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Política de Aldeamentos

Lista de 06 exercícios de História com gabarito sobre o tema Política de Aldeamentos com questões de Vestibulares.


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01. (UFPR) “(...) a aldeia é um espaço escolhido e organizado pelo próprio índio, e ‘o aldeamento é resultado de uma política feita por vontade dos europeus para concentrar comunidades indígenas’."

(Aldeias que não estão no mapa. Entrevista com a Profa. Dra. Nanci Vieira de Oliveira por Maria Alice Cruz. Jornal da Unicamp. 197, novembro de 2002, p.5.).

A afirmação acima refere-se aos aldeamentos missionários e às transformações que eles trouxeram à vida dos indígenas no período colonial da América portuguesa. Os objetivos das missões jesuíticas eram

  1. a catequese e a escravidão dos indígenas como mão-de-obra para a monocultura, o que implicou para os índios a mestiçagem com os escravos negros e a modificação de sistema de trabalho e organização social.
  2. a aculturação, a conversão religiosa e a escravização dos indígenas para extração do pau-brasil, o que implicou para os índios a mestiçagem com os brancos europeus e a modificação da sua organização social.
  3. a catequese, o isolamento político e cultural dos jesuítas e o controle das áreas de fronteiras com as colônias espanholas, o que implicou para os índios uma grande mortalidade por conta dos confrontos com os espanhóis.
  4. a aculturação e a proteção dos indígenas perante os bandeirantes, o que implicou para os índios a conversão religiosa e a formação de clérigos e de noviças para a Companhia de Jesus.
  5. a catequese, a proteção dos indígenas e a assimilação dos nativos ao sistema colonial, o que implicou para os índios a modificação de hábitos, crenças religiosas, sistema de trabalho e organização habitacional.

02. (ENEM 2012) experiência que tenho de lidar com aldeias de diversas nações me tem feito ver, que nunca índio fez grande confiança de branco e, se isto sucede com os que estão já civilizados, como não sucederá o mesmo com esses que estão ainda brutos.

NORONHA, M. Carta a J. Caldeira Brant. 2 jan.1751. Apud CHAIM, M. M. Aldeamentos indígenas (Goiás: 1749-1811). São Paulo: Nobel, Brasília: INL, 1983 (adaptado).

Em 1749, ao separar-se de São Paulo, a capitania de Goiás foi governada por D. Marcos de Noronha, que atendeu às diretrizes da política indigenista pombalina que incentivava a criação de aldeamentos em função

  1. das constantes rebeliões indígenas contra os brancos colonizadores, que ameaçavam a produção de ouro nas regiões mineradoras.
  2. da propagação de doenças originadas do contato com os colonizadores, que dizimaram boa parte da população indígena.
  3. do empenho das ordens religiosas em proteger o indígena da exploração, o que garantiu a sua supremacia na administração colonial.
  4. da política racista da Coroa Portuguesa, contrária à miscigenação, que organizava a sociedade em uma hierarquia dominada pelos brancos.
  5. da necessidade de controle dos brancos sobre a população indígena, objetivando sua adaptação às exigências do trabalho regular.

03. (UFU) A santidade Jaguaripe (Bahia) foi uma espécie de antecessora, à moda indígena, do que seria Palmares no século XVII. Ela fez tremer o recôncavo, incendiando engenhos e aldeamentos jesuíticos, prometendo a seus adeptos a iminente alforria na “terra sem mal”, paraíso tupi, e a morte ou escravização futura dos portugueses pelos mesmos índios submetidos ao colonialismo. Na santidade baiana predominavam especialmente os tupinambás, mas havia ainda uns cristãos, outros pagãos e ainda rebeldes africanos, assim como em Palmares haveria índios.

VAINFAS, Ronaldo. Deus contra Palmares: representações senhoriais e ideias jesuíticas. In: REIS, João Jose & GOMES, Flávio dos Santos. Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p.61-62 (adaptado).

