A poesia apresentada remete às belezas do Bioma Cerrado e demonstra preocupação. Considerando-se a letra da poesia e as características do Cerrado, tem-se o seguinte:
Questões de Biologia na UEG 2021-1
(UEG 2021) Como se fosse um prefácio
Nikolaus Von Behr
O cerrado é milagre
(e também é pedaço do Planeta
que desaparece)
abraço meu irmão pequizeiro.
Ando de mãos dadas
Com minha irmã sucupira.
Meu pai jatobá sorri.
Mãe peroba não diz nada,
Apenas sente.
Minhas amigas abelhas
são filhas das flores.
Agora prepare seu coração:
Correntão vai passar e levar tudo:
Ninho de passarinho rasteiro também.
Depois do correntão
Brotou o que tinha que brotar,
Mas já era tarde.
Faca fina cortou raiz pela raiz.
Aí não brotou mais nada.
Aliás, brotou coisa melhor:
Soja, verdinha, verdinha
Que beleza, diziam.
Olhe bem os cerrados
da próxima vez.
Rastejar por entre cupins
E capins
E sentir o cheiro do anoitecer.
Antes de terminar pergunto:
Quem vai pagar a conta
De tanta destruição?
“tudo bem, daqui a 100 anos
estaremos todos mortos”
Disponível em: https://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Educacao/Trabalhos/coisasdecerrado/ARTE/artepoesia.htm. Acesso em: 12 nov. 2020.
A poesia apresentada remete às belezas do Bioma Cerrado e demonstra preocupação. Considerando-se a letra da poesia e as características do Cerrado, tem-se o seguinte:
- “pequizeiro”, “sucupira” e “jatobá” são consideradas espécies exóticas que compõem a paisagem vegetacional desse bioma.
- “Minhas amigas abelhas / são filhas das flores” demonstra a relação direta na manutenção do agente polinizador-planta.
- “Quem vai pagar a conta de tanta destruição?” refere-se ao cenário do controle dos fatores que geram a degradação ambiental.
- “Soja, verdinha, verdinha” refere-se à conservação da vegetação nativa em relação à entrada das monoculturas na era da agricultura tecnificada.
- “Rastejar por entre cupins / E capins” expressa a presença de insetos predadores em fitofisionomia florestal desse bioma.