No contexto do poema “Ausência”, observa-se um exemplo de derivação imprópria no verso

Questões de Conhecimentos Específicos: Unesp 2ª Fase


Leia o poema “Ausência”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder às questões de 06 a 08.

Por muito tempo achei que a ausência é falta.

E lastimava, ignorante, a falta.

Hoje não a lastimo. Não há falta na ausência.

A ausência é um estar em mim.

E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus [braços,

que rio e danço e invento exclamações alegres,

porque a ausência, essa ausência assimilada,

ninguém a rouba mais de mim.

(Corpo, 2015.)

As palavras podem mudar de classe gramatical sem sofrer modificação na forma. A este processo de enriquecimento vocabular pela mudança de classe das palavras dá-se o nome de “derivação imprópria”.

(Celso Cunha. Gramática do português contemporâneo, 2013. Adaptado.)

No contexto do poema “Ausência”, observa-se um exemplo de derivação imprópria no verso

  1. “Hoje não a lastimo.”
  2. “A ausência é um estar em mim.”
  3. “que rio e danço e invento exclamações alegres,”
  4. “ninguém a rouba mais de mim.”
  5. “Por muito tempo achei que a ausência é falta.”