Os movimentos conduzidos por indígenas e negros no Brasil colonial representaram

  1. a resistência frente aos aldeamentos jesuíticos que buscavam impor aos colonizados a religião cristã em detrimento das crenças tradicionais, sendo Palmares, localizado na Serra da Barriga, o maior e mais duradouro símbolo dessa luta no século XVII.
  2. a busca por reconstruir sociedades existentes antes do contato com os europeus, sendo que tanto na santidade Jaguaripe como no Quilombo de Palmares foi a religiosidade tupinambá e banto, respectivamente, revivida sem a presença de elementos cristãos
  3. a luta contra o colonialismo e a escravidão, sendo que Palmares entrou para a história não pelo nome português cristão, a exemplo da santidade dos tupis, senão como quilombo, vocábulo de origem banto (kilombo), alusivo a acampamento ou fortaleza.
  4. a batalha pela manutenção de elementos culturais de seus antepassados, sendo a santidade de Jaguaripe e o Quilombo de Palmares formas de negar o colonialismo europeu, caracterizadas pela recusa ao enfrentamento direto dos senhores e das tropas portuguesas, visando os acordos.

04. (U. de Gurupi) “A política de aldeamentos foi essencial para o projeto de colonização. Afinal, os índios aliados eram indispensáveis ao projeto, pois além de compor as tropas militares, eles deviam ocupar os espaços conquistados e contribuir, como mão-deobra, para a construção das sociedades coloniais. As novas aldeias que se cravam próximas aos núcleos portugueses foram, do século XVI ao XVII, o espaço privilegiado para a inserção desses índios na ordem colonial. Desempenharam importantes funções e foram, a grosso modo, estabelecidas e administradas por missionários, principalmente jesuítas.”

(ALMEIDA, Maria Regina Celestino de. Os índios na História do Brasil. Rio de Janeiro: FGV, 2010. p 69)

A partir da interpretação do fragmento do texto, é correto afirmar que

  1. a cultura dos povos originários foi preservada nos aldeamentos.
  2. a Coroa portuguesa afastou a Igreja católica de qualquer presença física junto aos aldeamentos.
  3. o mundo do trabalho na sociedade portuguesa foi composto por indígenas aldeados.
  4. os aldeamentos preservaram as populações indígenas do contato com os portugueses.

05. (F. Santa Marcelina) Os aldeamentos serviram para consolidar os interesses do Estado português nas terras coloniais.

Dentre as contribuições dos aldeamentos para o processo de colonização da América portuguesa, é correto citar

  1. o incentivo às atividades dos tropeiros, que transportavam gado do Sul ao Norte da colônia.
  2. a expansão das fronteiras lusitanas para o interior da colônia.
  3. a criação de companhias de comércio para regular o monopólio metropolitano no interior da colônia.
  4. a promoção da tolerância entre a cultura europeia e as diferentes culturas indígenas.
  5. a iniciativa de se procurar metais preciosos no interior da colônia.

06. (U. de Taubaté) “A mão de obra empregada na montagem dos engenhos de açúcar no Brasil foi predominantemente indígena. Uma parte dos índios (recrutados em aldeamentos jesuíticos no litoral) trabalhava sob regime de assalariamento, mas a maioria era submetida à escravidão. Os primeiros escravos africanos começaram a ser importados em meados do século XVI; seu emprego nos engenhos brasileiros, contudo, ocorria basicamente nas atividades especializadas”.

MARQUESE, Rafael de B. A dinâmica da escravidão no Brasil. Resistência, tráfico negreiro e alforrias, séculos XVII a XIX. Revista Novos estudos.CEBRAP. São Paulo, n.74, 2006.

Sobre a transição do trabalho indígena para o trabalho escravo africano, no Brasil colonial, podemos afirmar:

  1. O emprego da mão de obra escrava africana foi o resultado da demanda interna dos colonos e de pressões externas dos traficantes no plano da oferta.
  2. O tráfico dinamizava o comércio interno da colônia, pois o escravo representava um quinto do investimento de um engenho e metade do investimento dos lavradores.
  3. Os lucros dos engenhos eram investidos na compra de escravos indígenas, ficando, assim, garantida a transferência da renda do setor produtivo para o mercantil.
  4. No Brasil colônia, a Igreja defendeu a liberdade dos africanos, em oposição à escravidão indígena, cuja exploração mercantil enriquecia os colonos.
  5. Os índios, acostumados ao trabalho esporádico e livre, não conseguiram trabalhar com as regras e a disciplina que a economia açucareira exigia.

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