e XVIl a.C.) e nascido em Babel, “Khammu-rabi” (pronúncia em babilônio) foi fundador do Império Babilônico (correspondente ao atual Iraque), unificando amplamente o mundo mesopotâmico, unindo os semitas e os sumérios e levando a Babilônia ao máximo esplendor. O nome de Hamurabi permanece indissociavelmente ligado ao código jurídico tido como o mais remoto já descoberto: O Código de Hamurabi. O legislador babilônico consolidou a tradição jurídica, harmonizou os costumes e estendeu o direito e a lei a todos os súditos.
V Disponível em: www.direitoshumanos.usp.br Acesso em: 12 fev 2013 (adaptado)
Nesse contexto de organização da vida social, as leis contidas no Código citado tinham o sentido de
- assegurar garantias individuais aos cidadãos livres.
- tipificar regras referentes aos atos dignos de punição.
- conceder benefícios de indulto aos prisioneiros de guerra.
- promover distribuição de terras aos desempregados urbanos.
- conferir prerrogativas políticas aos descendentes de estrangeiros.
Resposta:B
Resolução: O texto trata da função organizadora e legalista do Código de Hamurabi, que consistia em estabelecer regras claras e escritas sobre o que era permitido ou punível na sociedade. Assim, ele tipificava delitos e as penas correspondentes, criando uma estrutura jurídica estável. A alternativa B está correta ao apontar esse papel de definir condutas puníveis.
03. (Enem PPL 2020) Na Mesopotâmia, os frutos da civilização foram partilhados entre diversas cidades-estados e, no interior delas, entre vários grupos sociais, se bem que desigualmente. No Egito dos faraós, os frutos em questão concentraram-se quase somente na Corte real e, secundariamente, nos centros regionais de poder. Se na Mesopotâmia o comércio cedo começou a servir também à acumulação de riquezas privadas, no Egito as trocas importantes permaneceram por mais tempo sob controle do Estado.
VCARDOSO, C. F. Sociedades do antigo Oriente Próximo. São Paulo: Ática, 1986 (adaptado).
Um fator sociopolítico que caracterizava a organização estatal egípcia no contexto mencionado está indicado no(a)
- atrofiamento da casta militar.
- instituição de assembleias locais.
- eleição dos conselhos provinciais.
- fortalecimento do aparato burocrático.
- esgotamento do fundamento teocrático.
Resposta:D
Resolução: O texto menciona a destruição de Cartago, evento ligado à Terceira Guerra Púnica (146 a.C.), que marcou o fim das guerras púnicas e consolidou o domínio romano fora da Península Itálica, especialmente no norte da África. Isso reflete a expansão extrapeninsular de Roma e os impactos sociais e políticos disso, como o aumento da desigualdade e da corrupção interna.
04. (Enem Libras 2017) O sistema de irrigação egípcio era muito diferente do complexo sistema mesopotâmico, porque as condições naturais eram muito diversas nos dois casos. A cheia do Nilo também fertiliza as terras com aluviões, mas é muito mais regular e favorável em seu processo e em suas datas do que a do Tigre e Eufrates, além de ser menos destruidora.
CARDOSO, C. F. Sociedades do antigo Oriente Próximo. São Paulo: Ática, 1986.
A comparação entre as disposições do recurso natural em questão revela sua importância para a
- desagregação das redes comerciais.
- supressão da mão de obra escrava.
- expansão da atividade agrícola.
- multiplicação de religiões monoteístas.
- fragmentação do poder político.
Resposta:C
Resolução: O texto compara as cheias dos rios Nilo e Tigre/Eufrates, destacando que o Nilo era mais previsível e menos destrutivo, o que favoreceu o desenvolvimento agrícola. Enquanto os mesopotâmicos precisaram de sistemas complexos de irrigação, os egípcios aproveitavam a fertilização natural das cheias do Nilo. Isso possibilitou maior estabilidade e produtividade agrícola no Egito.
05. (Enem 2010) Quem construiu a Tebas de sete portas?
Nos livros estão nomes de reis.
Arrastaram eles os blocos de pedra?
E a Babilônia várias vezes destruı́da. Quem a reconstruiu tantas vezes?
Em que casas da Lima dourada moravam os construtores?
Para onde foram os pedreiros, na noite em que a Muralha da China ficou pronta?
A grande Roma está cheia de arcos do triunfo.
Quem os ergueu? Sobre quem triunfaram os césares?
VBRECHT, B. Perguntas de um trabalhador que lê. Disponı́vel em: http://recantodasletras.uol.com.br. Acesso em: 28 abr. 2010.
Partindo das reflexões de um trabalhador que lê um livro de História, o autor censura a memória construı́da sobre determinados monumentos e acontecimentos históricos. A crı́tica refere-se ao fato de que
- os agentes históricos de uma determinada sociedade deveriam ser aqueles que realizaram feitos heroicos ou grandiosos e, por isso, ficaram na memória.
- a História deveria se preocupar em memorizar os nomes de reis ou dos governantes das civilizações que se desenvolveram ao longo do tempo.
- grandes monumentos históricos foram construı́dos por trabalhadores, mas sua memória está vinculada aos governantes das sociedades que os construı́ram.
- os trabalhadores consideram que a História é uma ciência de difı́cil compreensão, pois trata de sociedades antigas e distantes no tempo.
- as civilizações citadas no texto, embora muito importantes, permanecem sem terem sido alvos de pesquisas históricas.
Resposta:C
Resolução: O poema de Brecht questiona por que a história valoriza os reis e imperadores, mas silencia sobre os trabalhadores que, de fato, construíram as cidades e monumentos. Ele denuncia a invisibilização das massas que realizaram as grandes obras históricas.
06. (Enem 2009) O Egito é visitado anualmente por milhões de turistas de todos os quadrantes do planeta, desejosos de ver com os próprios olhos a grandiosidade do poder esculpida em pedra há milênios: as pirâmides de Gizeh, as tumbas do Vale dos Reis e os numerosos templos construı́dos ao longo do Nilo.
O que hoje se transformou em atração turı́stica era, no passado, interpretado de forma muito diferente, pois
- significava, entre outros aspectos, o poder que os faraós tinham para escravizar grandes contingentes populacionais que trabalhavam nesses monumentos.
- representava para as populações do alto Egito a possibilidade de migrar para o sul e encontrar trabalho nos canteiros faraônicos.
- significava a solução para os problemas econômicos, uma vez que os faraós sacrificavam aos deuses suas riquezas, construindo templos.
- representava a possibilidade de o faraó ordenar a sociedade, obrigando os desocupados a trabalharem em obras públicas, que engrandeceram o próprio Egito.
- significava um peso para a população egı́pcia, que condenava o luxo faraônico e a religião baseada em crenças e superstições.
Resposta:A
Resolução: As pirâmides e templos, hoje vistos como atrações turísticas, simbolizavam, na época, a grandiosidade e o poder absoluto dos faraós, sustentado pelo trabalho forçado de milhares de trabalhadores, muitas vezes em regime de servidão ou escravidão.